A Igreja é a coluna (mestra) e sustentáculo (preservadora) da verdade – 1º Tim 3,15

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É importante falar de Deus, das coisas de Deus, sem tirar os pés do mundo, pois estamos nele, embora que não sejamos dele. O Viver em Deus, fala de Deus, dos fatos da Igreja, do meio cristão católico. O Viver em Deus não é fechado em si mesmo, portanto faz também a apresentação de obras de outros sites católicos, o que, aqui, mais se evidencia, no intuito da divulgação e conhecimento dos mesmos. UM BLOG A SERVIÇO DA IGREJA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Sejam todos bem - vindos!

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Quando neste blog é falado, apresentado algo em defesa da Igreja, contra o protestantismo, é feito com um fundo de tristeza ao ver que existem "cristãos" que se levantam contra a única Igreja edificada pelo Senhor Jesus no mundo. Bom seria se isto não existisse, a grande divisão cristã. Mas os filhos da Igreja têm que defendê-la.

Saibam, irmãos(ãs), que o protestantismo, tendo que se sustentar, se manter, se justificar, terá que ser sempre contra a Igreja católica (do contrário não teria mais razão de sê-lo) ainda que seja pela farsa, forjar documentos, aumentar e destorcer fatos (os que são os mais difíceis para se comprovar o contrário pelos cientistas católicos, pois trata-se de algo real, mas modificado, alterado para proveito próprio.) E tentarão sempre atingir a Igreja na sua base: mentiras contra o primado de São Pedro, contra o Papa e sua autoridade, contra o Vaticano, contra a sua legitimidade, e outros tantos absurdos. São, graças a Deus, muitos sites católicos que derrubam (refutam) estas mentiras, provando o seu contrário, bastando portanto se fazer uma pesquisa séria, por exemplo, com o tema: cai a farsa protestante, refutando o protestantismo, etc. O Espírito Santo jamais abandona sua Igreja. Que saibamos, por este Espírito, amar aos protestantes que não participam destas ações malignas, e aos que se incumbem destas ações, os inimigos da Igreja, que saibamos, ainda que não consigamos amá-los o bastante, ao menos respeitá-los em sua situação crítica perante Jesus e desejar a eles a conversão e a Salvação de Nosso Senhor Jesus. "Se soubéssemos verdadeiramente o que é o inferno, não o desejaríamos ao pior inimigo".

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Notas Importantes

*O marcador “IDOLATRIA”, na seção TEMAS, abaixo, à esquerda, assim está exposto com a função de desmentir as acusações de idólatras aos católicos, outras vezes também denunciando que estes próprios acusadores cometem a idolatria ao dinheiro, entre outras.

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Tradutor

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Muito mais do que com roupas brancas, precisamos estar com o nosso coração purificado


Padre Fabrício Andrade
Foto: Maria Andrea/Cancaonova.comCom alegria que eu gostaria de refletir com você a leitura que esta em II Pedro 3, 13-14,17-18:

Padre Fabrício

“O que nós esperamos, conforme a promessa dele, são novos céus e nova terra, onde habitará a justiça. Por isso, queridos irmãos, durante este tempo de espera, esforcem-se para que Deus os encontre sem mancha e sem culpa, vivendo em paz. Assim, queridos irmãos, avisados como estão, tomem cuidado para que esses ímpios não os enganem, arrastando-os para que vocês percam a firmeza e caiam. Cresçam na graça e no conhecimento de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador. A ele pertence a glória, desde agora e até o dia da eternidade. Amém!”

Nessas poucas horas que nos resta do ano de 2012, o sentimento que brota em nosso coração é a esperança de um novo ano que se inicia e desejamos uns aos outros “Feliz Ano Novo!”. Porem quando vira o ano, nossos novos propósitos mais que muitas vezes passam já nas primeiras semanas do Ano Novo e caímos no desânimo outra vez, mas não desanime não, porque tem jeito.

O que eu venho partilhar com você hoje é sobre a verdadeira esperança que a Santa Igreja nos ensina, uma esperança que enche o nosso coração de alegria, uma esperança que não é passageira, e sim, ativa, operativa e eterna, de Novos Céus e uma Nova Terra!

Jesus Cristo está voltando, precisamos nos preparar. Muito mais do que com roupas brancas, precisamos estar com o nosso coração purificado para recebê-lo neste Ano Novo.

Olha o que a Igreja nos ensina sobre a esperança, no Catecismo da Igreja Católica parágrafo 1817-1818: 
A esperança é a virtude teologal pela qual desejamos o Reino dos céus e a vida eterna como nossa felicidade, pondo toda a nossa confiança nas promessas de Cristo e apoiando-nos, não nas nossas forças, mas no socorro da graça do Espírito Santo. «Conservemos firmemente a esperança que professamos, pois Aquele que fez a promessa é fiel» (Heb 10, 23). «O Espírito Santo, que Ele derramou abundantemente sobre nós, por meio de Jesus Cristo nosso Salvador, para que, justificados pela sua graça, nos tornássemos, em esperança, herdeiros da vida eterna» (Tt 3, 6-7).” 

A virtude da esperança corresponde ao desejo de felicidade que Deus colocou no coração de todo o homem; assume as esperanças que inspiram as atividades dos homens, purifica-as e ordena-as para o Reino dos céus; protege contra o desânimo; sustenta no abatimento; dilata o coração na expectativa da bem-aventurança eterna. O ânimo que a esperança dá preserva do egoísmo e conduz à felicidade da caridade. 

A esperança da Igreja é fundada em um Deus concreto, em um Deus que está no meio de nós. Enquanto o mundo faz a previsão do que irá acontecer em 2013, a Igreja faz memória de um acontecimento que marcou e marca a história da humanidade: Jesus nasceu, cresceu e morreu para salvar a humanidade. Ele ressuscitou! E virá uma segunda vez em Sua glória.

"Conservemos firmemente a esperança que professamos, pois Aquele que fez a promessa é fiel"
Foto: Maria Andrea/Cancaonova.com

Enquanto o mundo canta:
“Adeus, ano velho! Feliz ano novo! Que tudo se realize No ano que vai nascer! Muito dinheiro no bolso, Saúde pra dar e vender!”
Nós Católicos cantamos:

"Não, não há! Não há mal, que me possa vencer 
Pois tudo posso naquele que me fortalece 
Tudo posso em Jesus Cristo 
Nenhum problema, nem meus pecados
Poderão superar o amor de Deus.
Deus é maior que tudo que me acontece
Deus é grande supremo rei! 
Nem a tristeza nem mesmo a dor
Poderá superar o amor de Deus.
Deus é maior que tudo que me acontece
Deus é grande supremo rei! 
Nem a vingança nem mesmo o ódio
Poderá superar o amor de Deus 
Deus é maior que tudo que me acontece
Deus é grande supremo rei!” 

Vamos assumir juntos que nenhum mal irá nos vencer em 2013, pois tudo podemos n'Aquele que já nos salvou. Proclame: “Tudo posso naquele que me fortalece.” Pois, não tem nenhum mal que seja maior que o nosso Deus. Que o Espírito Santo encha o seu coração com esta esperança esterna que vem de Deus. Que Ele incendeie o seu coração cada dia deste Ano Novo.

Assista a um trecho desta pregação:

 


Transcrição e Adaptação: Mariana Lazarin Gabriel (@marilg)

Padre Fabrício 

Sacerdote missionário da Comunidade Canção Nova

Título Original: "É o novo de Deus que está pra chegar" 


Site: Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

A voz de Maria


"A Anunciação", por Giotto - Capela degli Scrovegni, Pádua (Itália)

Jbpsverdade

"Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Com um grande grito exclamou: ‘Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu'" (Lc 1, 39-45).

Ao ouvir a voz da Mãe de Deus, São João Batista foi imediatamente purificado do pecado original. Tal prodígio prenunciava as grandes transformações reservadas aos que, ao longo da História, seriam objeto da maternal intercessão de Maria.

Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP

I - O olhar humano e o olhar da fé

Ensina o Apóstolo que "o justo viverá pela fé" (Gal 3, 11). Esta afirmação ressalta a natural insuficiência de nossa razão para atingir, por si mesma, determinadas verdades da Religião Católica. Quando a inteligência se dissocia de Deus, perde a capacidade de apreender o que a realidade possui de mais essencial: a presença d'Ele na alma e em todo o universo criado. Basta recordarmos o testemunho de Santo Agostinho que, após percorrer em vão o mundo do pensamento à procura do sentido de sua existência, exclamou: "Tu estavas dentro de mim, mais interior que o meu próprio íntimo e mais elevado que o ápice do meu ser".1 Ora, esse conhecimento foi-lhe dado pela fé, pois a vista humana não alcança a Deus diretamente.2

De igual forma, quando analisamos as Sagradas Escrituras não é possível acompanhá-las com a pura inteligência. Esta fica aquém da amplitude sobrenatural dos episódios da História Sagrada, de modo especial dos Evangelhos, e a partir de certo limite deve se abrir para as inspirações do Espírito Santo a fim de penetrar em seu sentido divino. Cabe-nos meditar tais fatos enquanto acontecimentos movidos pela ação direta e eficaz do Criador.

Contemplemos, por esse prisma, a singela narrativa do mistério da Visitação recolhida pelo Evangelho deste 4º Domingo do Advento. Trata-se de uma dama que empreende viagem para visitar sua prima que em breve seria mãe, a fim de oferecer-lhe seus serviços. Ambas se encontram e manifestam mútuo afeto. Simples cena, descrita sob os véus de um mero acontecimento familiar, mas que abarca uma profundidade insondável, digna de análise e, sobretudo, de meditação.

II - A santidade, um bem expansivo

Após o relato da aparição do Anjo a Zacarias, feito por São Lucas em um diálogo de poucos versículos (cf. Lc 1, 11-20), o Evangelista detalha que "o povo estava esperando [...] e admirava-se de ele se demorar tanto tempo no santuário" (Lc 1, 21). Tal pormenor revela que a conversa deve ter sido mais extensa do que as breves frases registradas pelo texto sagrado. Se assim aconteceu nessa aparição, que pensar da sucinta narração do encontro de São Gabriel com a Virgem Santíssima (cf. Lc 1, 26-38)? Podemos supor que o colóquio não tenha sido tão curto e, por humildade, Maria tenha desejado que ficasse consignado tão só o necessário para a boa compreensão da embaixada vinda do Céu. Consideremos o quanto a oportunidade de discorrer com Ela terá sido um privilégio para o celestial mensageiro, e como terá ele desejado valer-se da circunstância, tirando o máximo proveito. Da parte d'Ela, quantos pensamentos elevados não terá exposto a São Gabriel. Quiçá, até deve ter-lhe pedido conselhos. A grande perfeição da natureza espiritual do Anjo, acrescida da proximidade com Deus, certamente inspirava em Nossa Senhora uma santa afinidade com o mundo angélico.

"A Anunciação", por Fra Angélico - Museu de São Marcos, Florença (Itália)

Entre os temas desse colóquio, podemos supor que Ela tenha incluído o da conveniência de visitar sua prima Santa Isabel, que esperava um filho havia seis meses, como Lhe comunicara o Anjo. Maria se apressou em manifestar sua disponibilidade de ir até ela - que, como veremos, era toda fundada em razões sobrenaturais -, embora fosse provável que antes disso tenha passado certo período em recolhimento, devido ao extraordinário influxo de graças então recebido. Ela não Se julgou desobrigada do dever de dedicar-Se ao próximo, inclinando-Se, com prontidão, a cumprir o caridoso desígnio. É o que narra o Evangelista.

A ação eficaz nasce da contemplação

"Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia".

Após dar seu livre consentimento e tornar efetiva a Encarnação por um ato de máxima fidelidade à vontade de Deus (cf. Lc 1, 38), Nossa Senhora não abandonou a vida em sociedade, como o demonstra a visita que fez à sua prima. Quem, ao saber que está gestando o próprio Filho de Deus, tornando-se Mãe da Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, pensaria numa prima? Uma alma egoísta, após ter recebido a embaixada do Anjo, quereria abraçar uma mal-entendida vida de contemplação, a fim de beneficiar-se das vantagens dessa prerrogativa e gozar das consolações do convívio com o Menino Jesus. Maria fez o oposto: pôs-se a caminho logo, "naqueles dias", pois os inocentes se interessam mais pelos outros do que por si próprios.

Jerusalém situava-se no alto de uma montanha de aproximadamente 800 metros de altitude e a cidade onde vivia Zacarias - Ain Karim, segundo uma antiga tradição - ficava num vale, a sete quilômetros ao sudoeste da Cidade Santa. Já Nazaré localizava- se a uma boa distância - cerca de 130 km -, a qual, para ser percorrida, levava de três a cinco dias de viagem, por um caminho penoso e solitário através dos vales da Samaria e das regiões montanhosas da Judeia.3 Nossa Senhora transpôs com ânimo resoluto tais obstáculos para chegar ao vilarejo. Contudo, estaríamos longe de compreender sua impostação de espírito neste trajeto, se não relacionássemos a presteza com que realizou o percurso à sua intensa vida interior.

Sendo uma alma meditativa, imbuída de forte espírito de oração, Ela nos mostra que a boa contemplação redunda na ação bem feita, dá glória a Deus e edifica o próximo. Devemos nos compenetrar de que os espíritos fervorosos são aqueles que exercem sua missão com maior êxito, porque agem ao sopro do Espírito Santo. Nesse caso, Maria "é impulsionada por um movimento divino, pelo Verbo que traz em seu seio. Este divino fardo, longe de atrasá-La, A eleva, A faz voar, A transporta para o alto das montanhas".4

A pressa, manifestação de fervor

Cumpre ressaltar outro aspecto relacionado com uma palavra do Evangelista: "apressadamente". Por que teve Ela o desejo de partir o quanto antes a fim de estar com a prima? Após a Anunciação, a Virgem Santíssima foi favorecida com nova plenitude do Espírito Santo e estava exultante de alegria. Como o bem é difusivo,5 Nossa Senhora, que não tinha nenhum resquício de pecado e n'Ela tudo era santidade e virtude, logo desejou partilhar os tesouros recebidos. Com São José não tinha a possibilidade de Se expandir, pois os fatos posteriores nos indicam que a Providência agiu com ele de maneira diversa, exigindo-lhe grande confiança em meio a acontecimentos que apenas aos poucos lhe foram sendo esclarecidos. Por isso Ela preferiu deixar nas mãos de Deus qualquer comunicação a ser feita ao esposo. No entanto, como o Anjo havia dito que Santa Isabel já estava no sexto mês de uma concepção miraculosa, Maria julgou ser a ocasião ideal para se encontrar com ela, intuindo, também, não haver junto à prima quem a ajudasse adequadamente.

"Nossa Senhora a caminho da casa da sua prima Isabel" - Basílica da Visitação, Ain Karim (Israel)

Ela partiu logo, pois a vida sobrenatural não comporta delongas, preguiça nem desvios. É preciso observar que o fato de estar apressada não significa estar perturbada por qualquer agitação, já que Ela ia, sem dúvida, com todo equilíbrio e calma interior. A pressa vinha do anseio de comunicar as maravilhas que levava em Si, e ainda que tivesse toda a disponibilidade para auxiliar também nas necessidades práticas, essa não era a razão mais importante. A consideração pela prima dava-Lhe a certeza de não haver ninguém melhor para ser sua interlocutora, uma vez que Isabel "estava de certo modo envolvida nos mistérios da Redenção".6 E por amor ao Divino Filho que engendrava, lançou-Se logo pelos caminhos, como comenta Santo Ambrósio: "Pressurosa por causa do gáudio, dirigiu-se à montanha. Estando cheia de Deus, poderia não elevar-se até às alturas? Os cálculos lentos são alheios à graça do Espírito Santo".7

Além disso, houve um motivo mais significativo que determinou a viagem, relacionado com a pessoa e a missão de São João Batista. Por revelação do Anjo, sem dúvida a Virgem Santíssima sabia que o filho que Santa Isabel estava para dar à luz era o Precursor e, por esta razão, tinha certeza de que ele estava associado de maneira particular ao plano da salvação. Ora, Ela queria colaborar para que a glória de seu Divino Filho fosse a maior possível, num desejo correspondente ao elevado grau de perfeição e santidade de sua alma. Por tal motivo, correu com o intuito de santificar o quanto antes o Precursor, pois a ideia de que este varão pudesse nascer tisnado pelo pecado contundia seus anseios.

Nossa Senhora foi apressadamente, então, para transmitir com exclusividade a Boa-nova a Santa Isabel e a São João Batista, tornando-Se a primeira Arauto do Evangelho da História. Nesse sentido ressalta Monsabré: "Ela não teme nem as dificuldades nem as fadigas da viagem, pois porta a graça de Deus, e a graça é um dom tão grande que devemos estar dispostos a todos os sacrifícios para levá-lo àqueles a quem está destinado".8

Os efeitos de uma visita de Maria

"Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo".

Quanto gostaríamos de saber como Maria cumprimentou Isabel nessa ocasião! São Lucas, porém, não registrou tal pormenor. Tudo indica que Ela, em sua suprema humildade, chegou com discrição, sem chamar a atenção sobre Si. Ao ver a prima, saudou-a, chamando-a pelo nome, e o Espírito Santo agiu de maneira sensível. Deus é tão delicado - é a própria Delicadeza - que, ao se aproximarem as duas almas eleitas, inundou Santa Isabel de graças, comunicando-lhe que a plenitude dos tempos havia chegado e o Messias estava ali presente no seio virginal de Nossa Senhora. Esta, por sua vez, deu-Se conta de não ser necessário explicar nada à prima.

Bem podemos imaginar a unção e o poder da voz da Mãe de Deus em função de seus frutos. Qualquer música da Terra, por mais bela e perfeita que seja, não pode ser-lhe comparada. Aquela voz tem força e penetração e é extraordinariamente eficaz! Ao dizer Isabel, Maria o fez com tanto amor que a entonação era carregada de sentido sobrenatural, doçura e sublimidade, pois "a boca fala do que transborda do coração" (Mt 12, 34).

Sinal disto é o fato de São João Batista ter saltado no ventre de Santa Isabel. A tradição teológica reconhece ter sido nesse momento que o pecado original foi extirpado do menino, tal como se ele houvesse sido batizado.9 Embora uma criança com seis meses de gestação ainda não tenha capacidade de compreender, ele foi objeto de um altíssimo fenômeno místico que, segundo afirmam certos autores, deu-lhe um lampejo de conhecimento racional; contudo, parece mais conforme à fé que a vida divina, existente em Maria em plenitude e superabundância,10 lhe tenha sido transmitida pelo timbre daquela voz virginal e santificadora: a graça penetrou nele e deu-se um verdadeiro Batismo, o qual lhe infundiu as virtudes e os dons, enchendo-o do Espírito Santo.

"A Visitação" - Igreja de São Tiago o Menor, Liège (Bélgica)

"O mistério da Visitação foi uma imensa efusão de graças. A graça se esparge sobre o Precursor, santifica-lhe a vida, ilumina-lhe a inteligência, inaugura-lhe e consagra-lhe a carreira, pois esse estremecimento era precisamente a claríssima indicação da presença do Verbo".11 No instante da purificação de São João Batista, Santa Isabel foi arrebatada pelo Espírito Santo. Através de quem lhe veio esta graça? Qual foi o caminho escolhido pelo Divino Paráclito para cumulá-la de tais benefícios? Serviu-Se do que transbordava de sua Esposa, que era mais do que suficiente para elevar Isabel ao auge da perfeição. Maria, ao longo de toda a sua vida, sempre esteve ornada de um extraordinário influxo de graças, o qual recebeu um constante aumento até o instante de sua partida para a eternidade.

Conhecer o efeito da voz da Santíssima Virgem constitui, portanto, um magnífico ensinamento para nós. Se as águas foram escolhidas por Deus para a instituição do Batismo e, como sinal sacramental após a invocação do Espírito Santo, têm o poder de lavar o pecado, quão mais poderosa é a voz de Maria, a ponto de santificar São João no ventre materno! Ela ainda não fora coroada Rainha dos Céus e da Terra e, entretanto, já atuava como Intercessora. Bastou sua voz e seu desejo para a criança ficar limpa do pecado original, dando um salto de alegria.

Vemos, pois, como toda transformação ou progresso espiritual é possível quando Nossa Senhora toma a iniciativa de Se debruçar sobre uma alma. Como ensina São Tomás, o amor que desce é eficaz 12 e, vindo de Deus e de Nossa Senhora, santifica. Nesse sentido, portanto, observamos uma relevante verdade: em relação aos superiores na linha do espírito, mais importante é ser amado do que amar.

Louvores de uma alma cheia do Espírito Santo

"Com um grande grito exclamou: ‘Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!'"

A expressividade de Santa Isabel deve ser considerada como a reação de uma alma tomada pelo Espírito Santo. Seus gestos e suas palavras são dignos de apreciação. O texto afirma que a prima de Nossa Senhora prorrompeu num "grande grito", proclamando com força, entusiasmo e encanto o que lhe passava no fundo do coração nesse momento, por divina revelação. Seu clamor nos ensina que, quando uma realidade sobrenatural nos é descoberta, não podemos nos calar, sendo nossa obrigação exteriorizar o júbilo que nos invade e tornar manifesto o reconhecimento pela dádiva recebida. Se assim não procedermos, incorreremos em omissão e nos tornaremos merecedores de uma repreensão semelhante àquela feita aos fariseus inconformados com a glorificação do Salvador: "Digo-vos: se estes se calarem, clamarão as pedras" (Lc 19, 40).

Nossa atenção é atraída aqui ainda por outro pormenor de grande importância. Santa Isabel poderia ter formulado a frase numa ordem diferente: "Bendito é o fruto do teu ventre e bendita és tu entre as mulheres!"; mas, ao contrário, ela primeiro elogiou Nossa Senhora. Agindo desta maneira, reconhecia que o melhor modo de chegar a Deus é pela Virgem Santíssima. Quem está cheio do Espírito Santo apreende com facilidade esta verdade, enquanto as almas afastadas da luz divina mostram-se reticentes em relação à intercessão de Maria, levantando objeções infundadas a respeito. Nessa passagem, o próprio Espírito nos mostra que a forma mais rápida, segura e certeira para chegar a Nosso Senhor Jesus Cristo é fazê-lo através de sua Mãe.

Humildade e alegria, sinais da presença de Deus

"Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre".

"São João Batista e Santo Estêvão" (detalhe)
Museu Nacional de Arte da Catalunha - Barcelona

Santa Isabel prossegue seu elogio, colocando-se numa postura de humildade. Não podemos nos esquecer de que Nossa Senhora era ainda muito jovem - tinha por volta de quinze anos -, enquanto a prima era uma anciã. Ao comprovar a superioridade da virginal donzela, a esposa de Zacarias se submete comovida, e não duvida em recebê-La com júbilo, embora se considerando indigna de semelhante graça. Portanto, sua reação é análoga à de Maria diante do Anjo, quando disse: "Eis aqui a escrava do Senhor" (Lc 1, 38). Pelo teor da exclamação de Isabel podemos concluir que ela, por uma magnífica iluminação interior, soube estar ali Aquela que gestava quem seu filho apontaria, anunciando: "Eis o Cordeiro de Deus!" (Jo 1, 29). Assim, teve conhecimento da Encarnação do Verbo antes mesmo de ser transmitida a notícia a São José, como fruto, sem dúvida, de uma humildade que já lhe habitava a alma desde muito tempo. Por aí podemos medir a importância e o prêmio que nos espera se também nós reconhecermos nossa insuficiência.

Na nova referência ao salto de São João Batista no ventre de Santa Isabel, a mãe caracteriza essa reação como um estremecimento "de alegria". Quando recebemos a graça santificante, do mesmo modo nos enchemos de júbilo e, se correspondemos a ela, encontramos a verdadeira felicidade. No mundo existem alegrias aparentes que trazem satisfações momentâneas, ao passo que a prática da virtude nos proporciona um contentamento de fundo de alma que predispõe para grandes atos de heroísmo e se prolongará por toda a eternidade. Este é mais um alentador benefício da proximidade de Nossa Senhora - a Mãe da divina graça -, a qual devemos procurar com todo empenho e ardor.

Sem fé não há bem-aventurança

"Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu".

É interessante analisarmos o elogio de Isabel a Maria, ao reconhecê-La como "Aquela que acreditou". Vinha ela padecendo havia seis meses as consequências da incredulidade de seu esposo que, por duvidar do anúncio angélico sobre o nascimento de São João Batista, ficara mudo. Assim, Isabel pôde meditar durante longo tempo sobre a extraordinária importância da virtude da fé. E com isso melhor admirar a virginal e inocente fé de Maria Santíssima, que, por acreditar plenamente no Anjo, mereceu o prêmio: "Será cumprido o que o Senhor Lhe prometeu".

Crer é seguir o exemplo de Nossa Senhora, que não exigiu explicações nem procurou condicionar o anúncio do Anjo àquilo que, segundo os seus critérios, poderia ser oportuno. Pelo contrário, consentiu com docilidade em tudo o que São Gabriel predisse, tornando claro que mais importante do que ser Mãe do Redentor - de si mesma uma graça insuperável - é conformar-se por inteiro com os desígnios de Deus.13 Nos futuros anos da vida pública de Jesus, quando Lhe anunciarem a presença de sua Mãe, Ele responderá: "Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a observam" (Lc 8, 21); e, mais adiante, ao ouvir um elogio feito a Nossa Senhora pelo dom da maternidade divina, dirá ainda: "Antes, bem-aventurados os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática" (Lc 11, 28). Com tais afirmações, o Mestre deixaria patente que prezava mais a fidelidade de Maria Santíssima à sua Palavra do que o incomparável privilégio de gerá- -Lo no tempo.


Virgem da Flor de Lis - Cripta da Catedral
da Almudena, Madri

III - As lições da Visitação

A Visitação, notável sobretudo por seu sentido místico e simbólico, é um marco da Era Cristã em que se manifestou a mentalidade de Maria Santíssima, toda feita de admiração, humildade, despretensão, afeto, prontidão, serviço, obediência, alegria e vida interior.

Se quisermos que nossa vida seja pervadida por essa luz marial, peçamos a Ela que nos conceda a graça de participar de sua fé, para discernirmos a atuação do Espírito Santo no cotidiano de nossa existência. Não é necessário abandonarmos as obrigações familiares, profissionais ou os deveres de estado inerentes à vocação de cada um, pois é precisamente no exercício perfeito dessas atividades que nos santificaremos. Tal como Santa Isabel, estejamos atentos à presença de Maria.

Uma das mais belas lições da Liturgia do 4º Domingo do Advento, por certo, é a importância de sermos amados por Maria Santíssima. Ela nos ama, não por algum merecimento nosso, pelo que temos ou fazemos, mas porque somos filhos de Deus. O seu amor é incondicional. Peçamos, assim, com fervor, nesta semana que antecede o Natal, que Ela nos fale no fundo do coração e nos transforme, apesar de todos os pesares, em entusiasmados arautos de Cristo em nossos dias. (Revista Arautos do Evangelho, Dez/2012, n. 132, p. 10 à 17)

Título Original: A arrebatadora excelência da voz de Maria


Site: Jbpsverdade
Editado por Henrique Guilhon

domingo, 30 de dezembro de 2012

Tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu



Prof. Felipe Aquino

Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra será também desligado no céu. (Mt 18,18)

Parece que há alguns católicos que não entenderam ainda as promessas que Jesus fez à Igreja que Ele instituiu sobre Pedro de os Apóstolos. Entre outras Ele lhes disse: “Quem vos ouve a Mim ouve; quem vos rejeita, a Mim rejeita; e quem me rejeita, rejeita Aquele que me enviou”. (Lc 10,16).

Esta é a bela lógica que Deus escolheu para salvar a humanidade: o Pai enviou o Filho como salvador e Redentor; e o Filho enviou a Igreja. É preciso ter com clareza que a Igreja é o “prolongamento da presença de Cristo no meio da humanidade”. “A Igreja é o Corpo do Senhor, e o ostensório do Seu coração”, disse Maurice Zundel. Bossuet preferiu dizer que: “A Igreja é Jesus Cristo derramado e comunicado a toda a terra”.

Os grandes Santos Padres da Igreja, doutores da Igreja, como São Basílio Magno, São Gregório de Nissa, São Gregório de Nazianzo, Santo Agostinho, São Jerônimo, etc., tinham esta certeza: “Ubi Petrus, ibi Ecclesia; ubi Ecclesia ibi Christus” (Onde está Pedro, está a Igreja; onde está a Igreja está Jesus Cristo). Santo Inácio de Antioquia (†110), mártir no Coliseu de Roma, disse: “Onde está o Cristo Jesus está a Igreja Católica”. A Lumen Gentium do Concílio Vaticano II, disse que “Deus estabeleceu congregar na Santa Igreja os que creem em Cristo” (LG, 2).

Uma promessa que Jesus fez à Igreja, a Pedro (Mt 16,19) e aos Apóstolos unidos a Pedro (Mt 18,18), é que tudo o que eles ligarem na Terra, Ele ligaria no céu. E aí está a infalibilidade da Igreja: como no céu não pode ser ligado nada errado, então, o Espírito Santo assiste e guia a Igreja para não ligar nada de errado na Terra, pois isto terá de ser ligado no céu, por força de promessa de Jesus.

Desta certeza vem toda a beleza, por exemplo, da Liturgia. Ou ainda, quando a Igreja celebra o Natal aqui, no dia 25 de dezembro, o céu também o celebra neste dia. Se a Igreja celebra o dia do nascimento de Nossa Senhora no dia 8 de setembro, o céu o celebra no mesmo dia, e assim por diante. E quando celebramos essas datas e todas as outras festas litúrgicas, solenidades e memórias de santos, no dia fixado pela Igreja, as graças desse acontecimento se tornam atuais e as recebemos em sua celebração como no acontecimento original. De modo especial, quando celebramos a Santa Missa, torna-se presente a nossa Redenção. Daí vem toda a beleza, profundidade e espiritualidade da Liturgia.

É de causar admiração o poder que Jesus confiou a Pedro, o Papa, e à sua Igreja. Quando o Papa confirma, por exemplo, que alguém é santo, e o canoniza, não há dúvida de que aquela pessoa está no céu, “intercedendo por nós sem cessar”, como diz a Liturgia eucarística. Esta é a beleza de nossa fé; desde aqui da Terra já participamos da glória do céu, como que por antecipação.

Título Original: O que a Igreja liga na Terra, Jesus liga no céu


Site: Cléofas
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 29 de dezembro de 2012

Os ídolos bíblicos, uma coisa; a intercessão dos santos, outra completamente diferente




Voz da Igreja

O leitor Valfredo deixou-nos o seguinte comentário ao post"Pergunta e resposta: a Bíblia e a proibição de imagens":

"Padroeiros, os santos são considerados intercessores para os catolicos, então como dizer que vocês não acredita na divindade dos idolos.(?)"


Respondendo, Valfredo, precisamos dizer que você está fazendo uma "salada" muito confusa de termos e conceitos! Com todo o respeito, vamos tentar desfazer esses nós que se formaram aí na sua cabeça...

Primeiro, "santo" é um cristão que entregou sua vida a Deus e aderiu ao caminho de Cristo. A Bíblia fala inúmeras vezes dos santos:

"Santificai-vos, e sede santos, pois eu sou o SENHOR vosso Deus." (Lv 20,7)

"Porquanto está escrito: 'Sede santos, porque eu sou Santo'." (1 Pd 1,16)

Diversos livros do Novo Testamento iniciam-se com a saudação "à Igreja dos santos...", e o próprio Senhor Jesus Cristo disse: "Sede santos como vosso Pai Celestial é santo" (Mt 5,48).

As Sagradas Escrituras referem-se também aos santos que estão no Céu, como podemos ver em Hebreus 12, 22 - 23:

“...Chegastes ao Monte Sião, à Cidade do Deus Vivo, à Jerusalém Celeste, e aos muitos milhares de anjos; à Assembleia Universal e Igreja dos Primogênitos que estão inscritos nos Céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados”. - A Bíblia Sagrada está afirmando, categoricamente, que os santos que já morreram neste mundo estão bem vivos e aperfeiçoados, no Céu, em Comunhão com Deus.

Em Apocalipse 8,3 está escrito:

"E veio outro anjo, e pôs-se junto ao Altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o Altar de Ouro, que está diante do Trono."

Portanto, veja que não há nenhum sentido em dizer que "só Jesus é santo", como muitas vezes ouvimos da boca de algum irmão "evangélico". Isso é totalmente antibíblico. Jesus quer que o imitemos e sejamos também santos.

Entendido este ponto, em segundo lugar, quando uma comunidade da Igreja elege algum santo para ser o seu "padroeiro", quer dizer que elegeu aquele irmão em Cristo, que foi um modelo para a Igreja e que já está no Céu com Deus, para ser o seu especial intercessor. Quer dizer também que aquela comunidade o admira e busca seguir o seu exemplo de vida cristã. Só isso.

Também as primeiras comunidades da Igreja viam em Pedro e em Paulo grandes exemplos de santidade, e os elegeram como seus padroeiros, embora não se usasse essa expressão naquele tempo:

O livro dos Atos dos Apóstolos conta o seguinte:

"Deus fazia milagres não vulgares por mão de Paulo, de tal modo que até, sendo aplicados aos enfermos os lenços e aventais que tinham tocado seu corpo, não só saiam deles as doenças, mas também os espíritos malignos se retiravam." (At 19,11-12)

O mesmo livro dos Atos diz também que:

"Traziam os doentes para as ruas e punham-nos em leitos e enxergões, a fim de que, ao passar Pedro, cobrisse ao menos a sua sombra algum deles." (At 5,15)

Que grande fé na intercessão dos santos! No entanto, hoje os nossos irmãos protestantes nos chamam de "idólatras" por mantermos viva a mesma fé da Igreja dos primeiros tempos...

A questão da intercessão, é muito simples: quando você ora a Deus pedindo por algum irmão ou irmã, você está intercedendo a Deus por esse irmão ou por essa irmã. E a Escritura não nos exorta a intercedermos a Deus uns pelos outros?

Portanto, você já pode e deve tirar da sua cabeça, de uma vez por todas, essa ideia que o pastor incutiu de que os santos são "ídolos". Ídolo, no contexto bíblico, é uma imagem de um deus pagão. Os santos que os cristãos veneram são grandes servos de Cristo que estão no Céu. E eles não são "divinos", pois somente Deus possui Divindade. Se eu peço a Deus alguma graça para a sua vida, e essa graça é atendida, isso não quer dizer que eu seja "divino".

Para entender melhor, leia também este nosso outro artigo, que aborda o mesmo tema: Manual Bíblico Católico - 2 (clique para ler) .

Deus o abençoe lhe conceda a Luz!
Henrique Sebastião

Título original: Pergunta e resposta: a intercessão dos santos e os ídolos


Site: Voz da Igreja
Editado por Henrique Guilhon

Medianeira de todas as graças: a 8ª Estrela da Corôa de Maria


Prof. Felipe Aquino

Alguns acham exagero dizer que Nossa Senhora é a medianeira de todas as graças de Deus; mas isto é afirmado por grandes santos e doutores da Igreja, como mostramos abaixo. 

São Bernardo, doutor a Igreja, falecido em 1153, é autor da célebre sentença: “Deus quis que recebamos tudo por Maria” (citado em Valle, Pe. Inácio. “Vamos todos a Maria Medianeira”, Ed. Paulinas. 4ª ed., São Paulo, 1953, p. 191 – VtMM, p. 69). 

S. Luiz de Montfort afirma:“Deus Pai ajuntou todas as águas e denominou-as mar; reuniu todas as graças e denominou-as Maria. Esse grande Deus tem um tesouro, um depósito riquíssimo, onde encerrou tudo que há de belo, brilhante, raro e precioso, até seu próprio Filho; e este tesouro imenso é Maria, que os anjos chamam tesouro do Senhor, e de cuja plenitude os homens se enriqueceram.” (Tratado da Verdadeira Devoção à Virgem Santíssima, n. 23-25 – TVD). 

Talvez se possa achar algum exagero nessas palavras do santo, pelo fato de ser dito que “nenhum” dom é concedido aos homens sem que o seja pelas mãos de Maria. Contudo, se examinarmos com a devida atenção a vida de Jesus, veremos que foi por Maria que Ele quis agir em muitas situações. Por Maria Ele se encarnou; pela palavra de Maria santificou São João Batista, Seu precursor, no seio de Isabel. Foi por Maria que Ele, nas núpcias de Caná (Jo 2), mudou “seiscentos” litros de água em vinho da melhor qualidade, Seu primeiro milagre. 

Se a maior de todas as graças que recebemos de Deus Pai, Jesus Cristo, veio a nós por meio de Maria, como então todas as outras graças menores chegariam a nós, senão por ela? 

É claro que Deus é o Senhor absoluto de todas as graças. E Maria não é mais que uma pura criatura, e tudo que obtém recebe de Deus gratuitamente. Contudo, mais do que qualquer outra criatura na terra ela honrou e amou a Deus, sendo escolhida para ser Mãe de Seu Filho.Santo Afonso de Ligório afirma:“Deus quer que pelas mãos de Maria nos cheguem todas as graças… A ninguém isso pareça contrário à sã teologia. Pois Santo Agostinho, autor dessa proposição, estabelece como sentença, geralmente aceita, que Maria tem cooperado por sua caridade para o nascimento espiritual de todos os membros da Igreja” (Glórias de Maria, p. 15). 

Santo Afonso ainda explica: “Há quem ache ousada a grande confiança no patrocínio da Virgem e queira repreender-nos… Mas, como ensina o ‘Doutor Angélico’ (S. Tomás), nada se opõe a que também outros se designem medianeiros entre Deus e os homens, enquanto como ministros e instrumentos cooperam na união dos homens com Deus, como os anjos e santos do céu, os profetas e sacerdotes de ambos os testemunhos. Esta dignidade gloriosa cabe em ponto mais elevado à Santíssima Virgem. Pois não se pode imaginar uma só personalidade que operasse na reconciliação dos homens com Deus como Maria, ou pudesse jamais operar como ela… Foi dela que nasceu Jesus, e Ela é verdadeiramente Sua Mãe, e por essa causa digna e legítima Medianeira do Medianeiro” (VtMM, pp. 32 e 33). 

O Papa Leão XIII, na encíclica “Octobri mense”, de 22 de setembro de 1891 sobre a Anunciação, diz com base
em S. Tomás:“No dia da Anunciação era esperado o consentimento da Santíssima Virgem em lugar de toda a natureza humana. Donde se pode, com não menos verdade e exatidão, afirmar que nada desses tesouros de toda a graça que o Senhor nos trouxe – pois que a verdade e a graça vêm de Jesus Cristo (Jo 1,17) – nos foi comunicado senão por Maria. E deste modo, como ninguém pode ir ao Pai senão pelo Filho, assim também, quase de igual modo, ninguém pode ir a Jesus Cristo senão por Sua Mãe” (VtMM, p. 47). 

Também o Concílio Vaticano II nos ensina que “um só é o nosso Mediador… Todavia a materna missão de Maria a favor dos homens de modo algum obscurece nem diminui essa mediação única de Cristo, mas até ostenta sua potência, pois todo o salutar influxo da bem-aventurada Virgem a favor dos homens não se origina de alguma necessidade interna mas do divino beneplácito. Flui dos superabundantes méritos de Cristo, repousa em Sua mediação, dela depende inteiramente e dela aufere toda a força. De modo algum impede, mas até favorece a união imediata dos fiéis com Cristo” (LG n. 60). 

E o mesmo Concílio fala com toda sua autoridade:“A Igreja não hesita em proclamar esse múnus subordinado de Maria. Pois sempre de novo o experimenta e recomenda-o aos fiéis para que, encorajados por essa maternal proteção, mais intimamente adiram ao Mediador e Salvador” (LG n. 62). 

Muitos santos falaram dessa mediação de Maria junto a Deus. São Bernardo (1090-1153) assim diz:“Tal é a vontade de Deus que quis que tenhamos tudo por Maria. Se, portanto, temos alguma esperança, alguma graça, algum dom salutar, saibamos que isto nos vem por suas mãos”. 

São Bernardino de Sena:“Todos os dons virtudes e graças do Espírito Santo são distribuídos pelas mãos de Maria, a quem ela quer, quando quer, como quer, e quanto quer” (TVD, p. 137). 

São Bernardo:“Eras indigno de receber as graças divinas: por isso foram dadas a Maria a fim de que por ela recebesses tudo o que terias” (idem). 

Santo Efrém (306-373), doutor da Igreja, já no século IV afirmava:“Minha Santíssima Senhora, Santa Mãe de Deus, cheia de graças e favores divinos, Distribuidora de todos os bens! Vós sois, depois da Santíssima Trindade, a Soberana de todos; depois do Medianeiro, a Medianeira do Universo, Ponte do mundo inteiro para o céu. Olhai benigna para minha fé e meu desejo que me foram inspirados por Deus” (VtMM, p. 97). 

São Boaventura (1218-1274), bispo e doutor da Igreja:“Deus depositou a plenitude de todo o bem em Maria, para que nisto conhecêssemos que tudo que temos de esperança, graça e salvação, dela deriva até nós” (VtMM, p. 101). 

Santo Alberto Magno (1206-1280), doutor da Igreja e professor de São Tomás:“É anunciada à Santíssima Virgem tal plenitude de graça, que se tornou por isso a fonte e o canal de transmissão de toda a graça a todo o gênero humano” (idem). 

São Pedro Canísio (1521-1597), doutor da Igreja:“O Filho atenderá Sua Mãe e o eterno Pai ouvirá Seu próprio Filho: eis o fundamento de toda nossa esperança” (idem). 

São Roberto Belarmino (1542-1621), bispo e doutor da Igreja:“Todos os dons, todas as graças espirituais que por Cristo, como cabeça, descem para o corpo, passam por Maria que é como o colo desse corpo místico” (VtMM, p. 102). 

São Luiz destaca outra razão importantíssima da intercessão de Maria. Diz ele:“Reconhecemo-nos indignos e incapazes de, por nós mesmos, aproximar-nos de Sua Majestade infinita; e por isso servimo-nos da intercessão da Santíssima Virgem. Além disso é uma prática de grande humildade, virtude que Deus ama acima de todas as outras. Uma alma que se eleva a si mesma rebaixa a Deus. Se vos rebaixais crendo-vos indignos de aparecer diante d’Ele e de vos aproximar d’Ele, Ele desce, rebaixa-se para vir até vós, para comprazer-se em vós, e para vos elevar.” (Tvd, n. 142). 

Santo Agostinho afirma que as orações de Maria junto a Deus têm mais poder junto da Majestade divina que as preces e intercessão de todos os anjos e santos do céu e da terra (Tvd,n. 27). 

Maria Santíssima é de fato a Medianeira de Todas as Graças como inúmeras vezes afirmou o Papa Pio XI:“É a Rainha de todas as graças, a Medianeira de Todas as Graças” (VtMM, p. 68). 

Durante o processo de canonização de Joana D’Arc, a Congregação dos Ritos hesitou, durante anos, em atribuir à santa um dos milagres propostos para sua canonização, por ele ter acontecido
em Lourdes. No entanto, o Papa Bento XV assim disse:“Se em todos os prodígios convém reconhecer a Mediação de Maria, pela qual, segundo vontade divina, toda a graça e todo o benefício nos vêm, não se pode negar que esta Mediação se manifestou, de modo muito particular, num dos milagres precitados. Entendemos que o Senhor assim o permitiu, para nos sugerir que nunca devemos deixar de pensar em Maria, ainda mesmo quando um milagre pareça dever atribuir-se à intercessão de um bem-aventurado ou santo. Até quando Deus se compraz em glorificar seus santos, é preciso supor sempre a intercessão daquela que os Padres chamam de ‘Medianeira dos medianeiros” – Mediatrix mediatorum omnium” (VtMM, p. 69). 

Esta mesma doutrina foi confirmada pelo Papa Pio XI na Encíclica sobre o Santo Rosário, de 29 de setembro de 1937:“Convidamos a todos os fiéis para conosco agradecerem a Deus por termos recuperado a saúde. Como em outra parte já havemos dito, atribuímos essa graça à intercessão de Santa Teresinha do Menino Jesus, mas sabemos também que tudo quanto nos vem de Deus, o recebemos das mãos de Maria Santíssima” (VtMM, p. 70). 

Fica assim bastante claro que mesmo as graças que recebemos de Deus sem recorrermos a Maria nos são dadas também por meio de suas mãos. 

Leão XIII, na mesma Encíclica “Octobri mense”, de 22 de setembro de 1891, faz suas as palavras de São Bernardo: 

“Toda a graça concedida ao mundo segue esta tríplice gradação: de Deus a Jesus Cristo, de Jesus Cristo à Santíssima Virgem, da Santíssima Virgem aos homens: tal é a ordem maravilhosa de sua disposição” (VtMM, p. 74).

Título Original: MARIA, MEDIANEIRA DE TODAS AS GRAÇAS


Site: Blog. Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon


sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A juventude será tema da Campanha Missionaria 2013

Jovens Conectados

A equipe responsável pela Campanha Missionária 2013 se reuniu na quinta-feira (13), na sede nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM) em Brasília para definir a organização e produção dos subsídios do evento.

Os principais pontos já foram definidos, entre eles o tema “Juventude em Missão” e o lema “A quem eu te enviar, irás (Jr 1, 7b)”. Conforme acontece anualmente, a Campanha Missionária dá continuidade à temática trabalhada pela Campanha da Fraternidade (CF) da CNBB, que em 2013 tem como tema “Fraternidade e Juventude”.

Padre Marcelo Gualberto, das POM

O secretário nacional da Pontifícia Obra da Propagação da Fé, padre Marcelo Gualberto, explicou o sentido do tema proposto para a Campanha Missionária. “Juventude em Missão significa que o jovem caminha em missão e que ele quer continuar essa caminhada, se fortalecendo nessa perspectiva”, disse. Com relação ao lema escolhido, a sugestão foi acatada pela equipe reunida por que a passagem relata o temor do jovem Jeremias de encarar a Missão lhe confiada por Deus, mas o próprio Deus o encoraja a suportar os obstáculos que aparecem. Também por que o texto complementou o lema da CF-2013, “Eis-me aqui, envia-me (Is 6, 8)”.

Durante as discussões, o diretor nacional da POM, padre Camilo Pauletti, destacou os pontos positivos e negativos do material da Campanha Missionária de 2012, enviado a toda a Igreja no Brasil, com base nas avaliações que chegaram à sede nacional. “A novena vem sendo elogiada e bastante usada; o mesmo acontece com o DVD que tem sido bem utilizado por que conta com os testemunhos dos missionários presentes em diversas realidades. Percebemos que um material vem complementando o outro”, disse.


Para a produção do material da Campanha de 2013, a equipe sugeriu que o foco tenha um apelo nas questões que envolvem diretamente a juventude. “A juventude é envolvida por temas muito específicos como trabalho, educação e segurança. Esta última se divide em segurança pública e familiar”, sugeriu Thiesco Crisóstomo, secretário nacional da PJ. “Temos que ter em mente que a Campanha é voltada para a Igreja no Brasil, mesmo que tenha na juventude o seu foco, portanto, precisamos ter presentes alguns pontos: sensibilizar os cristãos para a solidariedade, a partilha e ao compromisso”, pontuou padre Jaime Patias, secretário nacional da Pontifícia União Missionária.

Os testemunhos continuarão a ser destaque no material da Campanha Missionária, como vem acontecendo nos últimos anos, de modo especial, no DVD. E em 2013, o testemunho de jovens missionários deverão estar presentes com o objetivo de incentivar a missão além-fronteiras. “O protagonismo dos próprios jovens deverão estar presentes no material, como meio de incentivar as Missões”, sugeriu padre Camilo. Alguns temas que serão desenvolvidos no material: Juventude Missionária (atividade da Pontifícia Obra da Propagação da Fé); jovens missionários estrangeiros no Brasil; jovens brasileiros em missão ad gentes; os desafios da juventude hoje; Santas Missões Populares; jovem e a vocação missionária; Amazônia e Dia Nacional da Juventude (DNJ).

Nos folhetos dos quatro domingos do Mês Missionário (outubro) ficaram definidos os seguintes temas: 1º domingo, Infância e Adolescência Missionária; 2º, motivações para a coleta; 3º Amazônia e 4º Dia Nacional da Juventude. A produção do material já foi definida e uma nova reunião deverá acontecer no dia 20 de fevereiro de 2013.

A equipe que organiza a Campanha Missionária 2013 é composta pela direção e secretários das Pontifícias Obras Missionárias (POM); pelos assessores da CNBB para Dimensão Missionária, irmã Dirce Gomes, e para a Missão Continental, padre Sidnei Dornelas; pelo secretário nacional da Pastoral da Juventude, representante da Comissão para a Juventude da CNBB, Francisco Crisóstomo (Thiesco) e Nelson Tyski, da Verbo Filmes.

Título Original: Campanha Missionária 2013 terá juventude como tema


Site: Jovens Conectados
Editado por Henrique Guilhon

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Algumas verdades sobre o dízimo que o protestantismo evita


 Catia







Título Original: SILAS MALAFAIA AFIRMA: CERTAS BENÇÃOS É POSSÍVEL COM DÍZIMO!


Site: Macabeus Comuinidades.blogspot.com.br
Editado por Henrique Guilhon

Que penitência fazer?




Ricardo Sá

Quem responde é o Santo Padre Pio di Pietrelcina:
"Faça a penitência de ser constante na prática do bem".
Confesso que, com esta afirmação, mudei meu modo de ver a vida, as pessoas e a vida espiritual!

Seu irmão,
Ricardo Sá

Título Original: Qual a melhor penitência a fazer?


Site: Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

A perseguição aos cristãos


Imagem manchada com sangue de cristãos em atentado no Egito

Destrave

A história do Cristianismo é mesclada com a história de incontáveis mártires que, desde os primeiros séculos até os dias de hoje, testemunham, com o derramamento de sangue, a fé incondicional no Salvador da humanidade.

Já nos Atos dos Apóstolos, temos o relato do martírio de Estevão e o apóstolo Tiago. A partir daí, o Cristianismo é dispersado pelo mundo e chega a Roma, onde sob o imperador Nero (64 D.C) inaugura-se uma verdadeira caça aos cristãos, a qual só terá fim três séculos depois.

“No início, os cristãos precisavam ser bem preparados para assumirem o batismo, porque abraçar a fé, naquela época, significava correr um perigo constante de morte”, afirma padre Carlo, professor de história da Igreja na Universidade Santa Cruz de Roma.

Quando falamos de perseguição ao Cristianismo, nada pode se comparar ao Século XX. Só os mártires provenientes das grandes revoluções e regimes ditatoriais superam os de toda a história. A Revolução Russa (1917), por exemplo, levou à morte cerca de 17 mil sacerdotes e 34 mil religiosos. O Comunismo se espalhou pelo mundo e declarou a religião como subversiva e inimiga do Estado. Igrejas, conventos e seminários são fechados e destruídos. São incontáveis os números de mártires em países como União Soviética, Lituânia, Romênia, China, Vietnã, Camboja e Cuba.

Veja a primeira parte da reportagem 


Na Revolução Nacionalista espanhola (1931), a Igreja Católica é condenada à extinção e considerada um inimigo a ser abatido por todos os meios. Entre sacerdotes, religiosas e religiosos, o número de mortos chegou a 6.832, sendo 13 bispos, 4.184 padres diocesanos, 2.365 religiosos, 283 religiosas e vários seminaristas. Em 28 de outubro, Bento XVI beatificou 398 mártires desta revolução de uma só vez, o que ficou conhecido como a maior beatificação da história da Igreja.

Os cristãos perseguidos hoje

Em nossos tempos, o número de cristãos perseguidos também caminha para se igualar aos do século passado. Segundo o sociólogo investigador David Barrett, no seu livro World Christian Trends AD 30-AD 2200, na primeira década deste milênio foram 160 mil cristãos assassinados e, na segunda década, calcula-se o número de 150 mil. Segundo os cálculos, um cristão é assassinado a cada cinco minutos, um dado que os coloca no topo dos grupos mais perseguidos do mundo.

Por que nem todos sabem destes dados?

“Não é interessante para a mídia divulgar o martírio de cristãos”, diz a missionária do ministério Portas Abertas, um grupo evangélico fundado por Irmão André ainda na época da ‘cortina de ferro’, o qual tem por missão dar suporte a esta Igreja perseguida. Segundo a missionária – que já visitou países como Cuba, Iraque e Paquistão -, os cristãos desses países não possuem, muitas vezes, nem sequer uma Bíblia e vivem a sua fé sob a pressão de grupos radicais islâmicos.“Estes nossos irmãos vivem uma fé autêntica, porque ser cristãos em países hostis ao Cristianismo significa viver sob o constante risco de morte ou tortura. Uma pessoa muçulmana que se converte ao Cristianismo, por exemplo, morre se não voltar atrás, mas, mesmo assim, eles não negam a fé em Jesus”, diz Elizabeth.

Veja a segunda parte da reportagem


Um outro tipo de perseguição
A perseguição em nossos tempos não é somente a física, ou seja, o martírio de sangue. Existe uma outra forma de perseguição que se espalha pelo mundo e por países que, antes, eram profundamente cristãos.

“O Papa fala hoje do martírio da ridicularização, ou seja, se você se denomina cristão no trabalho, na universidade ou coloca um crucifixo no peito, eles o ridicularizam. Vão chamá-lo de alienado, de fundamentalista, medieval. Não é uma perseguição que vem com as armas, mas com a cultura”, explica professor Felipe Aquino, professor de História da Igreja e apresentador da TV Canção Nova.

Um exemplo desta secularização e hostilidade ao Cristianismo, sobretudo à Igreja Católica, mostra-se na França. “Recentemente, a ministra do alojamento francês acabou de pedir, publicamente, que a Igreja devolva imóveis e salas para colocar outras pessoas dentro. O atual governo decidiu voltar atrás no reconhecimento de diplomas dos estudantes sob o argumento de que estas instituições estão ligadas à Igreja e ao Vaticano e não podem gozar dos mesmos privilégios das instituições estaduais”, disse Louis-Marie Guitton, responsável pelo observatório sócio-político da diocese de Toulon, na França.

No Brasil, este laicismo também começa a dar as suas caras. Em março deste ano, a pedido da Liga Brasileira de Lésbicas, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (RS) determinou a retirada dos crucifixos e símbolos religiosos dos espaços públicos e prédios da justiça gaúcha. Em novembro, o Procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Jefferson Aparecido Dias, pediu a retirada do termo “Deus seja Louvado” das cédulas da moeda brasileira, o Real, com o argumento de que o Estado é laico.

Veja a última parte da reportagem


Um Estado laico significa negar a cultura religiosa de seu povo?

“Nós estamos num Estado cuja maioria da população é cristã, isto significa que ter um crucifixo, por exemplo, num prédio público é respeitar o sentimento religioso desta maioria e também a fé cristã que está impregnada na cultura do Brasil”, diz o advogado especialista em direito civil Aleksandro Clemente.

Já para Elizabeth, da missão Portas Abertas, é preciso que os cristãos do Brasil aprendam com os países que se fecharam ao Evangelho. “Se nós formos ver, os países mais hostis ao Cristianismo, hoje, são aqueles nos quais o Cristianismo era muito forte no início, onde ele nasceu. Nós precisamos estar atentos às leis que tramitam no Congresso, porque nenhum país se fecha ao Evangelho da noite para o dia, as coisas vão acontecendo devagar”, disse a missionária.

Título Original: CRISTÃOS PERSEGUIDOS


Site: Destrave
Editado por Henrique Guilhon