A Igreja é a coluna (mestra) e sustentáculo (preservadora) da verdade – 1º Tim 3,15

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É importante falar de Deus, das coisas de Deus, sem tirar os pés do mundo, pois estamos nele, embora que não sejamos dele. O Viver em Deus, fala de Deus, dos fatos da Igreja, do meio cristão católico. O Viver em Deus não é fechado em si mesmo, portanto faz também a apresentação de obras de outros sites católicos, o que, aqui, mais se evidencia, no intuito da divulgação e conhecimento dos mesmos. UM BLOG A SERVIÇO DA IGREJA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Sejam todos bem - vindos!

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Quando neste blog é falado, apresentado algo em defesa da Igreja, contra o protestantismo, é feito com um fundo de tristeza ao ver que existem "cristãos" que se levantam contra a única Igreja edificada pelo Senhor Jesus no mundo. Bom seria se isto não existisse, a grande divisão cristã. Mas os filhos da Igreja têm que defendê-la.

Saibam, irmãos(ãs), que o protestantismo, tendo que se sustentar, se manter, se justificar, terá que ser sempre contra a Igreja católica (do contrário não teria mais razão de sê-lo) ainda que seja pela farsa, forjar documentos, aumentar e destorcer fatos (os que são os mais difíceis para se comprovar o contrário pelos cientistas católicos, pois trata-se de algo real, mas modificado, alterado para proveito próprio.) E tentarão sempre atingir a Igreja na sua base: mentiras contra o primado de São Pedro, contra o Papa e sua autoridade, contra o Vaticano, contra a sua legitimidade, e outros tantos absurdos. São, graças a Deus, muitos sites católicos que derrubam (refutam) estas mentiras, provando o seu contrário, bastando portanto se fazer uma pesquisa séria, por exemplo, com o tema: cai a farsa protestante, refutando o protestantismo, etc. O Espírito Santo jamais abandona sua Igreja. Que saibamos, por este Espírito, amar aos protestantes que não participam destas ações malignas, e aos que se incumbem destas ações, os inimigos da Igreja, que saibamos, ainda que não consigamos amá-los o bastante, ao menos respeitá-los em sua situação crítica perante Jesus e desejar a eles a conversão e a Salvação de Nosso Senhor Jesus. "Se soubéssemos verdadeiramente o que é o inferno, não o desejaríamos ao pior inimigo".

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Notas Importantes

*O marcador “IDOLATRIA”, na seção TEMAS, abaixo, à esquerda, assim está exposto com a função de desmentir as acusações de idólatras aos católicos, outras vezes também denunciando que estes próprios acusadores cometem a idolatria ao dinheiro, entre outras.

*Os anúncios que aparecem neste blog podem porventura não serem compatíveis com a doutrina católica, por escaparem da filtragem do sistema. Aconselha-se a quem se incomodar com estes anúncios, atualizar a página do blog até que eles sejam modificados.

*Ao usar o telemóvel escolha a opção “visualizar versão para a web”, localizada abaixo da opção “página inicial” , para que sejam utilizados todos os recursos apresentados na página como vista no computador.

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Tradutor

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Leão Magno e o Sermão Sobre a Quaresma

S. Leão Magno (Séc IV)


Veritatis Splendor

Há muitas batalhas dentro de nós: a carne contra o espírito, o espírito contra a carne. Se, na luta, são os desejos da carne que prevalecem, o espírito será vergonhosamente rebaixado de sua dignidade própria e isto será uma grande infelicidade, de rei que deveria ser, torna-se escravo. Se, ao contrário, o espírito se submete ao seu Senhor, põe sua alegria naquilo que vem do céu, despreza os atrativos das volúpias terrestres e impede o pecado de reinar sobre o seu corpo mortal, a razão manterá o cetro que lhe é devido de pleno direito, nenhuma ilusão dos maus espíritos poderá derrubar seus muros; porque o homem só tem paz verdadeira e a verdadeira liberdade quando a carne é regida pelo espírito, seu juiz, e o espírito governado por Deus, seu mestre. É, sem dúvida, uma preparação que deve ser feita em todos os tempos: impedir, por uma vigilância constante, a aproximação dos espertíssimos inimigos. Mas é preciso aperfeiçoar essa vigilância com ainda mais cuidado, e organizá-la com maior zelo, nesta época do ano, quando nossos pérfidos inimigos redobram também a astúcia de suas manobras. Eles sabem muito bem que esses são os dias da santa Quaresma e que passamos a Quaresma castigando todas as molezas, apagando todas as negligências do passado; usam então de todo o poder de sua malícia para induzir em alguma impureza aqueles que querem celebrar a santa Páscoa do Senhor; mudar para ocasião de pecado o que deveria ser uma fonte de perdão.

Meus caros irmãos, entramos na Quaresma, isto é, em uma fidelidade maior ao serviço do Senhor. É como se entrássemos em um combate de santidade. Então preparemos nossas almas para o combate das tentações e saibamos que quanto mais zelosos formos por nossa salvação, mais violentamente seremos atacados por nossos adversários. Mas aquele que habita em nós é mais forte do que aquele que está contra nós. Nossa força vem d’Aquele em quem pomos nossa confiança. Pois se o Senhor se deixou tentar pelo tentador foi para que tivéssemos, com a força de seu socorro, o ensinamento de seu exemplo. Acabaste de ouvi-lo. Ele venceu seu adversário com as palavras da lei, não pelo poder de sua força: a honra devida a sua humanidade será maior, maior também a punição de seu adversário se Ele triunfa sobre o inimigo do gênero humano não como Deus, mas como homem. Assim, Ele combateu para que combatêssemos como Ele; Ele venceu para que também nós vencêssemos da mesma forma. Pois, meus caríssimos irmãos, não há atos de virtude sem a experiência das tentações, a fé sem a provação, o combate sem um inimigo, a vitória sem uma batalha. A vida se passa no meio das emboscadas, no meio dos combates. Se não quisermos ser surpreendidos, é preciso vigiar; se quisermos vencer, é preciso lutar. Eis porque Salomão, que era sábio, diz: Meu filho, quando entras para o serviço do Senhor, prepara a tua alma para a tentação (Eclo. 2,1). Cheio da sabedoria de Deus, sabia que não há fervor sem combate laborioso; prevendo o perigo desses combates, anunciou-os de antemão para que, advertidos dos ataques do tentador, estivéssemos preparados para aparar seus golpes.

Título Original: Sermão sobre a Quaresma - São Leão Magno


Site: Veritatis Splendor
Editado por Henrique Guilhon

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Assim Maria ouve nossas preces



Cléofas

Algumas pessoas perguntam como a Virgem Maria, e também os santos, podem ouvir as nossas orações, de tantas pessoas ao mesmo tempo, no mundo todo, e atender a todos simultaneamente. Será que ela é como Deus, onipotente ou onisciente?

Não. Nada disso. Nossa Senhora não tem esses atributos divinos, mas acontece que ela e os santos estão em comunhão com Deus, então, participam desses dons divinos, mesmo sem tê-los naturalmente. Participam deles pela graça. Como assim? É através de Deus, com quem estão em comunhão plena, que eles ficam sabendo de nossos pedidos. Para Deus nada é impossível.

Outra coisa que é preciso entender é que na eternidade não há mais o tempo como aqui nesta vida terrena. Aqui tudo depende do tempo. Na eternidade não existe o tempo. É por isso que um teólogo – Karl Ranner – disse que “Deus é um instante que não passa”. Para Deus não há passado, presente e futuro, como para nós; para Ele tudo é só presente. O tempo faz existir o passado e o futuro; mas quando ele não existe, há só presente.

Isto significa que, em Deus, Nossa Senhora e os santos, não precisam de tempo para atender muitas pessoas que lhes pedem ajuda ao mesmo tempo. Aqui na terra, se você quiser atender, por exemplo, dez pessoas, com dez minutos para cada uma, vai precisar de cem minutos; mas na eternidade isso não é necessário porque não existe o tempo. Todos são atendidos no mesmo instante, algo que equivale a gastar na terra os cem minutos.

Mesmo aqui na terra o tempo é relativo. O Dr. Albert Einstein, Prêmio Nobel de Física, mostrou com a “Teoria da Relatividade” que o tempo de duração de um fenômeno, e também o espaço que ocupa, dependem da velocidade do objeto observado. Por exemplo, uma régua de 20 cm, parada, se for medida com uma velocidade próxima da luz (0,99 da velocidade da luz) terá seu tamanho apenas de 18,9 cm, ocupa menos espaço. Einstein mostrou também, no “paradoxo dos gêmeos” que se dois irmão gêmeos partirem para uma viagem ao redor da terra, um com velocidade normal, e outro com velocidade próxima da luz (0.99 c), quando ambos voltarem, o gêmeo que viajou com velocidade próxima da luz, chegará com menos idade que seu irmão; isto é, mais novo.

Ora, se o tempo é algo relativo já nesta vida; na outra é completamente diferente da nossa realidade. Isto explica um pouco como os Santos e a Virgem Maria podem atender os pedidos de todos, sem a dificuldade do tempo e do espaço, e sem precisarem ter os atributos de Deus. Quem lá chegar verá.

Prof. Felipe Aquino

Título Original: Como Maria pode ouvir as nossas preces?



Site: Cléofas

Editado por Henrique Guilhon

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

A oração como fruto de necessidade - Deus não vai nos dar o mal



Quinta-feira de Adoração



Padre Anderson Marçal – Foto: Arquivo cancaonova.com

Padre Anderson Marçal

“Batei e se abrirá, buscai e acharei, pedi e Ele concederá, porque o Senhor só quer o nosso bem.” (cf. Lucas 11)

A Quaresma é uma subida para o Calvário, para encontrar Jesus e reconhecer até que ponto Ele foi capaz de ir por nós. Mas não é só isso. É ver que também Cristo chegou lá para ressuscitar.

Imagine que a Quaresma seja uma escada e cada dia um degrau. Nós, como Cristo, subimos o Calvário para chegar à Sexta-feira da Paixão, e, no sábado à noite, bradar a Ressurreição do Senhor.

Existem práticas externas às quais somos chamados a viver na Quaresma, como caridade, jejum e oração. Hoje, a liturgia nos fala de um deles: a oração. A verdadeira oração não é fruto do nosso querer, mas da nossa necessidade.

O Salmo de hoje diz: “Naquele dia em que gritei vós me escutastes, Senhor”. Você já viveu isso? Já teve a certeza de que, mesmo não sendo atendido, foi ouvido por Deus? No meu desespero, gritei a Deus e Ele me escutou.

Não precisamos, necessariamente, alcançar o que pedimos para ter a certeza de que o Senhor nos ouve. Ele não nos dá o que queremos, mas o que necessitamos. Quantas pessoas se desesperam, porque, há muito tempo, têm pedido a Deus algo, mas Ele parece não escutar! O ponto principal é saber que a oração não é um querer, mas uma necessidade. É um ato livre, porque sabemos que temos necessidade de estar com o Senhor, que é o único que nos completa.

O salmista afirma “Naquele dia em que gritei vós me escutastes, Senhor”, porque reconhece que quem o completa é Deus.

Não devemos fazer algo para o Senhor, a fim de recebermos algo em troca, mas fazer o caminho de “subida” da Quaresma por nossa necessidade interior de nos completarmos em Deus. Não há outro sentido de vida que não seja Ele.

A primeira leitura conta a oração de Éster. Em determinado momento da história, o rei, seu esposo, queria acabar com o povo Hebreu, que era o povo dela. Essa mulher ficou prostrada do amanhecer ao anoitecer em oração na presença do Senhor. O próprio marido queria destruir o povo de sua esposa, por isso ela rezava. Ester não olhava simplesmente para sua necessidade, mas para as necessidades dos outros.

Quantas vezes rezamos com viseiras, olhamos só para nós mesmos sem olhar para os outros! Um exemplo de oração é o desta mulher, que não olhou para si, mas para todo seu povo. Não rezou por ela, mas pelos outros, pelas pessoas que ela nem conhecia. Nós, como cristãos, frente a todos esses martírios, temos orado pelas pessoas?


“Deus não vai nos dar o mal”, afirma padre Anderson Marçal – Foto: arquivo cancaonova.com

Se somos verdadeiramente cristãos, fazemos parte da nação da cruz. Precisamos fortalecer uns aos outros na oração. Foi pela cruz de Cristo que fomos salvos.

Precisamos fazer a oração de Ester: “Deus de Abraão, Deus de Isaac e de Jacó, tu és bendito. Vem em meu socorro, pois estou só e não tenho outro defensor fora de ti, Senhor, pois eu mesma me expus ao perigo. Senhor, eu ouvi, dos livros de meus antepassados, que tu libertas, Senhor, até o fim, todos os que te são caros.

Agora, pois, ajuda-me, a mim que estou sozinha e não tenho mais ninguém senão a ti, Senhor meu Deus. Vem, pois, em auxílio de minha orfandade. Põe em meus lábios um discurso atraente, quando eu estiver diante do leão, e muda o seu coração para que odeie aquele que nos ataca, para que este pereça com todos os seus cúmplices. E livra-nos da mão de nossos inimigos. Transforma nosso luto em alegria e nossas dores em bem-estar”.

Será que nós, que somos a nação da cruz, temos coragem de nos expor ao perigo pelos outros?

Não podemos apenas “ficar de boca aberta” esperando as coisas caírem do céu. Precisamos lutar por aquilo que queremos.

A Quaresma nos ensina a nos colocarmos diante de Deus, de nós mesmos e dos outros. Se estamos subindo degrau por degrau, não podemos ter uma oração egoísta. Quando temos uma oração egoísta, não temos a certeza de que Deus nos ouviu, porque nos encontramos em nosso “mundinho”. Temos o exemplo da princesa Éster, que não ficou em si mesma.

Está disposto a não ter uma oração egoísta?

A segunda disposição da Quaresma está em ser filho. A nossa relação com Deus deve ser como a de um filho para com seu Pai.

“Quem de vós dá ao filho uma pedra, quando ele pede um pão? Ou lhe dá uma cobra, quando ele pede um peixe?” (Lc 11,11)

Quando o seu filho lhe pedir um iate ou quiser bater em você, ele terá permissão? Mas quando ele pede um prato de comida você lhe dá? Claro que sim, porque você o ama e quer educá-lo.

Ao contrário das leis de hoje, Deus quer nos educar, por isso ele não nos dá tudo o que pedimos.

Se você que é pai e mãe, sabe dar o melhor para seu filho, quanto mais Deus! No entanto, precisamos aprender que o Senhor tem um tempo para conceder o necessário a seus filhos.

Deus não vai nos dar o mal, Ele vai nos dar o que de bom verdadeiramente necessitamos. Você pode estar pensando que, há muito tempo, tem rezado, feito promessa, calejado o joelho, mas Deus não o está ouvindo. Lembre-se: “Naquele dia em que escutei, vós me escutastes, ó Senhor”.

Talvez sua oração seja por uma pessoa que está enferma há muito tempo. Seria muita prepotência nossa acreditar que o melhor para a pessoa seja a recuperação, mas Deus é quem sabe o melhor para cada um.

Você, que há tempos pede pela conversão de alguém, será que você não está se convertendo de gotinha em gotinha enquanto reza pela conversão do outro?

Precisamos lembrar que nem sempre ouvir será atender. Em muitas situações, podemos não ter respostas, porém é preciso dar sentido às situações que acontecem em nossa vida. Você tem procurado dar sentido à sua vida ou já desistiu de si mesmo, da pessoa pela qual tem rezado e de Deus?

Transcrição e adaptação: Rogéria Nair 



Título Original: A oração é fruto de uma necessidade


Site: Eventos Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Salmo 6 - Oração no sofrimento

"O Senhor escutou a minha oração, o Senhor acolheu a minha súplica"

Bíblia Católica Online

1.Ao mestre de canto. Com instrumentos de corda. Em oitava. Salmo de Davi.

2.Senhor, em vossa cólera não me repreendais, em vosso furor não me castigueis.

3.Tende piedade de mim, Senhor, porque desfaleço; sarai-me, pois sinto abalados os meus ossos.

4.Minha alma está muito perturbada; vós, porém, Senhor, até quando?...

5.Voltai, Senhor, livrai minha alma; salvai-me, pela vossa bondade.

6.Porque no seio da morte não há quem de vós se lembre; quem vos glorificará na habitação dos mortos?

7.Eu me esgoto gemendo; todas as noites banho de pranto minha cama, com lágrimas inundo o meu leito.

8.De amargura meus olhos se turvam, esmorecem por causa dos que me oprimem.

9.Apartai-vos de mim, vós todos que praticais o mal, porque o Senhor atendeu às minhas lágrimas.

10.O Senhor escutou a minha oração, o Senhor acolheu a minha súplica.

11.Que todos os meus inimigos sejam envergonhados e aterrados; recuem imediatamente, cobertos de confusão!

Bíblia Ave Maria, pg. 660


Foto: Web

Site: Bíblia Católica Online
Editado por Henrique Guilhon

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Mais uma farsa contra a Igreja detectada, analisada e derrubada




Fernando Nascimento

No endereço: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=918 o vergonhoso site HISTORIANET diz, fazendo uso de proselitismo protestante: 

“O termo “Igreja Católica” é posterior ao Concílio de Trento, uma forma de diferenciação perante os protestantes. Antes só existia a Cristandade.”

Isso é falso. Este site está difundindo fantasias protestantes e não história universal.

Os testemunhos primitivos abaixo, de centenas de anos antes do Concílio de Trento (1545 a 1563), acabam com o engodo e mostram que a Igreja Católica como a única Igreja dos verdadeiros cristãos.

Santo Inácio, que conheceu São João, escritor do livro de Apocalipse, dizia lá no ano 106: “Onde estiver o bispo, está o povo, assim como onde está Jesus Cristo, está a Igreja Católica”. ( Sto. Inácio de Antioquia, Carta aos Esminenses, 8, ano 106 d.C.).

São Cipriano em 249, já dizia: “Estar em comunhão com o Papa é estar em comunhão com a Igreja Católica.” (Epist. 55, n.1, Hartel, 614); “E não há para os fiéis outra casa senão a Igreja Católica.”(Sobre a unidade da Igreja, cap.4).

Como se pode ver, esse site desonesto apenas copia e difunde as conhecidas lorotas anti históricas protestantes.

Mesmo antes destes testemunhos primitivos, a oração católica do “CREDO APOSTÓLICO” já dizia: " Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica...”

Estudantes não confiem nesses irresponsáveis.

(Fernando Nascimento)

Título Original: HISTORIANET publica mentira anti-histórica a serviço do protestantismo


Foto: Web

Site: Fim da Farsa
Editado por Henrique Guilhon

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Anotações para a Quaresma



Dom Henrique

A Quaresma é um período de quarenta dias de penitência. 

Inicia-se na Quarta-feira de Cinzas, prolongando-se até a Quinta-feira Santa, antes da Missa na Ceia do Senhor. Trata-se de um tempo privilegiado de conversão, combate espiritual, jejum e escuta da Palavra de Deus, tudo isto preparando os cristãos para celebrarem santamente a Páscoa do Senhor.

A característica fundamental e indispensável da Quaresma é a renúncia de alimentos e o jejum!

O número de quarenta dias é importantíssimo, pois tem toda uma significação bíblica: da preparação para o encontro com Deus:

os quarenta dias do Dilúvio,
os quarenta dias de Moisés no Monte Sinai,
os quarenta anos de Israel no deserto,
os quarenta dias do caminho de Elias até o Horeb/Sinai
e, sobretudo, os quarenta dias do Senhor Jesus no deserto, preparando Sua vida pública.

É digno de nota que o mesmo Jesus que entrou na penitência dos quarenta dias aparece transfigurado com dois outros penitentes: Moisés e Elias!

Por isso mesmo, o cuidado da Igreja de reservar exatos quarenta dias para a penitência! É tão antigo que tem suas raízes na própria prática da Igreja apostólica.

Na Igreja Antiga este era o tempo no qual os catecúmenos (adultos ou jovens que se preparavam para o Batismo) recebiam os últimos retoques em sua formação para a vida cristã.

Assim, surgiu a Quaresma: tempo no qual os não batizados completam seu catecumenato pela oração a penitência e os ritos próprios, chamados escrutínios e os cristãos, já batizados, pela purificação e a oração, buscam renovar sua conversão batismal para celebrarem na alegria espiritual a Santa Vigília de Páscoa, na madrugada do Domingo da Ressurreição, renovando suas promessas batismais.

Fica claro, portanto, que a finalidade da penitência e do combate quaresmais é conformar-se ao Cristo ressuscitado! A Quaresma tem, portanto, uma finalidade pascal: como um rio desemboca no mar, a Quaresma deve sempre desembocar no júbilo pascal!

Na santa Quaresma, a Igreja inteira, novo Povo de Deus, entra no deserto, como Israel, o Povo da Antiga Aliança.

O tempo quaresmal é tempo de luta, de provação, de combate espiritual!

Assim, a Igreja oferece aos seus filhos armas próprias para esse combate; são as práticas quaresmais. Ei-las:

1. A oração 

Neste tempo os cristãos se dedicam mais à oração: aumentam o tempo, a prática, a intensidade. Uma boa prática é rezar diariamente um salmo ou, para os mais generosos, rezar todo o saltério no decorrer dos quarenta dias. Pode-se, também, rezar a Via Sacra às sextas-feiras!

2. A penitência 

Todos os dias quaresmais (exceto os domingos!) são dias de penitência. Cada um deve escolher uma pequena prática penitencial para este tempo. Por exemplo: renunciar a um lanche diariamente, ou a uma sobremesa, não comer carne às quartas e sextas-feiras, etc...

A penitência quaresmal deve durar até o Sábado Santo, antes da Vigília Pascal. Aí sim, descontados os domingos, tem-se o exato número de 40 dias de penitência!

Na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa os cristãos jejuam: o jejum nos faz recordar que somos frágeis e que a vida que temos é um dom de Deus, que deve ser vivida em união com Ele. Os mais generosos podem jejuar todas as sextas-feiras da Quaresma. Farão muitíssimo bem!

3. A esmola 

Trata-se da caridade fraterna. Este tempo santo deve abrir nosso coração para os irmãos: esmola, capacidade de ajudar, visitar os doentes, aprender a escutar os outros, reconciliar-se com alguém de quem estamos afastados - eis algumas das coisas que se pode fazer neste sentido! “O que a oração pede, o jejum alcança e a esmola recebe. O jejum é a alma da oração, e a esmola é a vida do jejum. Ninguém tente dividi-las porque são inseparáveis. Portanto, quem ora, jejue; e quem jejua, pratique a esmola” (São Pedro Crisólogo – século IV).

É neste contexto que se pensou no Brasil numa Campanha de Fraternidade para este tempo. No entanto, ela não devem nunca desvirtuar, empalidecer ou suplantar o sentido primordial da Quaresma!

4. A meditação da Palavra de Deus 

Este é um tempo de escuta mais atenta da Palavra: o homem não vive somente de pão, mas de toda Palavra saída da boca de Deus.

Seria muitíssimo recomendável ler durante este tempo o Livro do Êxodo ou o Deuteronômio ou o Profeta Jeremias ou Oséias ou, ainda, um dos Evangelhos ou a Epístola aos Romanos.

5. A conversão 

“Eis o tempo da conversão!”, diz-nos a Escritura Santa. Que cada um veja um vício, um ponto fraco, que o afasta de Cristo, e procure lutar, combatê-lo nesta Quaresma! Os antigos apontavam os sete vícios capitais: a soberba, a avareza, a acédia (preguiça, sobretudo nas coisas de Deus), a ira, a tristeza (sobretudo a inveja, tristeza pelo bem do outro, e a melancolia cultivada e alimentada, que leva à autopiedade e à inércia espiritual), a gula e a luxúria.

Quanto à Liturgia, eis algumas características do período quaresmal:

A cor litúrgica é o roxo - sinal de sobriedade, penitência e conversão;

Não se canta o Glória nas missas (exceto nas solenidades, quando houver;)

Não se canta o "aleluia" (Louvai o Senhor!) que, sinal de alegria e júbilo, somente será cantado outra vez na Páscoa da Ressurreição (isto vale mesmo para as solenidades);

Os cantos da Missa devem ter uma melodia simples; um bom costume que se pode adotar é que o Credo, o Santo, o Pai-nosso e o Cordeiro e as respostas da Oração Eucarística - quando se quiser fazê-las - sejam recitados, não cantados, como expressão de sobriedade;

Os instrumentos musicais, quando utilizados, sejam discretos, mais para sustentar o canto, em sinal de jejum dos nossos ouvidos, que devem ser mais atentos à Palavra de Deus! A voz humana da Assembleia cantando é o louvor mais agradável a Deus!

Não é permitido usar flores nos altares, em sinal de despojamento e penitência (nos casamentos e outras festas, as igrejas devem ser enfeitadas co muita sobriedade!);

A partir da quinta semana da Quaresma podem-se cobrir de roxo ou branco as imagens, em sinal de jejum dos sentidos, sobretudo dos olhos. Onde o costume for cobri-las logo no início da Quaresma, é louvável conservar tal hábito.

Título Original: Algumas anotações para a Santa Quaresma


Foto: Web

Site: Visão Cristã Dom Henrique 
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 21 de fevereiro de 2015

"O amor é a nossa missão: a família plenamente viva" será tema da Comissão para a Vida e a Família



 Gaudium Press

No próximo mês de maio, entre os dias 30 e 31, a organização da Comissão para a Vida e a Família da CNBB e a Comissão Nacional da Pastoral Familiar promovem a 7ª Peregrinação e 5º Simpósio Nacional da Família, na cidade de Aparecida, São Paulo.

"O amor é a nossa missão: a família plenamente viva" será tema do evento, que se inicia às 8h, com recepção e credenciamento dos peregrinos, no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, junto a Praça de Alimentação do Santuário Nacional.

O Bispo de Camaçari, na Bahia, Dom João Carlos Petrini, lembra que a Peregrinação e Simpósio têm a finalidade de fortalecer a família, a fim de que possam enfrentar com mais tranquilidade os desafios e conflitos diários.

O prelado destacou que é importante poder contar não somente com as próprias capacidades, mas com a luz de Nosso Senhor Jesus Cristo.

"As principais preocupações atuais com a família é que ela continue sendo esse espaço de realização humana para os seus membros, de felicidade e de crescimento, em outras palavras, que a família seja realmente o lugar da cooperação entre os sexos e entre as gerações", disse.

Ao longo da programação do 5º Simpósio, serão abordados diferentes assuntos com especialistas, bispos, padres e casais.

Na parte da manhã, deverá acontecer uma reunião que falará sobre temas como "Anunciar o Evangelho da família", "Curar as feridas na família" e "Acolher a vida e educar para o amor".

No período vespertino, haverá testemunhos de casais e animação musical, seguida pela procissão luminosa, às 17h, marcando assim o encerramento do Simpósio.

Mais tarde, os fiéis participam da Santa Missa de abertura da Peregrinação Nacional da Família, na Basílica.

Neste domingo, 22, as atividades continuam, com missas às 5h30, 8h, 10h e às 12h, esta última sendo celebrada pelos bispos da Comissão para a Vida e a Família da CNBB. (LMI)

Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte.

Título Original: Cidade de Aparecida recebe evento da Comissão para a Vida e a Família da CNBB


Foto: Web

Site: Gaudium Press
Editado por Henrique Guilhon

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

A sinceridade necessária para a oração



Prof. Felipe Aquino

Para orar, é preciso ter sinceridade, a coragem de enfrentar a verdade no íntimo do coração. Vamos refletir agora sobre isso.

É interessante verificar que o primeiro conselho de Cristo sobre a oração, que se encontra no Evangelho, fala de sinceridade: <> (Mt 6,5).

Que fazem os hipócritas? Vamos recordar o que Jesus nos diz acerca deles, e – ao vermos as máscaras que Cristo lhes arranca da alma – enxergaremos melhor a sinceridade que nos pede.

Primeira máscara: No meio da parábola do semeador, Nosso Senhor faz uma citação do profeta Isaías: O coração deste povo endureceu: taparam seus ouvidos e fecharam os seus olhos, para que seus olhos não vejam e seus ouvidos não ouçam, nem seu coração compreenda; para que não se convertam e eu os sare (Mt 13,15).

Como são claras e fortes essas palavras! O segredo está no final da frase: não querem se converter, ou seja, não estão dispostos a aceitar a graça de Deus, que os curaria dos seus erros passados e os levaria a mudar. Isso faz com que seu coração se “endureça”; e essa dureza de coração se manifesta na má vontade, que leva a não querer ouvir nem ver: tapar os ouvidos e fechar os olhos.

Que Deus nos livre dessa dureza de coração! Mas…, será que isso não acontece conosco? Às vezes, custa-nos abrir o coração com plena sinceridade diante de Deus, expor sem medo a nossa vida à luz das exigências do Evangelho, dispor-nos a acolher os conselhos de um bom confessor…, simplesmente porque não queremos mudar. “Não quero me complicar!”. O coração deixou de ser mando e flexível, e ganhou a dureza da pedra. Agir assim é a mesma coisa que expulsar Deus da alma, e dizer-lhe: “Não me toques, não mexas comigo, não me perturbes, fica longe de mim!”

Como é bela a sinceridade de uma alma que, quando vai orar, abre de par em par o coração, disposta a aceitar todas as luzes, inspirações, repreensões e exigências que Deus lhe quiser manifestar. Só ora bem uma alma transparente, uma alma corajosa, que está disposta a mudar.

Segunda máscara: a do fariseu da parábola. Sobe o templo, e ora no seu interior desta forma: Graças te dou, ó Deus, porque não sou como os outros homens: ladrões, injustos e adúlteros; nem como o publicano que está ali. Jejuo duas vezes na semana e pago o dízimo de todos os meus lucros (Lc 18,9-14).

É a máscara do orgulho, do convencimento, da falsa bondade. Aparentando piedade, o fariseu, na realidade, se defende. Ele, no fundo, diz a Deus: “Veja, Deus, eu sou bom: não tenho pecado. Não falho nas minhas obrigações religiosas, e não me misturo com pecadores esse publicano aí… Portanto, estamos quites, o Senhor não tem nada que reclamar de mim, pode me deixar em paz”.

Você nunca conheceu cristãos assim? Dizem: “Não cometo pecados, não preciso me confessar, eu cumpro as minhas obrigações; rezo; vou à Missa sempre que posso”. Com essa mentalidade é impossível falar com Deus e ouvi-lo.

<>, dizia São Josemaria Escrivá. Cuidado! Porque esse orgulho que nos leva a justificar-nos, vai nos congelando, cristalizando no erro, no mal, na mediocridade. É natural que o Espírito Santo, quando encontra o nosso coração endurecido, nos recorde o que Jesus comentava acerca do fariseu: Não saiu do templo justiçado. Por quê? Porque Deus resiste aos soberbos e só dá a sua graça aos humildes (1 Pedr 5,5).

Entende-se assim o que diz o Catecismo da Igreja Católica: <> (n 2631), e que cite como exemplo a oração do publicano, ouvida e aceita por Deus: Tem piedade de mim, pecador (Lc 18,13).

Terceira máscara: Jesus também a arranca da alma de alguns hipócritas, quando afirma: nem todo aquele que me diz “Senhor, Senhor!”, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus (Mt 7,21).

Glosando estas palavras, são Josemaria falava da <>, em contraste com o palavreado dos hipócritas: <> (Amigos de Deus, n. 243).

A oração do egoísta sentimental, que gosta de rezar, que chora ao cantar na Igreja, que se emociona com um bom sermão…, mas que não procura captar nem realizar a Vontade de Deus, é a oração dos hipócritas, que têm duas vidas separadas: a “vida espiritual” e a vida pratica, real.

Quarta máscara: É a que nos mostra, com palavras brevíssimas, esta frase de Cristo: Quando vos puserdes de pé para orar, perdoai, se tiverdes algum ressentimento contra alguém, para que também o vosso Pai que está nos céus vos perdoe os vossos pecados (Mc11,25).

Se – como acabamos de lembrar – o pedido de perdão é <> (catecismo, n. 2631), com que sinceridade pode falar com Deus aquele que pede perdão, mas não perdoa? Poucas coisas existem que endureçam tanto a lama como o ressentimento. É uma barricada entre o Deus da misericórdia e o pecador, que somos nós. É lógico que, entre interlocutores tão díspares, não possa haver diálogo.

Fonte: Para Estar com Deus

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Sobre Prof. Felipe Aquino O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.

Título Original: A sinceridade na oração


Site: Cléofas
Editado por Henrique Guilhon

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Na misericórdia incansável de Deus começemos confiantes e alegres o itinerário quaresmal

Papa Francisco antes de celebrar a Missa de imposição das Cinzas / Foto: Daniel Ibáñez (ACI Prensa)

Alvaro de Juana

O Senhor não se cansa de ter misericórdia de cada um e oferece uma vez mais seu perdão. Esta foi a ideia principal da homilia do Papa Francisco na celebração da Eucaristia e imposição das cinzas e criticou os cristãos hipócritas e sua incapacidade de chorar pelos males do próximo e do mundo.

Começa o tempo de Quaresma e, como é tradição, o Papa Francisco presidiu a celebração da imposição das cinzas. Antes, o Santo Padre visitou a Igreja de São Anselmo no monte Aventino, em Roma, onde teve um momento de oração, seguida da procissão penitencial para a Basílica da Santa Sabina.

“O Senhor nunca se cansa de ter misericórdia de nós, e quer nos oferecer uma vez mais o seu perdão, todos precisamos disso, convidando-nos a voltar a Ele com um coração novo, purificado do mal, purificado pelas lágrimas, para tomar parte da sua alegria", afirmou o Pontífice.

Mas, “como acolher este convite?', perguntou. “Sugere isso São Paulo na Segunda Leitura do dia: “Em nome de Cristo, nós vos suplicamos: deixai-vos reconciliar com Deus” (2 Cor 5, 20)”.

“Sabem, irmãos, que os hipócritas não sabem chorar, esqueceram como se chora, não pedem o dom das lágrimas”.

Sobre o “esforço de conversão” assinalou que “não é somente uma obra humana. A reconciliação entre nós e Deus é possível graças à misericórdia do Pai que, por amor para nós, não vacilou em sacrificar seu Filho unigénito”.

O Papa explicou neste ponto que “Cristo, que era justo e sem pecado, por nós foi feito pecado (v.21) quando na cruz foi encarregado dos nossos pecados e assim nos redimiu e justificou diante de Deus. “Nele” nós podemos nos tornar justos, Nele podemos mudar, se acolhemos a graça de Deus e não deixamos passar em vão o “momento favorável”.

“Por favor, paremos, paremos um pouco e nos deixemos reconciliar com Deus”, pediu o Pontífice.

“Com essa consciência, começamos confiantes e alegres o itinerário quaresmal. Maria Mãe, Imaculada, sem pecado, apoie o nosso combate espiritual contra o pecado, acompanhe-nos neste momento favorável, para que possamos alcançar e cantar juntos a exultação da vitória na Páscoa da Ressurreição”, disse o Papa ao concluir sua reflexão.

“E como sinal de querer nos deixarmos reconciliar com Deus, em público cumpriremos o gesto da imposição das cinzas sobre a cabeça. O celebrante pronuncia estas palavras: “Recorda-te que és pó e ao pó retornarás” (cfr Gen 3, 19), ou repete a exortação de Jesus: “Convertei-vos e acreditais no Evangelho” (cfr Mc 1, 15). Ambas as fórmulas constituem um chamado à verdade da existência humana: somos criaturas limitadas, pecadores sempre necessitados de penitência e conversão. Quanto é importante escutar e acolher tal chamado neste nosso tempo!”

“O convite à conversão é então um empurrão a voltar, como fez o filho da parábola, aos braços de Deus, Pai terno e misericordioso, a chorar naqueles braços, a confiar Nele e se confiar a Ele”, concluiu o Pontífice.

Título Original: Papa Francisco: Na Quaresma voltar ao Senhor que não se cansa de ser misericordioso conosco


Site: AciDigital
Editado por Henrique Guilhon

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Refutando a mentira que São Jerônimo falsificou os 25 anos de Pedro em Roma nas Crônicas de Eusébio



Queridos (as) irmãos (ãs) em Cristo Jesus

Sinceramente, quando falo, apresento algo em defesa da Igreja, contra o protestantismo, o faço com um fundo de tristeza ao ver que existem "cristãos" que se levantam contra a única Igreja edificada pelo Senhor Jesus no mundo. Bom seria se isto não existisse, a grande divisão cristã. Mas os filhos da Igreja têm que defendê-la.

Saibam, irmãos (ãs), que o protestantismo, tendo que se sustentar, se manter, se justificar, terá que ser sempre contra a Igreja católica ( do contrário não teria mais razão de sê-lo ) ainda que seja pela farsa, forjar documentos, aumentar e destorcer fatos ( os que são os mais difíceis para se comprovar o contrário pelos cientistas católicos, pois trata-se de algo real, mas modificado, alterado para proveito próprio. ) E tentarão sempre atingir a Igreja na sua base: mentiras contra o primado de São Pedro, contra o Papa e sua autoridade, contra o Vaticano, contra a sua legitimidade, etc, etc...

São, graças a Deus, muitos sites católicos que derrubam (refutam) estas mentiras, provando o seu contrário, bastando portanto se fazer uma pesquisa séria, por exemplo, com o tema: cai a farsa protestante, refutando o protestantismo, etc. O Espírito Santo jamais abandona sua Igreja. Que saibamos, por este Espírito, amar aos protestantes que não participam destas ações malignas, e aos que se incumbem destas ações, os inimigos da Igreja, que saibamos tolerá-los e desejar a eles a conversão e a Salvação de Nosso Senhor Jesus.

O texto que segue abaixo, do site Católicos Com Fé, é de um esclarecimento a um irmão católico atingido por um veneno (mentira) protestante. Ele fez o correto: pediu explicação à própria Igreja e recebeu a resposta. 

Henrique Guilhon

Católicos Com Fé

INTRODUÇÃO 

Há alguns dias, um amigo veio até nosso Grupo de Estudos Patrísticos no facebook, nos fazer a seguinte pergunta:

“Boa noite a todos! É verdade que Eusébio não disse que Pedro passou 25 anos em Roma? Vi alguns protestantes dizendo que São Jerônimo adulterou as Crônicas de Eusébio, que os 25 anos não se encontram nos manuscritos antigos.” TE.

Esta é uma questão bem interessante de ser estudada, e mais interessante ainda porque há algum tempo quando eu trouxe esta citação a tona em uma das matérias deste site, alguns protestantes acusaram que era falsa, que tinha sido forjada por nós, e que não existia em lugar algum das obras de Eusébio. Depois que lhes esfregamos a fonte na face, agora querem descredibilizá-la, afirmando que foi adulterada por São Jerônimo ou por alguém desconhecido.

Porém, antes de responder a questão de que “Jerônimo adulterou”, primeiro é preciso notar se as obras de Eusébio como um todo dão margem a Pedro estar em Roma 25 anos antes de sua morte ou realizando alguma atividade lá durante esses 25 anos.

A HISTÓRIA ECLESIÁSTICA DE EUSÉBIO CONFIRMA A ESTADIA DE PEDRO EM ROMA

Primeiro, mesmo que são Jerônimo tivesse adulterado alguma coisa, a História Eclesiástica de Eusébio nos dá fartas referências da estadia de Pedro em Roma durante o Reinado do Imperador Cláudio:

"Imediatamente depois, ainda no começo do império de Cláudio, a Providência universal, boníssima e cheia de amor aos homens,conduziu pela mão a Roma, qual adversário deste destruidor da vida, o valoroso e grande apóstolo Pedro, o primeiro dentre todos pela virtude. autêntico general de Deus, munido de armas divinas (Ef 6,14-17; 1Ts 5,8), trazia do Oriente ao Ocidente a preciosa mercadoria da luz inteligível, e anunciava, como a própria luz (cf. Jo 1,9) e palavra de salvação para as almas, a boa nova do reino dos céus." (Eusébio de Cesaréia - Livro II, Capitulo 14 Versículo 6)

Cláudio começou a reinar por volta do ano 41 d.C (ou 42), Pedro morreu por volta do ano 67 d.C sob o reinado de Nero, como o próprio Eusébio conta:

"Pedro, contudo, parece ter pregado aos judeus da Diáspora, no Ponto, na Galácia, na Bitínia, na Capadócia e na Ásia (cf. 1Pd 1,1), e finalmente foi para Roma, onde foi crucificado de cabeça para baixo, conforme ele mesmo desejara sofrer.” (Eusébio de Cesaréia – Livro III, 1, 2)

Portanto (+-42) + 25 = (+-67), isto é Eusébio fala claramente que Pedro esteve exatamente 25 anos antes de sua morte em Roma. 

Mas o protestante não satisfeito pode objetar:

"Isso não indica que ele permaneceu lá 25 anos, só indica que ele esteve em Roma 25 anos antes, ele pode ter ido embora depois".

Esta afirmação seria válida se Eusébio não mostrasse outras atividades de Pedro em Roma durante este tempo, sendo que ele foi pra lá para acabar com a idolatria a Simão Mago, o que não indica uma breve estadia. Outro Exemplo é que ele fala que Pedro também na Época do imperador Cláudio se relacionou com Filon, quando Pedro pregava em Roma:

“Segundo se conta, sob Cláudio, Fílon em Roma relacionou-se com pedro, que então pregava aos seus habitantes. Isto é verossímil, visto que o escrito a que nos referimos, exarado por ele muito mais tarde, encerra evidentemente normas da Igreja, agora ainda observadas entre nós.” (Eusébio de Cesaréia – História Eclesiástica Livro II, Capítulo 17, 17(1))

Filon não foi pra Roma exatamente no inicio do governo de Cláudio, podemos conjecturar que um par de anos depois, logo já temos a evidência da ida de Pedro 25 anos antes de sua morte e sua atividade apostólica ao Pregar aos romanos. Portanto, Eusébio registra que Pedro Pregava aos Romanos, ou seja, estava catequizando os romanos que tinham sido enganados por Simão o Mago que era tratado como um deus, quando Pedro foi e despedaçou suas heresias.

A terceira e mais interessante evidência é o relato de Eusébio que fala que Pedro escreveu sua Primeira Epístola de Roma:

“Diz-se que o apóstolo conheceu o fato por uma revelação do Espírito. Alegrou-se com o desejo deles e aprovou o livro por meio de leitura nas assembleias. Clemente, no sexto livro das Hypotyposes conta essa história e a confirma com seu testemunho o bispo de Hierápolis, chamado Papias. Pedro menciona marcos na sua primeira carta que, diz-se, ele mesmo compôs em Roma, assinalando-a com o nome simbólico de Babilônia, no seguinte trecho: “A que está em Babilônia, eleita como vós, vos saúda, como também Marcos, o meu filho” (1Pd 5,13).” (Eusébio de Cesaréia – História Eclesiástica – Livro II, Capítulo 15, Versículo 2)

Ora segundo a crítica tradicional (não a modernista da linha de Bultman que coloca a carta para além do ano 100 d.C) a Carta de Pedro não é de antes do ano 50 d.C.

Portanto, Eusébio relata as atividades de Pedro em Roma durante vários anos a fio, depois de sua chegada. Isso não quer dizer que Pedro não possa ter ido a outros lugares durante este tempo, o que seria normal para um apóstolo. Então 25 anos não quer dizer que ele ficou ali pregado em uma cadeira sem sair, ele naturalmente foi para outros lugares como é relatado no livro de Atos, ele presente no Concílio de Jerusalém (Atos 15).

AS CRÔNICAS[1] DE EUSÉBIO E OS 25 ANOS

Tendo mostrado que Eusébio suporta a ideia de Pedro 25 anos antes de sua morte em Roma, vamos à questão de São Jerônimo ter adulterado a obra de Eusébio. Eu já tinha lido esta argumentação anos atrás num blog protestante americano. Os protestantes brasileiros, depois de terem dito que esta citação não existia em nenhuma obra de Eusébio, que era uma adulteração católica, descobriram a argumentação deste blog, traduziram e agora querem nos fazer acreditar que isto é verdade. A citação de Eusébio:

“Pedro, de nacionalidade Galileia, o primeiro pontífice dos cristãos, tendo inicialmente fundado a Igreja de Antioquia, se dirige a Roma, onde, pregando o Evangelho, continua vinte e cinco anos Bispo da mesma cidade.” (Crônicas de Eusébio Página 261 parágrafo 2)

Para falarem que São Jerônimo adulterou algo, eles usam a argumentação de um autor protestante, Edward Burton, do século 18, isto mesmo, de mais 200 anos atrás, totalmente desatualizado para as evidências modernas! Este autor diz basicamente dos 25 anos:
“Lemos na Crônica de Eusébio, no ano 43, que Pedro, depois de fundar a Igreja de Antioquia, foi para Roma, onde pregou o Evangelho por vinte e cinco anos e foi bispo daquela cidade. Mas esta parte da Crônica não existe no grego, nem no Armênio, e supõe-se ter sido uma das adições feitas por Jerônimo. Eusébio não diz o mesmo em qualquer outra parte dos seus escritos, embora ele mencione São Pedro, indo para Roma no reinado de Cláudio: mas Jerônimo diz-nos que ele veio no segundo ano deste imperador, e manteve a Sé vinte e cinco anos. Por outro lado, Orígenes, que é citado pelo próprio Eusébio, diz que Pedro foi para Roma no final da sua vida: e Lactâncio coloca isto no reinado de Nero, e acrescenta que ele sofreu o martírio não muito tempo depois. Portanto o testemunho dos Padres se não desmente expressamente a sua longa permanência em Roma, está pelo menos dividido. Eusébio, de fato, diz na sua história, como já observamos, que Pedro foi para Roma no reinado de Cláudio: mas essa passagem, se lida com atenção, parece implicar que ele não ficou lá por muito tempo. Os Atos dos Apóstolos também tornam impossível que ele tenha residido lá durante os dezoito primeiros anos após a Ressurreição, enquanto o segundo ano de Cláudio (que é o tempo mencionado por Jerônimo da sua ida para Roma ) calha com o nono ano depois da Ressurreição, ou AD 42. A história contida nos Atos pode talvez lhe permitir ter ido a Roma algum tempo no reinado de Cláudio, mas a sua visita deve ter sido curta: se seguirmos Eusébio, ela deve ter sido antes dos eventos registrados no capítulo 18 dos Atos” (A description of the antiquities and other curiosities of Rome)

O trecho a que chamamos atenção é este:

“Mas esta parte das crônicas não existe no grego, nem no Armênio, e supõe-se ter sido uma das adições feitas por Jerônimo.”

É óbvio que existe no armênio, a única diferença do Armênio e a tradução de São Jerônimo é que o Armênio fala de “20 anos”, enquanto o “estudioso” desatualizado diz que não existe, alguns vão à onda, e incorporam seus “estudos”, sem nenhum filtro, a partir de uma afirmação falsa.

“O Apóstolo Pedro, após ter fundado a Igreja de Antioquia, vai para a cidade dos Romanos, e lá prega o Evangelho, e continua bispo da Igreja lá 20 anos." (Tradução Armênia) [http://www.attalus.org/translate/eusebius.html#Armenian]

Será que São Jerônimo também adulterou a tradução armênia? Muito pouco provável.

Sobre isto também comenta, cirurgicamente, Thomas Livius que viveu algumas décadas após Edward Burton:

“Os nossos adversários têm procurado aumentar o grau de dificuldade a partir do fato do texto original grego da Crônica de Eusébio não ser mais existente, e porque S. Jerônimo confessa que fez várias mudanças na sua paráfrase, também porque, Syncellus (século VIII), preservou a Crônica de Eusébio, em sua Cronografia grega, nenhuma menção é encontrada dos 25 anos. A tudo isto respondemos que, além de paráfrase de S. Jerônimo, há sobrevivente também uma versão armênia da crônica de Eusébio aqui, é verdade, a passagem em questão tem o seu lugar sob o reinado de Calígula; isso, porém, é fácil de explicar pois o assunto da passagem é o fundamento da Igreja de Antioquia, que teve lugar naquele reinado, enquanto Eusébio, em sua História, nos diz expressamente que S. Pedro foi para Roma no reinado de Cláudio. Na versão armênia a passagem vem:

“O Apóstolo Pedro, após ter fundado a Igreja de Antioquia, vai para a cidade dos Romanos, e lá prega o Evangelho, e continua bispo da Igreja lá 20 anos.”

Sanguinetti apoia a opinião afirmativa, enquanto o Fr. Pio Gams, a partir do texto grego de Syncellus, conclui o contrário. A questão afinal de contas, no que diz respeito a Eusébio, parece ser de nenhum grande valor, uma vez que, tal como resulta da sua História Eclesiástica , ele coloca a chegada de São Pedro, em Roma, no início do reinado de Cláudio, e seu martírio sobre o décimo quarto ano de Nero; e isso, por si só daria os 25 anos. Por conseguinte, pouco importa se a menção dos 25 anos foi uma adição feita por São Jerônimo as crônicas ou não.

Podemos, portanto, saber, o que pensar da imprudência do testemunho de Eusébio fora do contexto, e ter o peito para afirmar que nenhum argumento pode ser retirado de suas crônicas, com o fundamento de que não possui em seu original grego, e que o texto grego existente de Syncellus é do século XI, de que a paráfrase de Jerônimo não é genuína, ou que em nenhum lugar em sua História, Eusébio afirma que S. Pedro esteve em Roma. Afirmações como estas são muito fáceis de refutar. Além do primeiro e segundo capítulos do Livro III de sua História, há o capítulo VI do Livro V, onde ele apresenta a lista dos pontífices romanos dados por S. Irineu, e diz que concorda com: ‘Em idêntica ordem e idêntico ensinamento na Igreja, a tradição proveniente dos apóstolos e o anúncio da verdade chegaram até nós’.

É, pois, evidente a partir do que vimos, que no século IV o episcopado romano de S. Pedro foi afirmado por homens da mais alta patente na Igreja, pela santidade e erudição como o fator mais determinante, baseado nos documentos históricos. Consequentemente, a partir desses depoimentos do século IV, juntamente com a maneira em que eles são dados, resulta claramente a prova histórica do fato.

É supérfluo aqui a observação de que poderíamos ter multiplicado muito mais nossas autoridades, e citar, por exemplo, S. Epifânio, S. Atanásio,S. Ambrósio, S. Agostinho, Lactâncio, Orosius, S. Optatus de Milevis S. Pedro de Alexandria, e muitos outros a serem encontrado em Sanguinetti e Foggini.” (Thomas Livius - O Episcopado Romano do Príncipe dos Apóstolos pg 16)

Para completar o que Thomas Livius fala, trazemos o que o Autor Protestante George Edmundson em seu Livro “A Igreja em Roma no século I” falou:

“Eusébio de Cesaréia nos deixou duas listas dos bispos romanos, um na sua “História Eclesiástica”, a outra em sua Crônica. A primeira é a lista de Irineu, o início do que acaba de ser citado. O segundo é derivado da perdida “Crônica” de Hipólito, bispo de Portus, escrita cerca de meio século depois. Na ‘crônica’ o episcopado de São Pedro em Roma, é indicado ter durado 25 anos. Na ‘História Eclesiástica’ lemos - ‘Sob o reinado de Cláudio pela providência benigna e da graça de Deus, Pedro aquele grande e poderoso apóstolo, que por sua coragem assumiu a liderança de todo o resto, foi conduzido a Roma.’ Em outras passagens seu martírio com o de Paulo é representado como tendo lugar após a perseguição de Nero. O intervalo entre as duas datas seriam aproximadamente de cerca de 25 anos. Agora, é evidente que esses números, derivados como eles são, de homens como Irineu e Hipólito, que tiveram acesso aos arquivos e tradições em Roma em si, não podem ser descartados como pura ficção. Eles devem ter uma base de verdade por trás deles. Eusébio nos diz que, “após o martírio de Pedro e Paulo, Lino foi o primeiro que recebeu o episcopado em Roma.”. Agora, a data deste martírio, de acordo com a tradição, recebeu lugar no décimo quarto ano de Nero ou 67 d.C; se, em seguida, deduzimos 25 anos, chegamos a 42 d.C, que é precisamente a data prevista para a primeira visita de São Pedro a Roma por São Jerônimo, em sua obra “De Viris Illustribus”.
Lembrando que Jerônimo foi o tradutor da Crônica de Eusébio suas palavras podem ter sido tomadas por ser muito acostumado com as obras de Eusébio, incluindo o seu perdido ‘Registros dos Martírios Antigos’, e com as fontes que ele usou. Jerônimo escreve o seguinte: “Simão Pedro, príncipe dos Apóstolos, depois do episcopado da Igreja de Antioquia e pregando para a dispersão e os da circuncisão, que tinham acreditado no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia, no segundo ano de Cláudio vai a Roma para se opor a Simão, o Mago, e lá por 25 anos ocupou a cadeira sacerdotal até o último ano de Nero, isto é, o décimo quarto.’ Agora, aqui no meio de uma certa confusão, que serão tratadas com atualmente, uma data definitiva é dada para a primeira chegada de Pedro em Roma, e, note-se, é a data de sua fuga da perseguição de Herodes Agripa e seu desaparecimento da narrativa de Atos.

Esta evidência de Jeromimo, será vista assim, repousa sobre a de Eusébio, e aquelas das autoridades anteriores que esse historiador consultou. Tem sido dito que uma das condições da solidez de uma tradição histórica foi a amplitude e a unanimidade da sua recepção. Agora, provavelmente, nunca houve qualquer tradição tão universalmente aceita, e sem uma única voz discordante, como aquela que associa a fundação e organização da Igreja de Roma, com o nome de São Pedro e que fala de sua conexão ativa com a Igreja como estendida por um período de cerca de 25 anos.

É desnecessário multiplicar referências. No Egito e na África, no Oriente e no Ocidente, nenhum outro lugar nunca disputou com Roma a honra de ser a sede de São Pedro; nenhum outro lugar jamais afirmou que ele morreu lá ou que possuía seu túmulo. O mais significativo de tudo é o consenso das Igrejas Orientais, que não falam grego. Um exame atento do armênio e sírio MSS., 121 e, no caso deste último, tanto das autoridades nestorianas quanto jacobitas, através de vários séculos, não foi capaz de descobrir um único escritor que não aceitou a tradição petrina romana.” (http://www.ccel.org/ccel/edmundson/church.v.html)

Edmundson nos mostra qual é uma das fontes de Eusébio para a lista dos bispos de Roma, a Cronografia de Hipolito de Portus. É interessante notar que parte desta Cronografia ainda está preservada no que é conhecido hoje como "Catálogo Liberiano" que é assim chamado por causa do Papa cujo nome termina a lista. A coleção de escritos do qual faz parte foi editada (aparentemente por um Furius Dionísio Philocalus) em 354 d.C, que utilizou a Cronografia de Hipolito de Portus e outras para completar os papas subsequentes. E para infelicidade dos contraventores, este catálogo que preserva uma das fontes de Eusébio, também nos mostra o tempo do episcopado de Pedro em Roma, que é exatamente 25 anos, 1 mês e 9 dias:

"Quando Tibério César reinava, nosso senhor Jesus Cristo morreu, os dois gêmeos sendo consules, no oitavo dia antes das calendas de abril. E depois de sua ascensão o abençoado pedro assumiu o episcopado. A partir desse momento mostraremos pela sucessão de ordenações, quem foi bispo, quantos anos presidiu ou quem era imperador.

Pedro - 25 anos, 1 mês, 9 dias. Ele esteve nos tempos de Tibério César e Caio e Tibério Cláudio e Nero, junto do consulado de Minucius e Longinus [30 d.C] ao de Nero e Verus [AD 55]. No entanto, ele morreu com Paulo no 3º dia antes das calendas de julho, como o Imperador nero sendo cônsul." (Catálogo Liberiano)

Assim sendo, é provado pela própria fonte de Eusébio a autenticidade do texto das Crônicas de Eusébio quando mencionam os 25 anos de Pedro em Roma. 

Depois de todas estas palavras de um erudito católico, outro protestante e da própria fonte de Eusébio, pouco se tem a acrescentar, basta dizer somente que quem quer negar o óbvio e tentar por meio de artifício de desonestidade intelectual afirmar que um dos maiores historiadores da Igreja primitiva[2] não acreditava no episcopado de Pedro em Roma, merece apenas ser solenemente ignorado, portanto faço minhas as palavras do maior estudioso patrístico da história:

“E, depois de tudo, a coisa toda é tão falsa, tão cruel, e tão ofensiva. A refutação foi por tantas vezes repetida, e é tão fácil, que se sente quase a necessidade de ficar com raiva ao reiterar isso. Eu gostaria de dar a resposta aqui com toda exatidão meticulosa, de modo que não possa haver nenhum espaço para qualquer outra resposta além de declarações falsas ou abuso; mas se sentir como alguém que está usando um bate estacas para matar uma pulga, ou provando a tabuada contando nos dedos de alguém. E, no entanto, é claro, ninguém será convencido se não deseja isso.” (Dom Chapman – Studies On Early Papacy)

NOTAS
[1] Na realidade o que São Jerônimo traduziu foi a Cronografia de Eusébio e não as Crônicas já perdidas, porém hoje é comum chamar a Cronografia de Crônicas, como estamos fazendo aqui. 

[2] Além de tudo, não é só Eusébio dentre as autoridades primitivas que apoiam o fato de Pedro 25 anos em Roma.

São Jerônimo

“Simão Pedro, O filho de João, da Vila de Betsaida na província da Galiléia, irmão de André o Apóstolo, e ele mesmo príncipe dos Apóstolos, depois do episcopado da Igreja de Antioquia e pregando para a dispersão e os da circuncisão, que tinham acreditado no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia, no segundo ano de Cláudio vai a Roma para se opor a Simão, o Mago, e lá por 25 anos ocupou a cadeira sacerdotal até o último ano de Nero, isto é o décimo quarto.” (São Jerônimo - Os homens ilustres – 1) [http://www.newadvent.org/fathers/2708.htm]

A Pregação de Pedro

“No terceiro ano de Cláudio César, Simon Cefas partiu de Antioquia para ir a Roma. E nos lugares em que ele passou, pregou em vários países a palavra de nosso Senhor. E, quando ele quase chegando em Roma, muitos já tinham ouvido falar dele e saíram para encontrá-lo...” (A Pregação de Pedro - Introdução)

Arnóbio de Sica

“Na própria Roma... eles se apressaram em abandonar os costumes de seus ancestrais, para juntar-se a verdade cristã, porque eles tinham visto o orgulho de Simão, o Mago , e sua impetuosa carruagem despedaçados pela boca de Pedro” (Contra os Pagãos, II. 12).

Hipólito do Ponto

“Este Simão [Mago] enganando a muitos por suas feitiçarias em Samaria foi repreendido pelos apóstolos e foi colocado sob uma maldição, como foi escrito nos Atos. Mas ele depois de ter abjurado a fé e tentado [estas práticas], e caminhando até Roma caiu com o apóstolo [Pedro], e a ele, enganou a muitos por suas feitiçarias, Pedro o enfrentou várias vezes." (Philos. VI. 15.)

PARA CITARRODRIGUES, Rafael. São Jerônimo falsificou os 25 anos de Pedro em Roma nas Crônicas de Eusébio?. Disponível em: . Desde 04/02/2015.

Título Original: São Jerônimo falsificou os 25 anos de Pedro em Roma nas Crônicas de Eusébio?


Site: Católicos Com Fé
Editado por Henrique Guilhon