A Igreja é a coluna (mestra) e sustentáculo (preservadora) da verdade – 1º Tim 3,15

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É importante falar de Deus, das coisas de Deus, sem tirar os pés do mundo, pois estamos nele, embora que não sejamos dele. O Viver em Deus, fala de Deus, dos fatos da Igreja, do meio cristão católico. O Viver em Deus não é fechado em si mesmo, portanto faz também a apresentação de obras de outros sites católicos, o que, aqui, mais se evidencia, no intuito da divulgação e conhecimento dos mesmos. UM BLOG A SERVIÇO DA IGREJA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Sejam todos bem - vindos!

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Quando neste blog é falado, apresentado algo em defesa da Igreja, contra o protestantismo, é feito com um fundo de tristeza ao ver que existem "cristãos" que se levantam contra a única Igreja edificada pelo Senhor Jesus no mundo. Bom seria se isto não existisse, a grande divisão cristã. Mas os filhos da Igreja têm que defendê-la.

Saibam, irmãos(ãs), que o protestantismo, tendo que se sustentar, se manter, se justificar, terá que ser sempre contra a Igreja católica (do contrário não teria mais razão de sê-lo) ainda que seja pela farsa, forjar documentos, aumentar e destorcer fatos (os que são os mais difíceis para se comprovar o contrário pelos cientistas católicos, pois trata-se de algo real, mas modificado, alterado para proveito próprio.) E tentarão sempre atingir a Igreja na sua base: mentiras contra o primado de São Pedro, contra o Papa e sua autoridade, contra o Vaticano, contra a sua legitimidade, e outros tantos absurdos. São, graças a Deus, muitos sites católicos que derrubam (refutam) estas mentiras, provando o seu contrário, bastando portanto se fazer uma pesquisa séria, por exemplo, com o tema: cai a farsa protestante, refutando o protestantismo, etc. O Espírito Santo jamais abandona sua Igreja. Que saibamos, por este Espírito, amar aos protestantes que não participam destas ações malignas, e aos que se incumbem destas ações, os inimigos da Igreja, que saibamos, ainda que não consigamos amá-los o bastante, ao menos respeitá-los em sua situação crítica perante Jesus e desejar a eles a conversão e a Salvação de Nosso Senhor Jesus. "Se soubéssemos verdadeiramente o que é o inferno, não o desejaríamos ao pior inimigo".

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Notas Importantes

*O marcador “IDOLATRIA”, na seção TEMAS, abaixo, à esquerda, assim está exposto com a função de desmentir as acusações de idólatras aos católicos, outras vezes também denunciando que estes próprios acusadores cometem a idolatria ao dinheiro, entre outras.

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*Ao usar o telemóvel escolha a opção “visualizar versão para a web”, localizada abaixo da opção “página inicial” , para que sejam utilizados todos os recursos apresentados na página como vista no computador.

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Tradutor

domingo, 31 de janeiro de 2016

“Qualquer coisa que pedimos recebemos dele, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é do seu agrado”



Padre Paulo Ricardo

Pergunta-se se Deus escuta as orações dos pecadores. Trata-se de uma questão pertinente, já que alguns trechos das Escrituras podem deixar meio obscura esta realidade aparentemente tão óbvia. São João, por exemplo, escreve: “Qualquer coisa que pedimos recebemos dele, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é do seu agrado” [1]. Algumas passagens do Evangelho, no entanto, como a parábola do fariseu e do publicano [2] e o episódio do bom ladrão [3], indicam que Deus ouve as súplicas dos pecadores. O que dizer diante desse conflito?

Santo Tomás de Aquino, com seu gênio teológico, ilumina essa questão, lembrando que “a oração, afora o efeito do consolo espiritual que traz no momento em que é feita, possui dupla virtualidade quanto ao efeito futuro: a de merecer e a de impetrar” [4].

O valor impetratório é a eficácia da oração com relação à fé. O orante pede porque crê que Deus é onipotente e pode realizar aquilo que é o objeto de sua súplica: “A fé é necessária da parte de Deus, a quem oramos, isto é, que creiamos poder conseguir d’Ele o que pedimos” [5]. É claro que, no caso do pecador – de quem não está em estado de graça –, esta fé é uma fé morta, porque não é informada pela caridade. Então, Deus ouve aquela oração por pura misericórdia.


O valor meritório na oração só existe “enquanto [esta] procede da raiz da caridade, cujo objeto próprio é o bem eterno que merecemos gozar” [6]. “A oração sem a graça santificante não é meritória, como nenhum outro ato virtuoso” [7]. Não se confunda, aqui, a palavra “meritória” com a opinião de que a pessoa “merece” a graça que Deus lhe concede. Como diz o Concílio de Trento, “ninguém pode ser justo, senão aquele a quem se comunicam os merecimentos da Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo” [8]. Ou seja, a própria capacidade meritória é um dom de Deus: o único homem que realmente teve mérito diante de Deus foi Jesus Cristo; os demais são justificados na medida em que estão ou não unidos a Ele.

Versão áudio


Então, a oração do amigo de Deus tem valor muito maior que a oração do pecador. Isso se dá, primeiramente, porque, se a pessoa ama a Deus, está em sintonia com o Seu coração, pedindo o que ela sabe que Ele lhe vai conceder. O pecador, ao contrário, pode pedir coisas fúteis ou até contrárias à vontade divina e isso, obviamente, tirará a eficácia de sua oração. Além disso, o pedido do justo é informado pela caridade: ele suplica as coisas a Deus desejando agradar o Seu coração.

Deus se agrada de nós, gosta de receber o nosso amor e de ver a nossa caridade. E é fonte de grande alegria para Ele atender os pedidos daqueles que O amam. Isso é visível na intercessão dos santos. Por que existem santos que têm um maior poder de intercessão? Por que se diz que a Virgem Santíssima é a “onipotência suplicante”, enquanto outros santos não têm a mesma eficácia de intercessão? Por causa do valor meritório. O amor da Virgem Santíssima, o fato de ela estar configurada ao coração de Cristo de forma perfeita, faz que a sua oração tenha grande poder diante de Deus, enquanto a oração de uma pessoa que passou pelo purgatório e tem menor glória no Céu tem menor eficácia. Tanto maior o amor dado a Deus, tanto mais generosa é a resposta d’Ele à sua súplica.

Então, a oração dos pecadores tem o seu valor: trata-se do valor impetratório. Já a oração do justo, da pessoa que está no caminho da santidade, tem um valor maior – o valor meritório –, porque, além da fé, contém a caridade ardente de quem é amigo de Deus.

Referências

1 Jo 3, 22
Cf. Lc 18, 9-14
Cf. Lc 23, 39-43
Suma Teológica, II-II, q. 83, a. 15
Ibidem
Ibidem
Suma Teológica, II-II, q. 83, a. 15, ad 1

Título Original: Será que Deus escuta as orações dos pecadores?


Site: Padre Paulo Ricardo
Editado por Henrique Guilhon

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

O Pai Nosso e suas exigências


Prof. Felipe Aquino

Crer que Deus é nosso Pai tem consequências enormes para toda a nossa vida, e exige de nós algumas atitudes!

Sabemos que esta é a “Oração perfeita”, pois saiu do coração de Jesus quando um dos discípulos pediu-lhe que os ensinassem a rezar (Lc 11,1). São sete pedidos perfeitos ao Pai. Saudamos a Deus como Pai – uma ousadia de amor – e lhe fazemos três pedidos para a Sua Glória e realização de Sua santa vontade, e mais quatro pedidos para nossas necessidades.

O Pai-Nosso é o resumo de todo o Evangelho, como disse Santo Agostinho, “Percorrei todas as orações que se encontram nas Escrituras, e eu não creio que possais encontrar nelas algo que não esteja incluído na Oração do Senhor”.

No Sermão da Montanha e no Pai-Nosso a Igreja ensina que o Espírito Santo dá forma nova aos nossos desejos, o que anima a nossa vida. De um lado Jesus nos ensina uma “vida nova”, por palavras, e por outro lado nos ensina a pedi-la ao Pai na oração, para a podermos viver.

É a oração dos filhos de Deus, que deve ser rezada com o coração, na intimidade com o Pai, para que se torne em nós “espírito e vida”. Isto é possível porque o Pai enviou aos nossos corações o Espírito do Seu Filho que clama em nós Abba, Pai. (Gal 4,6), e nos fez seus filhos adotivos em Jesus Cristo.

De pecadores que somos, mas perdoados em Cristo, podemos levantar os olhos para o Pai e dizer “Pai-Nosso”.


Leia também: 





Crer que Deus é nosso Pai tem consequências enormes para toda a nossa vida, e exige de nós algumas atitudes:

1 – Conhecer a majestade e a grandeza de Deus. “Deus é grande demais para que o possamos conhecer”(Jó 36,26). Santa Joana D`Arc disse, “Deus deve ser o primeiro a ser servido”.

2 – Viver em ação de graças. Tudo o que somos e possuímos vem Dele. “Que é que possuis que não tenhas recebido?”(1Cor 4,7). “Como retribuirei ao Senhor todo o bem que Ele me fez?”(Sl 116,12).

3 – Confiar em Deus em qualquer circunstância, mesmo na adversidade. “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça e tudo o mais vos será dado por acréscimo”(Mt 6,33).

4 – Conversão continua e vida nova. Desejo e vontade de assemelhar-se a Ele, pois fomos criados a sua semelhança.

5 – Se comportar como filho e não como mercenário que age por interesse ou escravo que obedece por temor.

6 – Contemplar sem cessar a beleza do Pai e deixá-la impregnar a alma.

7 – Cultivar um coração de criança, humilde e confiante no Pai, pois é aos pequeninos que Ele se revela.

8 – Conversar com Deus como seu próprio Pai, familiarmente, com ternura e piedade.

9 – Ter a esperança de alcançar o que lhe pede na oração. Como Ele pode nos recusar alguma coisa se nos aceitou adotar como filhos.

Assista também: Como surgiu o Pai-Nosso?

10 – Conhecer a unidade e a verdadeira dignidade de todos os homens, todos criados a imagem e semelhança de Deus (Gen 1,27).

11 – Desapegar-se das coisas que nos desviam Dele. “Meu Senhor e meu Deus, tirai de mim tudo o que me afasta de vós. Meu Senhor e meu Deus, dai-me tudo que me aproxima de vós. Meu Senhor e meu Deus, desprendei-me de mim mesmo para doar-me inteiramente a vós.” (S. Nicolau de Flue).

O Pai nos ama tanto que não nos quer perder de forma alguma para os deuses falsos que querem lhe roubar a glória e o nosso coração. Por isso o Pai nos corrige com “correção paterna”(cf. Hb 12,4s). Nem sempre entendemos os seus mistérios, mas Ele sabe o que precisamos e conduz a nossa vida com amor.

Santa Catarina de Sena, doutora da Igreja disse, `Tudo procede do amor, tudo está ordenado a salvação do homem, Deus não faz nada que não seja para esta finalidade”.

Prof. Felipe Aquino


Sobre Prof. Felipe AquinoO Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.


Título Original: As exigências do Pai-Nosso


Site: Cléofas
Editado por Henrique Guilhon

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Decisões tomadas por medo ou amor


Aleteia


PADRE CARLOS PADILLA 

A pergunta que não quer calar: você pretende controlar sua vida ou confiar em Deus?

Às vezes deixo de fazer as coisas por achar que não é a hora certa, ou porque me dá medo de errar na 
tentativa. Às vezes paro e deixo de lutar, de amar, de me entregar.

Em um ato egoísta, penso em mim, nos meus planos, nos meus desejos. Olho para mim, para as minhas necessidades, para o que me falta, para o que me alegra.

Tenho receio de que minhas ações não se tornem realidade por causa do medo da vida. Me dá medo perder aquilo por que anseio, perder o que tenho. O medo às vezes nos acorrenta.

Em um momento da saga Star Wars, o Mestre Yoda diz a Anakin: “O medo é o caminho para o lado negro. O medo leva a raiva, a raiva leva ao ódio, o ódio leva ao sofrimento”.

O medo que temos pode nos levar à raiva, a lutar para não perder o que amamos. O medo pode nos fechar em nós mesmos e pode acabar provocando aquilo que mais tememos.

É verdade, gostaríamos de ser poderosos como Deus, ser como deuses. Poder controlar a vida e a morte. Mas somos frágeis. Somos dependentes de um Deus que nos ama e nos conduz. Temos medo e muitas vezes não somos livres para amar.

O medo de perder o que mais ama, a vida da sua esposa, leva Anakin a evitar sua morte usando qualquer método. Ele quer ter poder para salvar sua vida, para que nunca morra.

Na verdade, o coração deseja um amor eterno, uma vida eterna. É assim que Anakin passa para o lado negro, achando que dessa maneira possuiria um conhecimento mais profundo da vida e da morte.

O medo o leva à raiva, e a raiva o afasta daquela a quem tanto ama. E então, ao passar para o mal, provoca a morte da sua mulher, que já não quer continuar vivendo.

Sempre que penso nesse momento do filme, vejo a força das nossas escolhas. Optar pelo bem ou pelo mal. Querer controlar a vida e a morte ou confiar em um Deus que nos conduz.

O que escolhemos nos forma e nos transforma. Nos torna melhores ou piores pessoas. Nossas decisões marcam quem somos e o que podemos chegar a ser.

Mas o medo muitas vezes decide nossas escolhas. Então reflita: como você lida com seus medos ao pensar no futuro? O que você tem mais medo de perder? Você confia em um Deus misericordioso que ama você com loucura e jamais deixará seus passos se perderem?…

Título Original: Você toma decisões por medo ou por amor?


Site: Alateia
Editado por Henrique Guilhon

domingo, 24 de janeiro de 2016

Devemos ter a Palavra de Deus em nossa boca

Foto: Wesley Almeida/CN

Padre Jonas Canção Nova

A Palavra de Deus move nossa vida e o mundo

Devemos ter a Palavra de Deus em nossa boca, pois o Senhor quer que a pronunciemos para a graça acontecer, porque ela é poderosa, traz bênção e todo bem.

Em todos os sacramentos da Igreja, além da matéria que se usa – na Eucaristia, há o pão e o vinho; no batismo, há a água; no crisma, há o óleo; no matrimônio, os corpos dos cônjuges; na ordem, há as mãos do sacerdote e o óleo –, há sempre uma palavra que deve ser pronunciada, seja de bênção ou de ordem.

O Senhor nos ordena que pronunciemos Sua Palavra para que a ressurreição que Ele prometeu aconteça em nossa vida.

Seu irmão,

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

Título Original: A Palavra de Deus deve estar em nossa boca


Site: Padre Jonas Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 23 de janeiro de 2016

O Papa reitera a visão da Igreja sobre a família e exorta a cuidar das famílias “feridas”




Zenit

Na audiência aos membros da Rota Romana, para a inauguração do Ano judicial, o Papa reitera a visão da Igreja sobre a família e exorta a cuidar das famílias “feridas”

“Não pode haver confusão entre a família querida por Deus e qualquer outro tipo de união”. São bastante atuais – em um momento em que o parlamento italiano está discutindo sobre um projeto de lei sobre uniões civis – as palavras do Papa Francisco aos membros do Tribunal da Rota Romana, por ocasião da solene abertura do Ano Judicial.

O Pontífice começa recordando a missão do Tribunal de sempre ser “auxílio do Sucessor de Pedro, para que a Igreja, inseparavelmente ligada à família, continue a proclamar o desenho de Deus Criador e Redentor sobre a sacralidade e beleza do instituto familiar”. “Uma missão – diz – sempre atual, mas que adquire especial importância no nosso tempo”, muito trabalhoso tanto para as famílias, quanto para nós pastores que somos chamados a acompanha-las”.

Pio XII falava da Rota Romana como “Tribunal da família”, mas – acrescentou Bergoglio – é também “Tribunal da verdade do vínculo sagrado”. Dois aspectos que – afirma – são “complementares”, porque a Igreja “pode mostrar o infalível amor misericordioso de Deus com as famílias, especialmente aquelas feridas pelo pecado e pelas provas da vida”, e ao mesmo tempo “proclamar a inalienável verdade do matrimônio de acordo com o desenho de Deus”.

Essencialmente, aquilo que os bispos de todo o mundo, “em espírito e estilo de efetiva colegialidade”, reiteraram nos dois Sínodos do 2014 e do 2015, onde foi realizado “um profundo discernimento sapiencial, graças ao qual a Igreja, entre outras coisas, indicou ao mundo que não pode haver confusão entre a família querida por Deus e qualquer outro tipo de união”, reitera Francisco.

“Com esta mesma atitude espiritual e pastoral” – continua – a atividade da Rota Romana, “apoia e promove o opus veritatis”, tanto no “julgar” quanto no “contribuir na formação permanente”. Por meio do serviço do Tribunal, a Igreja se propõe “declarar a verdade sobre o matrimônio no caso concreto, para o bem dos fieis”.

Ao mesmo tempo, “tem sempre presente que todos aqueles que, por livre escolha ou por circunstâncias infelizes da vida, vivem em um estado objetivo de erro, continuam a ser objeto do amor misericordioso de Cristo e por isso da própria Igreja”.

“Fundada no matrimónio indissolúvel, unitivo e procriativo”, a família – reitera Francisco – “pertence ao ‘sonho’ de Deus e da sua Igreja para a salvação da humanidade”. Igreja que, com afirmava o beato Paulo VI, “sempre dirigiu um olhar particular, cheio de preocupação e de amor, à família e aos seus problemas”.

“A Igreja é e deve ser a família de Deus”, insiste Bergoglio. Mas ela é também “mãe e mestra”, que “sabe que, entre os cristãos, alguns têm uma fé forte, formada pela caridade, reforçada pela boa catequese e nutrida pela oração e pela vida sacramental, enquanto que outros têm uma fé fraca, negligenciada, não formada, pouco educada, ou esquecida”.

O Papa solicita, então, a reiterar claramente que “a qualidade da fé não é uma condição essencial do consentimento matrimonial, que, de acordo com a doutrina de todos os tempos, pode ser extraído apenas em um nível natural”. “Não é incomum – observou – que os nubentes, levados ao verdadeiro matrimônio do instinctus naturae, no momento da celebração tenham uma consciência limitada da plenitude do projeto de Deus, e somente depois, na vida de família, descubram tudo o que Deus Criador e Redentor estabeleceu para eles”.

“As deficiências da formação na fé e também o erro relacionado à unidade, à indissolubilidade e à dignidade sacramental do matrimônio viciam o consentimento matrimonial somente se determinam a vontade”, disse o Papa Francisco, exortando a avaliar muito atentamente “os erros que dizem respeito ao caráter sacramental do matrimônio”.

Nesta linha, a Igreja “continua a propor o matrimônio, nos seus elementos essenciais – prole, bens dos cônjuges, unidade, indissolubilidade, sacramentalidade –, não como um ideal para poucos, apesar dos modelos modernos centrado no efêmero e no transitório, mas como uma realidade que, na graça de Cristo, pode ser vivida por todos os fieis batizados”.

Por isso mesmo, com mais razão, há uma “urgência pastoral” que envolve todas as estruturas da Igreja e que “leva a convergir a um objetivo comum ordenado à preparação adequada ao matrimônio”. Uma espécie de “novo catecumenato”, aquele fortemente desejado por alguns Padres Sinodais.

Título Original: Francisco: “Que não haja confusão entre família querida por Deus e outros tipos de união”


Site: Zenit
Editado por Henrique Guilhon

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Não é verdade que a maioria dos cientistas seja ateia, diz pesquisa. A Igreja Católica lançou as bases racionais das ciências modernas



Ciência Confirma a Igreja

Pesquisa mundial aponta que os cientistas dão mais importância à religião





Como cientistas veem a religião

Como alguns cientistas tornaram-se famosos não em seus campos de especialidade, mas vendendo livros criticando as religiões, criou-se uma suposição de que a maior parte dos cientistas são ateus ou pregadores do ateísmo, escreveu o“Diário da Saúde”

Mas essa suposição foi mais uma vez contestada.

E agora pela primeira vez por uma pesquisa em nível mundial, que analisou como os cientistas encaram a religião e como se relacionam com ela.

Pesquisadores da Universidade Rice (EUA) entrevistaram 9.422 cientistas em oito regiões do mundo: França, Hong Kong, Índia, Itália, Taiwan, Turquia, Reino Unido e EUA.

A equipe também viajou a estas regiões para realizar entrevistas em profundidade com 609 desses participantes, o que torna esta a maior pesquisa mundial já realizada sobre as relações entre fé e ciência do ponto de vista dos cientistas.

Mais religiosos que a média

“Mais da metade dos cientistas na Índia, Itália, Taiwan e Turquia se autoidentificam como religiosos,” relata Elaine Howard Ecklund, principal autora da pesquisa.

“E é impressionante que existem aproximadamente o dobro de 'ateus convictos' na população em geral de Hong Kong, por exemplo (55%) do que na comunidade científica neste país (26%),” acrescentou.

Taiwan é outro exemplo, onde 54% dos cientistas identificam-se como religiosos, em comparação com 44% da população em geral.

Conflito, que conflito?

No geral, os resultados contestam a suposição tradicional sobre o caráter irreligioso dos cientistas de todo o mundo.

Quando perguntados sobre os termos de um eventual “conflito” entre religião e ciência, apenas uma minoria dos cientistas em cada contexto regional acredita que haja de fato um conflito entre ciência e religião.

No Reino Unido - um dos países mais seculares do mundo - menos de um terço (32%) dos cientistas caracterizaram a interface entre ciência e fé como sendo de conflito.

Clérigos estudam astronomia e geometria (França, iluminura de inícios do século XV).

A Igreja Católica lançou as bases racionais das ciências modernas

Nos EUA, este número foi de apenas 29%. E 25% dos cientistas de Hong Kong, 27% dos cientistas indianos e 23% dos cientistas de Taiwan acreditam que a ciência e a religião podem coexistir e serem usadas uma para apoiar a outra.

Religião como apoio à Ética

Além dos resultados quantitativos, os pesquisadores descobriram nuances nas respostas dos cientistas durante as entrevistas. Por exemplo, numerosos cientistas expressam como a religião pode fornecer um “ponto de checagem” em áreas eticamente nebulosas.

“(A religião fornece uma) forma de verificação naquelas ocasiões em que você pode ser tentado a pegar um atalho porque você deseja que algo seja publicado e você pensa: 'Ah, essa experiência não foi boa o suficiente, mas se eu retratá-la desta forma, vai parecer que é',” comentou um professor de biologia do Reino Unido.

Finalmente, muitos cientistas mencionaram modos de acomodar as visões ou práticas religiosas, sejam dos alunos ou dos seus colegas.

“As questões religiosas (são) muito comuns aqui porque todo mundo fala a que templo vai, a qual igreja pertence. Assim, não é realmente um problema que escondemos: nós simplesmente falamos a respeito porque, em Taiwan, nós temos pessoas [de] diferentes religiões,” disse um professor de biologia de Taiwan.

Título Original: Pesquisa mundial desmente que a maioria dos cientistas seja ateia


Site: Ciência Confirma a Igreja
Editado por Henrique Guilhon

domingo, 17 de janeiro de 2016

A vivência da castidade é por causa da amizade com o Senhor


Acampamento Revolução Jesus





Padre Paulo Ricardo. Foto: Gustavo Borges/cancaonova.com

Eventos Canção Nova

Você precisa viver sua castidade por causa de sua amizade com Deus, por causa do amor


Diante de Deus, por que eu, Pe. Paulo Ricado, estou aqui? Para que estou fazendo esta palestra? Para que todos digam – “Nossa, o Pe. Paulo Ricardo é ‘O cara’, é um gênio!”. Eu sei que não sou isso. Se eu fizer esta palestra por causa de mim, da minha vaidade, porque eu quero aparecer; eu posso fazer uma belíssima pregação, levar todos vocês para o céu, e estar cavando o meu caminho para o inferno.

Não é porque você está fazendo a coisa certa que você é uma pessoa virtuosa… Você pode fazer a coisa certa, mas pela RAZÃO errada. O que faz uma pessoa virtuosa é o coração da pessoa (‘por fora bela viola, por dentro pão bolorento’).

Então, falando sobre o tema da castidade, por que você quer ser casto? Por que você não quer se masturbar, por que você não quer fazer sexo com sua namorada? Por que você quer ter uma vida casta no matrimônio? Você pode estar vivendo uma vida pura, casta, mas se você não tiver uma razão verdadeira, tudo isso não passa de boas maneiras, de comportamento vazio, e isso não é virtude!

Para que seja virtude deve haver uma finalidade, é isso que diferencia o ser humano dos outros animais, pois estamos em busca de uma finalidade em nossa vida. Uma vaca no pasto não fica perguntando o que será dela amanhã. Ela não reflete, não pensa no futuro. Nunca vi um bezerro se perguntando o que vai ser quando crescer. Ele não tem uma tarefa, mas nós seres humanos temos! Temos que realizar algo. Isso é claro no ser humano, não importa a cultura, sem um porquê, uma finalidade, tudo o que fazemos é inútil.

Viver a castidade por amor

A virtude, portanto, precisa de interioridade, precisa de razão. Você precisa viver sua castidade por causa de sua amizade com Deus, por causa do amor, que é a maior de todas as virtudes. Todas as virtudes sem a caridade são deformadas, são vazias.

Imagine que você é de uma empresa de engenharia e tem de fazer um trabalho muito difícil: você tem que erguer um obelisco de 30m de altura e com 300 toneladas. Centenas de pessoas, de cavalos e cordas são necessários para levantar esse obelisco e, após esse tremendo esforço, após essa atitude quase que heroica, quando ele está em pé, chega o engenheiro e diz: “não, está errado, o centro não é aí”.

E você responde, “mas me custou muito, em suei, foi um trabalho imenso, foi heroico o que fizemos”. Mas a conclusão é que vocês não foram heróis, vocês foram bestas. Por mais difícil que tenha sido, o obelisco está no lugar errado e precisará ser carregado novamente para o lugar correto. Foi um trabalho inútil. Veja, você não é herói. Seu esforço foi admirável, mas foi inútil.


“Você precisa viver sua castidade por causa de sua amizade com Deus, por causa do amor”, afirma Pe. Paulo Ricardo. Foto: Gustavo Borges/cancaonova.com

A mesma coisa acontece quando você vive a castidade porque é vaidoso, porque se acha melhor que os outros. Você não é virtuoso. Se você a vive porque acha que o sexo é algo nojento, criado por satanás, você não é virtuoso. Não tem virtude no que você faz. Se você vive a castidade por qualquer outra razão, isso não é uma virtude. Se você não vive a castidade por amor a Deus, mas por amor até a sua namorada, ao seu esposo ou por qualquer coisa que seja, isso não é virtude. Isso não passa de boas maneiras.

Vocês precisam desentortar a vida de vocês. Pode ser que vocês façam muitas coisas corretas, mas se vocês não têm a caridade, de nada disso adianta. Isso é como o bronze que faz barulho no sino, mas o sino é vazio. Se eu desse todos os meus bens aos pobres, se não tivesse a caridade de nada adianta, diz São Paulo. Santo Inácio de Loyola, em seus escritos sobre os exercícios espirituais, vai nos dizer que o princípio e o fundamento da finalidade do homem, ou seja, o que é de mais importante em nossa existência é que “O homem veio a este mundo para louvar e servir a Deus e, com isso, alcançar o reino dos céus”. O que quer dizer que não existimos para nós mesmos, a finalidade da nossa vida é para Deus.

Ele ainda vai dizer que “todas as criaturas, todos os seres do universo existem para o homem”, olha que coisa bonita! A pessoa não é um meio, mas um fim. Tudo existe para ela. A pessoa, portanto, não pode ser usada. Eu posso usar o microfone, a estante, uma cadeira, até um animal, para o alimento, para proteção. Mas os seres humanos não são meios, não são instrumentos.

Santo Inácio diz, ainda, que o homem não é a finalidade em si mesmo, mas ele é a finalidade de todo o universo, tudo existe para o homem, essa é a finalidade das coisas. Mas o homem é diferente, a sua finalidade é para Deus.

Assim, você não vai usar as pessoas, você não vai usar sua namorada, sua esposa, filhos, você não vai usar as pessoas simplesmente porque elas não são coisas, mas elas servem a Deus. Quando você pega uma pessoa e começa a usá-la, você está tomando o lugar de Deus. Quando você quiser que sua namorada fique aos seus pés, você está querendo tomar o lugar de Deus. Como você deve, então, viver a sua castidade? Compreendendo que tudo o que existe deve ser para a gente amar e fazer com que alcancemos o reino dos céus.

Dessa forma, a virtude da caridade é uma espécie de amor diferente. A gente acha que a caridade é o amor que temos para com os pobres, mas não é isso. O amor de caridade, o amor cristão, o Ágape é um amor que temos que ter para com Deus. Você tem que ser amigo de Deus. Vou descrever como deve ser essa amizade e você vai ver como isso vai afetar os seus relacionamentos. Jesus, no Evangelho de São João, capítulo 15, vai dizer “já não vos chamo de servos, mas de amigos”.

O amor verdadeiro é você querer o bem da outra pessoa

Sabemos que somos amigos de alguém quando você quer o bem dessa pessoa, quando você usa de benevolência. Se você gosta de alguém por causa do prazer que a pessoa causa pra você, por causa de algo que ela lhe proporciona, isso não é benevolência, mas interesse. A primeira característica do amor verdadeiro é você querer o bem da outra pessoa. Eu tenho que querer a salvação dessa pessoa. Eu quero um dia estar com essa pessoa vendo a Deus no céu.

Certa vez, São Francisco de Assis foi a um albergue com um de seus frades. Muitos estavam na sala comum e uma prostituta veio até São Francisco e o convidou para o pecado. E, para surpresa do frade, São Francisco aceitou. Quando ela foi levá-lo para o quarto, São Francisco a encaminhou para o pátio, onde havia uma grande fogueira com pessoas se aquecendo. Ele tirou a roupa, ficou completamente nu e se jogou no fogo. De lá ele a convidou para a fogueira e falou: “vem, deite-se comigo”.

Houve um milagre ali, pois São Francisco não se queimou. Mas, com certeza, o coração daquela prostituta queimou ao entender que se deitar com outro homem, que não seu marido, era deitar-se no fogo do inferno. Você quer levar sua namorada para o inferno? Isso não é amor de benevolência, mas amor de concupiscência.

Precisamos querer fazer o bem para Deus. Não que Ele precise, pois Ele já é o tudo, mas precisamos fazer com que sua glória seja acrescentada aqui na terra. Eu, Padre Paulo Ricardo, estou aqui para te converter porque quero o seu bem, mas também porque eu quero que Deus seja conhecido, adorado.

Quando levamos alguém para Deus, nós damos um beijo nele, nós estamos agradando o Seu coração de Pai. Santa Terezinha não fazia as coisas porque queria ser santa, porque queria ir para o céu, mas porque ela queria agradar a Deus. Não há interesse ou troca, mas benevolência. Quando ela ia rezar, ela dizia – “eu vou lá para o meu pai me ver, porque o que agrada o coração do Pai, o que dá alegria ao coração do pai é ver sua filha”. Amizade com Deus quer dizer agradar o coração de Deus.

A amizade tem que ser recíproca

Outra característica da amizade é que ela tem que ser recíproca. Não tem como você ter uma amizade com uma pessoa sem que seja de forma recíproca, vai e volta. Deus me ama e eu amo a Deus. O amor me ama. Eu sou amado pelo Amor, o Amor me aprova, me ama e me quer bem.

Deus me ama, mas isso ainda não é a salvação. Eu preciso amar a Deus de volta. Preciso ter uma gratidão imensa pelo infinito amor que ele tem por mim. Se você não para um pouco para rezar, meditar, para ter uma profunda gratidão, isso não é amizade. Para se ter uma amizade é preciso que haja convívio.

Você pode até ter uma pessoa que você quer bem e que ela também quer o seu bem, porém só existe amizade quando vocês convivem, quando vocês partilham as coisas mais íntimas. Já está dando para entender o tipo de amor que você deve ter com Deus, mas também como isso ilumina tremendamente os seus relacionamentos?

Tem gente que acha difícil namorar à distância, porque o conceito de namoro hoje em dia é apalpar, é esfregação. Não é isso. O namoro é colocar os dois corações, as duas almas em sintonia. O que faz um casal existir não é um olhar para o outro, mas ambos olharem na mesma direção, como nos ensinou São João Paulo II.

Vamos olhar para o céu e vamos caminhar juntos, isso é ser casal, isso é namorar. É conversar com sua namorada e perguntar como vocês vão viver uma vida virtuosa para levar seus filhos para o céu. Isso é namorar. Namoro não é um parque de diversões. Não é para tirar prazer, porque prazer você tira de uma lata de doces, da montanha russa, vendo o leão do circo. Você tem que querer o bem da pessoa e isso é querer que ela vá para o céu.

Daí nós começamos a ver que, se tivermos uma profunda e verdadeira amizade com Deus, a castidade que eu vivo tem finalidade. Não adianta fazer um esforço enorme para carregar o obelisco e levá-lo para o lugar errado. Para quem se casa para ser feliz eu já digo: não vai dar certo. O seu coração é grande demais, nenhuma pessoa vai te fazer feliz.
Case-se com quem te levará para o céu

O que Deus quer é te fazer feliz no céu e que você tenha uma companheira com quem você vai fazer uma aliança de sangue, por quem você daria o seu sangue para ela seja santa. Se você vai se casar, case-se com essa pessoa porque ela vai ser sua companheira no caminho para o céu. Essa é a finalidade da castidade. Pergunte para uma pessoa que é casada há anos, às vezes o casamento se sustenta só por Deus.

Meu irmão, todo homem um dia vai ter que perdoar o corpo da sua mulher. O tempo passa e você vai envelhecer, minha filha. Você vai morrer. E se você quiser conquistar seu namorado com seu corpo, isso vai durar pouco tempo e só vai gerar insegurança. Esconda seu corpo e deixe ele ver a sua alma.

Se seu namorado for apaixonado pelas suas virtudes, ele não troca você por ninguém. Mesmo quando você tiver velha e despencada, ele não vai trocar você por nenhuma bonitona. Porque ele sabe que o corpo passa, mas o seu coração é um tesouro escondido, uma pedra preciosa. O mesmo com os homens, às vezes ele quer mostrar que é o cara. Ame sua namorada e mostre para ela as suas virtudes e leve-a para o céu.

A castidade é um bem precioso e só vale a pena por amor a Deus, porque Ele tem um céu muito bonito esperando por nós. Só vale você fazer esse sacrifício de esperar com seu corpo porque Jesus veio em corpo, se encarnou e se sacrificou por nós, se entregou por você, ele amou você. Esse amor é o mais perfeito, é infinito, e nenhum amor humano é capaz de chegar aos pés desse amor.

Deus quis transformar o amor do homem e da mulher em sacramento para que você se lembre do amor Dele o tempo todo. Quando você tiver unida ao seu esposo num ato conjugal, abertos à vida, no meio da ação sexual, faça uma oração no segredo do seu coração e diga: meu Deus, se é tão bonito estar unida a ele aqui na terra, como será bom estar unida a Vós no céu! Isso é o sacramento do matrimônio, uma seta para o céu, é algo visível que nos aponta para algo invisível.

É por isso que o amor a Deus é que dá a forma, o brilho, a finalidade da nossa castidade. Sem esse amor, a castidade não passa de boas maneiras. A castidade e a amizade com Deus. Se não houver amizade com Deus, você não será casto. Se você quer se casar, não é suficiente que tenha dois, mas 3 nessa relação: você, seu cônjuge e Jesus. Sem essa 3a pessoa, todo o esforço que você faz para viver a castidade, para ser puro, tudo é exterioridade.

O homem foi feito para louvar a Deus, agradar a Deus. As coisas que nos fazem nos aproximar de Deus, nos aproximemos delas. Aquelas que nos afastam, afastemo-nos delas. Nós, no céu, brilharemos na glória de Deus pelo amor que tivemos a Ele aqui na Terra. Ame sem limites, porque Ele nos amou sem limites! E que alegria que Ele nos ama assim!



Padre Paulo Ricardo

Sacerdote da Arquidiocese de Cuiabá – MT

Título Original: A castidade e a amizade com Deus


Site: Eventos Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 16 de janeiro de 2016

Canal no YouTube é criado por sacerdote para explicar o Ano da Misericórdia



GaudiumPress

A Igreja no Mundo vivencia Neste ano o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, convocado cabelo Papa Francisco nenhum dia Último 8 de dezembro. Neste Período, Diversas comunidades promovem Ações e Atividades Que possam Estimular OS Fiéis a refletir a Fé é Assim, Descobrir a profundidade da Misericórdia de Deus.

Como forma de instruir OS Fiéis Neste ritmo meditativo, o Missionário da Misericórdia do Pará a Arquidiocese de Fortaleza, Padre Rafhael Maciel, Teve uma ideia de gravar Uma série de Vídeos Para uma internet Falando a Respeito do Jubileu da Misericórdia.

O material de cabelo Produzido sacerdote VEM Sendo veiculado nenhum canal Recém-Criado nenhuma YouTube, intitulado "Jubileu 16" Chamada, Compilando Uma web-série "Vídeo da Misericórdia".

Logo em Seu Primeiro vídeo, o Padre Rafhael Conta o Que É o Jubileu, Além de Fazer hum Convite AOS internautas a viver Esse ritmo de Conversão com profundidade.

O sacerdote also Explica Que OS Fiéis PODEM Tirar SUAS Dúvidas Sobre o jubileu Escrevendo uma pergunta nenhuma Facebook Ou Twitter usando a hastag "# Jubileu16".

Vale ressaltar that were OS & vídeos gravados no Seminário Propedêutico da Arquidiocese de Fortaleza, com o Propósito de esclarecer como PESSOAS Sobre SUAS Dúvidas, Assim Como apresentar este Período de graça.

Os vídeos PODEM SER repassados ​​em reuniões de grupos, pastorais e Pelas redes sociais. (LMI)

Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte.

Título Original: Sacerdote cria canal no YouTube Para explicar o Ano da Misericórdia


Site: GaudiumPress
Editado por Henrique Guilhon

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Quem quer paz no mundo, ora pela conversão dos que praticam violência



Luzia Santiago
Quem quer paz no mundo, ora pela conversão dos que praticam violência

O Papa Francisco lançou um apelo pelas vítimas do atentado kamikaze em Istambul, que fez 10 vítimas mortais, na sua maioria alemãs. O ataque foi reivindicado pelo auto proclamado ‘Estado Islâmico’.

O Papa Francisco convida-nos a rezar pelas vítimas do acontecido.

Foto: Arquivo CN

“Que o Senhor, o Misericordioso, dê paz eterna aos defuntos, conforto aos familiares, firmeza solidária à inteira sociedade e converta os corações dos violentos”.

O Papa insiste pelas nossas orações; inclusive, este mês ele já pediu intercessão: “para que o diálogo entre homens e mulheres de diversas religiões produza frutos de paz e justiça. Confio na tua oração!”

Clamemos como o Salmista:

“Libertai-nos, Senhor, pela vossa compaixão!
De nós fizestes o escárnio dos vizinhos, zombaria e gozação dos que nos cercam; para os pagãos somos motivo de anedotas, zombam de nós a sacudir sua cabeça” (Sl 43).
Vinde logo socorrer-nos!

Pai-Nosso que estais nos céus, santificado seja vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.

Amém!

Título Original: Rezemos pelas vítimas da violência no mundo


Foto: Web

Site: Luzia Santiago
Editado por Henrique Guilhon

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Afinal, a Bíblia fala ou não de religião? Sim, fala! E elogia a boa religião!



Afinal, a Bíblia fala ou não de religião? Sim, fala, entre outras passagens: Em Atos 26,25 ela diz: "Sabem eles, desde longa data, e se quiserem poderão testemunhá-lo, que vivi segundo a seita mais rigorosa da nossa religião, isto é, como fariseu."; Em Tiago, 1, 26-27 ela diz: "Se alguém pensa ser piedoso, mas não refreia a sua língua e engana o seu coração, então é vã a sua religião. A religião pura e sem mácula aos olhos de Deus e nosso Pai é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições, e conservar-se puro da corrupção deste mundo." Ora, a nova onda protestante é dizer que a Igreja católica não passa de uma religião e que Deus nunca criou uma religião; pior ainda, muitos afirmarem que "a Bíblia não fala em religião", puro espelho de ignorância. O que ocorre é que, não tendo o que rebaterem num amplo estudo sobre a veracidade da Igreja católica ser edificada por Jesus, sobre a pessoa de S. Pedro ( "...Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja "... (Mt 16,18) ) partem para as invenções mais absurdas, alienadas e delirantes, e por quê não dizer, "satânicas"! São escapatórias que só atingem os despreparados, que não se importam em aprenderem verdadeiramente sobre a Igreja. No texto a seguir, Henrique Sebastião, no site O FIEL CATÓLICO responde a um questionamento destes que se deixam iludir pelos falsos profetas atuais. Deixemos que ele expanda mais o assunto sobre a palavra RELIGIÃO.

Henrique Guilhon 

citada: Bíblia Católica Online
O Fiel Católico

UM LEITOR que se identifica como "Volnei" enviou-nos a seguinte mensagem:

"Mais uma vez [vejo neste site] as intriguinhas religiosas, que me enojam cada vez mais... Deus não tem religião. Deus não criou nenhuma religião. E a prova de que a religião não salva ninguém é Jesus Cristo, que nasceu no meio de uma família judaica, e e sendo judeu, por tradição familiar, Jesus nos ensinou que o caminho da salvação está nele. O problema de católicos, protestantes, espíritas, etc, é que colocam a religião acima de Deus. Fé cega faca amolada. Ficam uns falando mal dos outros, e todos estão errados. Os católicos acham que a igreja foi fundada pelos católicos, mas se estudassem um pouco de história, descobririam que ela na verdade foi fundada pelo imperador romano Constantino, que queria apenas o poder, já que não conseguiu destruir os seguidores de Cristo, "juntou-se" a eles, com o único objetivo de ganhar poder.

Com relação à adoração de imagens, a Bíblia é bem clara com relação a isso, e mostra que Deus não admite adoração às imagens. E outra, que sentido teria Deus enviar seu filho ao mundo para morrer? Os católicos não acreditam que Jesus tem poder suficiente para nos ajudar? Por que pedir a Santos, se eu posso pedir a Jesus? Ele mesmo disse que tudo que pedires em meu nome eu atenderei! Essa adoração à Maria tb, não consigo entender, não há na Bíblia uma razão sequer para endeusá-la, pois é assim que ela é tratada pelos católicos, como uma Deusa, e pior ainda, mãe de Deus. Como ela pode ser mãe de Deus se foi Deus quem a criou? Só existe um caminho, cuja porta é estreita, e esse caminho é Jesus Cristo. Pertencer a essa ou aquela religião, não vai te salvar.

A religião causa desavenças, guerras, confusão... Quantas mortes, guerras, foram causadas pela igreja católica, quantos índios foram mortos,quantas crianças estupradas, quantos escravos foram feitos em nome da "igreja". Quantas pessoas são roubadas todos os dias por pastores, padres e falsos lideres religiosos? E ainda tem gente que defende essas igrejas a ponto de brigar com o próximo, ignorando o mandamento maior: O Amor! A religião é o mal do mundo! A religião é uma tentativa criada pelo homem de se chegar até Deus. Aqueles que adoram a religião, poem Deus em segundo plano e ficam cegas! Jesus é o caminho, a religião é um falso atalho!"

Nossa resposta – Prezado Volnei, pelo conteúdo do seu comentário, fica claro que você não possui o necessário conhecimento a respeito dos assuntos sobre os quais pretende opinar. E preciso dizer que, neste caso, o mais triste não é ignorar a verdade; mais triste é não saber e ainda achar que sabe, que é "doutor" abalizado para criticar e impor suas visões distorcidas como se fossem definitivas, insofismáveis, de aceitação obrigatória. Assim não se aprende nada de novo. Quem acredita que já sabe tudo o que há para se saber sobre determinado assunto está fechado nas próprias convicções; tapa os ouvidos para tudo o que soa diferente de suas "certezas" e deixa escapar o mais importante: a verdade.

Em primeiro lugar, este site não serve, absolutamente, às “intriguinhas religiosas”, como você diz, de qualquer espécie. Tratamos aqui, primordialmente, de catequese, procurando evitar a ofensa, a agressão e o desrespeito, tanto nas perguntas que nos são feitas (são muitas as que não publicamos, infelizmente, justamente por não se enquadrarem neste viés) e nem nas respostas dadas, – embora sejamos forçados a reconhecer que a religião seja um tema sempre delicado, já que envolve convicções profundas e acalentadas com zelo por cada indivíduo. Não é fácil contrariar aquilo que uma pessoa tem como sagrado.

E então você vem com aquele discurso velho e surrado, tão medíocre quanto falso, que todo alienado teológico defende: “Deus não tem religião, Deus não criou religião”... Bem, o mínimo que você terá que fazer, pelo bem da verdade, é admitir que essa afirmação depende direta e completamente do seu ponto de vista, e que é, no mínimo, controversa. "Deus não criou religião" na opinião de quem? Baseado em quê, exatamente, você o afirma com tanta convicção? Na sua própria sensibilidade? Será que você se vê como o famoso "dono da verdade"?

Entenda bem, Volnei: antes de qualquer coisa, para saber se Deus criou religião ou não, – se religião é importante ou não, se religião salva ou não... – precisamos estabelecer o ponto fundamental dessa afirmação, que é definir o que éreligião, afinal. Como é que eu posso estabelecer qualquer afirmação a respeito de uma determinada coisa, sem compreender muito bem o que essa coisa é, antes de tudo? Para emitir opinião sobre determinado assunto, preciso conhecê-lo minimamente, isto é o mais óbvio dos óbvios! Sem isso, eu não estarei emitindo opinião, mas simplesmente impondo meu “achismo” como verdade absoluta, – e proclamando a minha ignorância ao mundo.

Ponto de partida: o significado da palavra

Isso posto, para começarmos a compreender a questão, comecemos pelo começo: o que é religião? E aqui não interessa saber o que eu acho, nem o que você acha. Precisamos encontrar a definição culta e precisa da palavra, livre do que sugerem as imaginações particulares. Façamos então o mais simples e certo: consultemos o léxico. Nem o que você pensa nem o que eu suponho, mas sim o que este vocábulo realmente quer dizer em nosso idioma. Pois bem; no Michaelis, constam as seguintes definições para "religião": "Serviço ou culto a Deus; sentimento consciente de dependência ou submissão que liga a criatura humana ao Criador; culto externo ou interno prestado à divindade; Fé; Prática dos preceitos divinos ou revelados".

Ao reproduzir acima o texto do dicionário, quis destacar em negrito as assertivas mais importantes. Acabei por notar, porém, que a definição inteira é vital! Cada sinônimo dado à palavra ajuda sobremaneira a esclarecê-la, e torna bem clara a sua compreensão. Em nosso idioma, religião simplesmente é:

• O culto a Deus, seja externo (que se presta por meio dos nossos atos, das posturas que adotamos perante a vida, das nossas obras de caridade) ou interno (em nossa fé mais profunda, nossa espiritualidade, nossa devoção e santo amor a Deus e ao nosso próximo);

• O sentimento de dependência que nos liga ao Criador; em outras palavras, é reconhecer nossa pequenez, humildade e insuficiência diante da infinitude, supremacia e onipotência divinas, – o que significa, simplesmente, adoração;

• A fé. – Note-se bem que, na língua culta, fé e religião são sinônimos. Ter fé é ter religião, e quem não tem religião não tem fé. Mesmo que não se integre uma instituição religiosa ou se adote determinada doutrina formal, professar a fé em Deus já é uma forma de confissão religiosa;

• A prática dos preceitos divinos ou revelados. Em outras palavras: quem pratica a Vontade de Deus pratica a verdadeira religião.

Mais simples e mais certo do que isto, impossível. A confusão só pode partir de quem não procura realmente conhecer a verdade, ou de alguém que antepõe outros interesses pessoais ao desejo sincero de saber o que é verdadeiro e o que não é. O fato é que, se estamos falando de cristianismo, sim, Deus criou religião, e a verdadeira religião é fundamental para que nos aproximemos dEle.

A origem da palavra

O vocábulo "religião", no sentido original, deriva do latimreligio, religionis, que quer dizer “culto, prática religiosa, cerimônia, lei divina, santidade”. Existe alguma controvérsia quanto à etimologia da palavra, no sentido de se definir de qual verbo esse substantivo seria a forma nominal: se de religare ou de religere, – mas essa definição não é tão importante, já que os significados de um e de outro são muito próximos, e o sentido que para nós interessa permanece o mesmo.

Religare significa “religação": quer dizer "religar, reatar, ligar bem e justamente”1. A tese de que a palava deriva do religare vem desde Lactâncio (séc III/IV dC). No caso que ora estudamos, religare quer dizer religar ao Divino, a Deus. – O ser humano, por seu egoísmo, ignorância, fraquezas, apegos e desejos desordenados (pecado) encontra-se separado, desligado de seu Criador. Religião, assim, é o ato ou a prática de se retomar essa ligação perdida, sendo que, no contexto do cristianismo, Jesus veio nos trazer exatamente isto.

Na outra versão, a forma derivaria de relegere, que quer dizer “retornar, reler, rever, reaver, revisitar, retomar o que estava largado ou perdido”1. O filósofo Cícero (De Natura Deorum, de 45 aC), defendeu esta etimologia. Nesse caso, para os cristãos, religião se referiria ao ato de reler sempre a Palavra ou Verbo de Deus, ou, mais profundamente, de retornar incessantemente ao Caminho, que para nós, cristãos, é Cristo; ou, ainda, retomar nossa ligação (novamente) original com Deus. Religião, assim, é retomar a dimensão espiritual da vida, da qual as preocupações e cuidados mundanos tendem a nos afastar. 

Agora, tendo compreendido bem do que exatamente estamos falando, retomamos o raciocínio de Volnei, que assim poderemos perceber, com toda a clareza, é absolutamente desprovido de sentido:

“E a prova de que a religião não salva ninguém é Jesus Cristo, que nasceu no meio de uma família judaica, e e sendo judeu, por tradição familiar, Jesus nos ensinou que o caminho da salvação está nele. O problema de católicos, protestantes, espíritas, etc, é que colocam a religião acima de Deus.”

Depois de entender o que significa religião, ao lermos a afirmação acima notamos como carece de qualquer razão: se Jesus ensinou que o Caminho da salvação está nEle, então nós precisamos ouvir o que Ele diz, seguir o que Ele ensinou, observar o seu exemplo. E fazer isso é, exatamente, praticar a religião. Então, essa separação entre Jesus e religião simplesmente não é possível. Vemos que a confusão se dá no fato de o leitor atribuir ao vocábulo "religião" um significado equivocado.

Vou dar alguns exemplos para ajudar a clarear ainda mais a questão: Jesus mandou a Igreja batizar aqueles que cressem e aderissem ao Evangelho. Celebrou e mandou celebrar a Eucaristia em sua memória. Mandou observar uma série de regras morais. Edificou sua Igreja sobre o Apóstolo Pedro, e conferiu aos seus Apóstolos a missão de conduzir esta mesma Igreja, dando-lhes autoridade para tanto. Mandou que confessássemos os nossos pecados, e decretou que os pecados que seus Apóstolos (e seus sucessores, evidentemente) não perdoassem, não seriam perdoados por Deus Pai. Pois bem, são exatamente estas e outras coisas semelhantes que a Igreja faz e ensina a fazer, obedecendo ao que ensinou Jesus Cristo. A todo este conjunto de coisas é que chamamos religião.

"se estudassem um pouco de história, descobririam que ela na verdade foi fundada pelo imperador romano Constantino, que queria apenas o poder, já que não conseguiu destruir os seguidores de Cristo, "juntou-se" a eles, com o único objetivo de ganhar poder..."

Então quer dizer, Volnei, que a História diz que Constantino inventou a Igreja?! Bem, aqui você caiu no meu conceito, e caiu muito. Para ser honesto, você despencou num poço profundo, de ignorância e preconceito da pior espécie. Saia dessa! Que história seria essa, que você nos recomenda estudar? No grupo que constitui o apostolado responsável por este site, somos todos graduados, seja em Letras, História, Filosofia ou Teologia. – Não o dizemos com arrogância, mas apenas para deixar claro que não estamos aqui jogando palavras ao vento ou nos aventurando a falar daquilo que desconhecemos. – Mas parece que a sua fonte foi algum gibi ou algum livreto de histórias da carochinha. Ou então (bem mais provável) você ouviu essa tolice da boca de algum ignorante completo e acreditou, sem se importar em checar se havia a possibilidade de se tratar de um tremendo e colossal disparate. Então, por favor, já que você nos recomenda o estudo da História, queremos saber qual a sua fonte. Esperamos ansiosos.

O que a História mostra, de fato, é que Constantino revogou a proibição do culto cristão no Império romano, através do Édito de Milão. Aliás, no tempo de Constantino, o Papa era Melcíades, 32º Sumo Pontífice da Igreja depois de Pedro, e estes são dados históricos mais do que comprovados. Assim, não há como se afirmar que Constantino seja o fundador da Igreja, já que ele apenas deu liberdade aos cristãos, – que obviamente já existiam desde o ano I da Era Cristã, – acabando com mais de dois séculos e meio de perseguição e martírios. Trata-se de uma questão extremamente simples, fácil de compreender e impossível de se negar. É preciso um altíssimo grau de alienação da realidade para aceitar a ideia de que tenha sido um imperador romano o fundador da Igreja, a partir do século IV! Nenhuma igreja protestante histórica (mais antigas) adota esse tipo de teoria da conspiração maluca para renegar a autoridade da Igreja Católica, pois tanto seus pastores quanto seus adeptos são pessoas de melhor formação. Se quiser entender melhor essa questão, por favor, leia aqui, pois nós já esclarecemos este assunto, em detalhes.

Aliás, Volnei, você mesmo se contradiz, afirmando que Constantino, não conseguindo vencer os cristãos, juntou-se a eles. Ora, mas não foi ele quem inventou a Igreja? Se ele se juntou à Igreja para ganhar poder, como você diz, então você admite que a Igreja já existia antes dele (?!).

Imagens na Igreja, mais uma vez...

Com relação à adoração de imagens, a Bíblia é bem clara com relação a isso, e mostra que Deus não admite adoração às imagens...
E aí vem você, depois de uma centena de ditos “evangélicos”, gritar mais uma vez que nós, católicos, "adoramos" imagens, e que imagem na Igreja é sinônimo de idolatria... Bem, nós já respondemos a essas acusações uma centena de vezes, também. Mas a paciência é uma grande virtude, na qual, eu confesso, sou falho. Logo, tentarei exercitá-la. Aí vamos nós...

Para você, "a Bíblia é clara em proibir as imagens"? Mas você disse que não tem religião! Ora ora, se você crê na Bíblia, então você tem religião, sim senhor. E pelo teor da sua fala, pelas suas acusações, premissas básicas e expressões, a sua religião é a religião do livro, aquela que ensina que Deus se resume à interpretação do livro. Você é, como já está mais do que claro, mais um "evangélico" preconceituoso, que memorizou meia dúzia de passagens das Sagradas Escrituras e se acha no direito de caluniar a Igreja Católica, – a mesma Igreja que produziu e canonizou, sob a inspiração do Espírito Santo, a Bíblia que carrega debaixo do braço.

Mas você anda lendo bem a Bíblia? Lê com boa vontade, com o desejo sincero de encontrar a Verdade? Ou você diz "amém" para tudo que o "pastô" diz? A minha Bíblia diz que Deus mesmo ordena a confecção de imagens, em diversas situações: manda esculpir e colocar querubins sobre a Arca da Aliança, o objeto mais sagrado do Antigo Testamento. Manda Moisés esculpir uma serpente de bronze, através da qual opera a cura no povo. Manda Salomão construir seu Templo repleto de imagens, com esculturas de anjos, de bois, de leões, de querubins de duas cabeças, de seres alados, etc, etc... E veja bem, são imagens de uso cultual, relacionadas diretamente ao culto divino. Está tudo na Bíblia! 

Então, vou explicar de novo: idolatria não é usar imagem no culto; isso sempre aconteceu, desde o tempo de Moisés: o problema estava nas imagens dos ídolos, as imagens dos deuses pagãos. Idolatria seria adorar uma imagem como se fosse Deus ou um deus. Isso é tão óbvio! Você acha mesmo que nós, católicos, somos tão ignorantes a ponto de achar que imagens de gesso são deuses? Sabe, eu não acredito que você realmente pense isso. Acho que você só teve uma formação equivocada. Acho que você teve a cabeça feita por algum falso profeta que chamam de "pastor", e perdeu a capacidade de pensar por si mesmo. Se você tiver humildade suficiente para aprender coisas novas, leia aquio que já publicamos sobre esse tema tão manjado. Se quiser aprofundar, há ainda mais aqui.

Contestações "evangélicas": as mesmas de sempre

Quanto ao resto de sua mensagem, perdoe-me, mas é o mesmo blablabla de sempre: pedir aos santos, "adorar" Maria... 

Para nós, católicos, os santos são nossos irmãos do Céu, como diz a Bíblia: “Aqui (no Céu) está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os Mandamentos de Deus e a Fé em Jesus” (Ap 14, 12), e a Igreja Católica nunca, jamais ensinou ninguém a "adorar" Maria ou qualquer dos santos. Se você me mostrar onde o Catecismo católico ou qualquer documento de qualquer Papa diz que devemos adorar Maria ou outro santo, eu lhe dou razão.

Você tem razão: não há motivo para "endeusar" a Virgem Maria, – pois cremos em um só Deus em Três Pessoas, – mas há motivos de sobra para honrá-la, amá-la e venerá-la: ela e somente ela abrigou Deus em seu ventre por nove meses, deu-lhe à luz, protegeu-o quando Ele se fez, por amor a cada um de nós, um bebê indefeso. O Sangue salvador que fluiu no Corpo do Cristo, e que foi derramado na cruz, é o mesmo Sangue que corria nas veias de Maria. Sim, porque Deus se fez homem por meio de Maria, foi de sua natureza humana que o Senhor fez seu próprio Corpo. Você já pensou nisso? 

Você diz ainda que Maria não pode ser mãe de Deus, e eu lhe pergunto: Jesus é Deus? E quem é a mãe de Jesus? Está difícil demais acompanhar este raciocínio elementar?

Além de tudo, meu pobre Volnei, – cúmulo dos cúmulos, – me parece que você se vê como mais "sábio" do que o próprio Espírito Santo! Por quê? Bem, você diz que não podemos chamar Maria mãe de Deus, mas o Santo Espírito, que é DEUS, assim proclamou Maria, por meio de Isabel, como vemos no Evangelho segundo S. Lucas (1, 39-45): “Como posso merecer que a mãe do meu Senhorvenha me visitar?"... – Sim, a Escritura afirma objetivamente que Isabel deu a Maria esse título por estar cheia do Espírito Santo (Lc 1, 41).

Por fim, sobre essa pequena coletânea de sofismas que você postou ao final do seu comentário, sobre a Igreja ter sido uma grande vilã da História, só posso lhe deixar uma dica de ouro: estude, estude e estude, e estude com interesse isento, imparcialmente. Não queira comprovar esta ou aquela opinião, mas busque antes e acima de tudo a verdade. Ao final deste post, deixo uma pequena lista de bons livros sobre o assunto, de bons autores, isentos, respeitados. São obras acadêmicas e outras de leitura mais fácil, mas todas para quem quer realmente aprender, e não se deixar afundar no poço sem fundo do preconceito e da alienação. 

Para adiantar outros possíveis (e previsíveis) futuros questionamentos seus, deixo aqui uma lista com as principais contestações "evangélicas" já respondidas neste site, assim fica mais fácil.

Finalizando, observo mais uma vez que é muito engraçado que você, que critica a religião, venha defender ferrenhamente uma religião específica, a religião do livro, a religião dos "evangélicos". Todas as afirmações que você fez, como já disse, evidentemente saíram da boca de algum "pastor" e se instalaram na sua mente, travestidas de verdades absolutas! Você comprou a religião do "pastor", e pior: ainda acha que não tem religião...

Deus os abençoe e lhes conceda discernimento, é o que peço em minhas orações.

Henrique Sebastião
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1. BIANCHI, Ugo. The Notion of "Religion" in Comparative Research. Roma: L'erma di Bretschneider, 1994, p. 63-73.

_________Bibliografia recomendada:





• WOODS Jr. Thomas E. Como a Igreja Católica Construiu a Civilização Ocidental, São Paulo: Quadrante, 2008.

• CAMMILIERI, Rino. La Vera Storia dell´Inquisizione, Piemme: Casale Monferrato, 2001.

• AYLLÓN, Fernando. El Tribunal de la Inquisición; De la leyenda a la historia. Lima, Fondo Editorial Del Congreso Del Perú, 1997.

• WALSH, William T. Personajes de la Inquisición. Madrid, Espasa-Calpe, S. A., 1963.

• FALBEL, Nachman. Heresias Medievais. São Paulo: Perspectiva S. A., 1977.

• Revista História Viva nº 32, especial Grandes Temas / "A Redescoberta da Idade Média", São Paulo: Duetto março/2011, p. 52.

Título Original: Jesus e a Religião


Foto: Web

Site: O Fiel Católico
Editado por Henrique Guilhon