A Igreja é a coluna (mestra) e sustentáculo (preservadora) da verdade – 1º Tim 3,15

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É importante falar de Deus, das coisas de Deus, sem tirar os pés do mundo, pois estamos nele, embora que não sejamos dele. O Viver em Deus, fala de Deus, dos fatos da Igreja, do meio cristão católico. O Viver em Deus não é fechado em si mesmo, portanto faz também a apresentação de obras de outros sites católicos, o que, aqui, mais se evidencia, no intuito da divulgação e conhecimento dos mesmos. UM BLOG A SERVIÇO DA IGREJA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Sejam todos bem - vindos!

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Quando neste blog é falado, apresentado algo em defesa da Igreja, contra o protestantismo, é feito com um fundo de tristeza ao ver que existem "cristãos" que se levantam contra a única Igreja edificada pelo Senhor Jesus no mundo. Bom seria se isto não existisse, a grande divisão cristã. Mas os filhos da Igreja têm que defendê-la.

Saibam, irmãos(ãs), que o protestantismo, tendo que se sustentar, se manter, se justificar, terá que ser sempre contra a Igreja católica (do contrário não teria mais razão de sê-lo) ainda que seja pela farsa, forjar documentos, aumentar e destorcer fatos (os que são os mais difíceis para se comprovar o contrário pelos cientistas católicos, pois trata-se de algo real, mas modificado, alterado para proveito próprio.) E tentarão sempre atingir a Igreja na sua base: mentiras contra o primado de São Pedro, contra o Papa e sua autoridade, contra o Vaticano, contra a sua legitimidade, e outros tantos absurdos. São, graças a Deus, muitos sites católicos que derrubam (refutam) estas mentiras, provando o seu contrário, bastando portanto se fazer uma pesquisa séria, por exemplo, com o tema: cai a farsa protestante, refutando o protestantismo, etc. O Espírito Santo jamais abandona sua Igreja. Que saibamos, por este Espírito, amar aos protestantes que não participam destas ações malignas, e aos que se incumbem destas ações, os inimigos da Igreja, que saibamos, ainda que não consigamos amá-los o bastante, ao menos respeitá-los em sua situação crítica perante Jesus e desejar a eles a conversão e a Salvação de Nosso Senhor Jesus. "Se soubéssemos verdadeiramente o que é o inferno, não o desejaríamos ao pior inimigo".

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Notas Importantes

*O marcador “IDOLATRIA”, na seção TEMAS, abaixo, à esquerda, assim está exposto com a função de desmentir as acusações de idólatras aos católicos, outras vezes também denunciando que estes próprios acusadores cometem a idolatria ao dinheiro, entre outras.

*Os anúncios que aparecem neste blog podem porventura não serem compatíveis com a doutrina católica, por escaparem da filtragem do sistema. Aconselha-se a quem se incomodar com estes anúncios, atualizar a página do blog até que eles sejam modificados.

*Ao usar o telemóvel escolha a opção “visualizar versão para a web”, localizada abaixo da opção “página inicial” , para que sejam utilizados todos os recursos apresentados na página como vista no computador.

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Tradutor

domingo, 31 de julho de 2016

Desmentindo o significado de Pedro como "pedrinha" na Bíblia

Web



Cai a Farsa


A MENTIRA

O protestantismo diz: 

1) “E também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16.18). “Tu és Pedro” (“petros”, palavra grega designativa de pequenos blocos rochosos, fragmentos de rocha, pedras pequenas, pedras de arremesso). “Sobre esta pedra (“petra”, rocha grande e firme). Logo, a Igreja seria firmada sobre a Rocha. Jesus é a “petra”, a Rocha sobre a qual Sua Igreja está edificada (Daniel 2.34; Efésios 2.20; Atos 4.11; Romanos 9.33; 1 Coríntios 10.4; 1 Pedro 2.4). Se a Igreja é o corpo de Cristo, Pedro não poderia ser o cabeça da Igreja. A cabeça desse corpo é o Senhor Jesus (Efésios 1.22-23; Colossenses 1.18).

ONDE SE ENCONTRA A MENTIRA


A VERDADE:

A tempestade de argumentos é uma técnica muito usual em um proceder proseletista ou quando se tem receio de que a resposta a uma questão possa tornar uma tese inválida. Assim, sobrecarrega-se o número de questões de forma que quem responda possa cometer algum equívoco ou esquecer de algum ponto, não concedendo a devida atenção a algum detalhe crucial que possa comprometer a dissertação.

Sendo assim, concentrar-me-ei na primeira questão, aquela de Petros e Petra. A argumentação protestante clássica é a diferença de sentido existente entre o nome próprio Petros e o substantivo petra. Parece até um “auto-reply”, uma resposta automática, repetida seguidamente.

Descendo ao âmago da questão, diz-se que “Petros” significa “pequena pedra” e “petra” quer dizer rocha. Podemos refutar isso de diversas maneiras. Uma delas é dar o próprio veredicto de falsidade ao argumento, posto que petra e petros no “grego koiné”, ou seja, o grego comum falado na época (primeiro século) eram sinônimos. O termo mais próprio para “pequena pedra” na época de Cristo seria “lithos”, que é usado na passagem em que Jesus é tentado a transformar as “pedras” em pão.


Secundariamente, admitindo-se que a afirmativa seja verdadeira, podemos ainda remontar ao aramaico. Sim, ao aramaico, pois como um bom estudioso do assunto deve saber, o evangelho de São Mateus tem a singularidade de ter sido escrito em aramaico. Além disso, a língua falada pelos judeus ao redor de Jesus (e pelo próprio) era o aramaico. Nesse caso, o sentido é claro e só há uma palavra. Kepha e kepha. Sabemos disso também porque São Paulo usa o termo adaptado ao grego “Cefas”.

Tu és Pedro II & Questões Robóticas – 2/3

E uma outra forma é a incoerência do texto ao analisarmos cuidadosamente a passagem atribuindo o sentido protestante. Adaptando-se, ficaria mais ou menos assim: “Bem aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne ou o sangue que revelaram isso a ti, mas o meu Pai, que está nos céus. Por isso eu te digo, Tu és uma “pequena Pedra”, mas sobre a grande rocha que sou eu edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra Ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus e tudo o que ligares o será e vice-versa”. Vamos lá, queridos. Façamos uma reflexão sobre a coesão de tal trecho. Simão é bem-aventurado. Por isso, Jesus edifica a Igreja sobre Si mesmo e dá as chaves a Pedro, que é Simão com o nome já alterado (sem qualquer razão muito plausível).


Por fim, a questão é óbvia. Todo ser humano é capaz de entender o texto usando de sua inteligência, sem “forçar” a interpretação, sem insultar a sabedoria humana que Deus nos deu.

Acredito que esteja claro que o Primado foi conferido pelo próprio Jesus a Pedro.

Quanto ao restante das questões, quando a Igreja proclama um dogma não faz alteração da Doutrina. Na verdade, Ela reconhece o que sempre existiu, mas que se compreendeu mais tardiamente.

Não precisamos que algo esteja na bíblia para que este algo seja validado ou não. Convém que não se esqueça de que a Bíblia é filha da Igreja, e não sua mãe, posto que foi a própria Igreja quem definiu seu cânon (até onde eu e os exegetas sabemos, não há desde a primeira página de Gênesis até a última de Apocalipse nenhuma definição de cânon bíblico). A Bíblia é sagrada porque a Igreja a declarou assim e a canonizou desta forma. E de fato, as milhares de denominações protestantes são criações de homens. Desde Lutero, Zwinglio, Calvino e afins, elas não param de se proliferar, sobre os nomes mais absurdos. Tem um tópico aqui, se não me engano, com os nomes bem criativos destas seitas.

O ‘nome’ “católico Apostólico Romano” não é um nome, é uma definição. Somos católicos porque nossa Igreja é universal (o primeiro uso desta definição foi dado no início do séc. II por Santo Inácio de Antioquia, se não me engano), ou seja, estende a salvação para todos por Cristo. É Apostólica porque sua liderança descende de forma direta dos apostólicos, de modo contínuo, ininterrupto. E diz-se romana, porque sua sede encontra-se em Roma, onde o Apostolo São Pedro, tendo sido bispo daquela Igreja, foi o primeiro chefe. Quanto à acusação à igreja de Roma, é um belo absurdo!

O Texto de Mateus é claro como a mais branca neve. Jesus fala diretamente a Pedro.. “tu és Pedro” , “eu te darei as chaves do Reino dos Céus”, “tudo que ligares”, “tudo que desligares”. De fato, não atribuir a Pedro o título de “pedra” é tornar turva a interpretação real deste texto. Isso sem contar que em Aramaico, língua que Jesus falava, o nome Pedro simplesmente não existe! Pedro era chamado de “pedra”. Em outras palavras, em Aramaico Pedro=Pedra, e o nome correspondente em aramaico é “Kepha” (no filme ‘A Paixão de Cristo’ se pode ver que é assim mesmo que Jesus e os outros chamam Pedro). Somente no grego esta diferença entre Pedro e Pedra passou a existir, e no Latim, e assim por diante.

Um fato interessante, é que esta igualdade entre Pedro e Pedra se manteve em francês, de modo que Pedro=pedra=Pierre. De fato, Cristo é a cabeça da Igreja, porém todos sabem quem tem a autoridade máxima conferida por ele aqui na terra (Jo 21,17).

OUTRA FONTE


1. A Igreja

Da pág. 11 à pág. 24, H. Jeter trata da Igreja. Eis algumas de suas afirmações:

Ao referir-se a Mt 16,13-18, Jeter escreve:

“Existe uma diferença entre petros (Pedro) e petra. Petros significa ‘um pedaço maciço de pedra’. Parece que o Senhor estava usando um jogo de palavras e dizia o seguinte: ‘Pedro, tu és uma pequena pedra, mas sobre esta pedra maciça eu construirei a minha Igreja'” (pág. 13).

A propósito, o autor parece esquecer que Jesus não falou em grego, mas em aramaico. Se em grego o trocadilho é falho, em aramaico ele é exato, pois versa sobre Kepha…Kepha. Jesus mudou o nome de Simão para Kepha em Jo 1,42, preparando assim, desde a vocação de Pedro, a promessa de primado que lhe faria em Mt 16,18.

O autor H. Jeter nos diz que o Novo Testamento só conhece um fundamento da Igreja: o Cristo Jesus, mencionado em 1Cor 3,11. Observemos contudo que o Senhor que disse ser a luz do mundo (cf. Jo 8,12; 9,15; 12,46), atribui o mesmo título aos seus discípulos (cf. Mt 5,14): por meio de Pedro, e mais fundo que Pedro, Cristo fica sendo a Rocha, o fundamento invisível da Igreja. É esse mesmo Jesus que “possui a chave de Davi, que abre de modo que ninguém fecha, que fecha de sorte que ninguém abre” (Ap 3,7). Em Cristo e em Pedro, portanto, residem análogos poderes (designados pelas mesmas metáforas); é de Cristo que eles dimanam para o Apóstolo, de sorte que este vem a ser o Vigário ou Representante de Jesus na terra.

Mt 16,13-19 é muito claro em favor do primado de Pedro. Jeter o impugna e não cita dois outros textos que corroboram o mesmo primado:

Lc 22,31s: “Simão, Simão, eis que Satanás pediu insistentemente para vos peneirar como trigo; eu, porém, roguei por ti, a fimde que tua fé não desfaleça. Quando te converteres, confirma teus irmãos”.

Jo 21,15-17: “Jesus disse a Simão Pedro: ‘Simão, filho de João, tu me amas mais do que esses?’ Ele respondeu: ‘Sim, Senhor, tu sabes que te amo’. Jesus lhe disse: ‘Apascenta as minhas ovelhas’. Pela segunda vez lhe disse: ‘Simão, filho de João, tu me amas?’ ‘Sim, Senhor’, disse ele, ‘tu sabes que te amo’. Disse-lhe Jesus: ‘Apascenta as minhas ovelhas’. Pela terceira vez disse-lhe: ‘Simão, filho de João, tu me amas?’ Entristeceu-se Pedro porque pela terceira vez lhe perguntara: ‘Tu me amas?’ e lhe disse: ‘Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que te amo’. Jesus lhe disse: ‘Apascenta as minhas ovelhas’.”

O fato de que Pedro e seus sucessores foram fracos do ponto de vista moral indica bem que não é o homem quem rege a Igreja, mas é Cristo mediante os homens que Ele quer escolher e que são meros instrumentos do Senhor. Este governa a Igreja prolongando, de certo modo, o mistério da Encarnação, isto é, utilizando a precariedade humana como canal de graça e salvação.

ALERTA!

Quem ama a Cristo deve amar antes de tudo a verdade… Esta mesma verdade é que liberta… Esta mesma verdade é quem conduz a luz que é Jesus…

Isso mesmo: aquele mesmo Jesus que disse “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”

Amando a verdade, amamos a Cristo e reconhecendo a verdadeira luz e a verdadeira verdade, encontraremos a paz junto a Deus…

Sou em Cristo…

Henrique

“… Quem ama a Cristo deve amar antes de tudo a verdade… ”
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Exatamente isto.

A mentira denunciada neste tópico consiste exatamente em se querer impingir que Cristo falava aos seus em grego.

Cristo disse: “Ego sum via, veritas et vita” (São João 14,6)

“Pois a lei foi dada por Moisés, a graça e a VERDADE vieram por Jesus Cristo” (São João 1,17).

Assim também os verdadeiros seguidores de Cristo, obedientes à COLUNA E SUSTENTÁCULO DA VERDADE que é a Igreja do Deus vivo (I Timóteo 3,15) procuram sempre dizer a VERDADE:

“Mas aquele que pratica a verdade, vem para a luz. Torna-se assim claro que as suas obras são feitas em Deus” (São João 3,21)

Não se adora a Deus com a mentira e nisto está plenamente demonstrado, através deste fórum, que o culto católico é o único que é de seu agrado:

“Deus é espírito, e os seus adoradores devem adorá-lo em espírito e verdade” (São João 4,24).

Os que conheceram a verdade não digo que não mentem, pois, segundo a Bíblia, somente Deus é veraz. Entretanto, nisto há uma diferença enorme entre os filhos da treva e os filhos da luz. Aqueles são escravos e estes, livres:

“… conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (São João 8,32)

Título Original: Pedro é um fragmento da rocha que é Cristo?


Fotos: Web

Site: Cai a Farsa
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 30 de julho de 2016

O Papa à JMJ: “Façamos todos juntos uma oração por estas pessoas que sofrem no mundo hoje”



Zenit

Palavras do Papa da janela frontal do Arcebispado de Cracóvia para saudar os jovens reunidos na praça frontal

Pela terceira noite consecutiva o Papa Francisco assomou à janela frontal do Arcebispado de Cracóvia para saudar os jovens reunidos na praça frontal. O Papa repassou esta sexta-feira, marcada por fortes emoções. Eis a transcrição de suas palavras:

“Hoje foi um dia especial. Um dia de dor. Sexta-feira é o dia em que recordamos a morte de Jesus e com os jovens concluímos o dia com o rito da Via sacra. Rezamos a Via Sacra: a dor e a morte de Jesus por todos. Estivemos unidos a Jesus sofredor. Mas não somente sofredor a dois mil anos, sofredor também hoje. Tanta gente que sofre: os doentes, aqueles que estão em guerra, os sem-teto, os famintos, aqueles que têm dúvidas na vida, que não sentem felicidade, a salvação, que sentem o peso do próprio pecado.

Durante a tarde fui ao Hospital das crianças. Também ali Jesus sofre em tantas crianças doentes. E sempre me vem aquela pergunta: por que as crianças sofrem? É um mistério! Não existem respostas para estas perguntas….

Pela manhã também outra dor: fui a Auschwitz e a Birkenau. Recordar dores de 70 anos atrás: quanta dor, quanta crueldade! Mas é possível que nós, homens criados à semelhança de Deus, sejamos capazes de fazer estas coisas? As coisas foram feitas…. Eu não gostaria de vos deixar amargurados, mas devo dizer a verdade. A crueldade não acabou em Auschwitz, em Birkenau: também hoje. Hoje! Hoje se tortura as pessoas; tantos prisioneiros são torturados, para fazê-los falar….É terrível! Hoje existem homens e mulheres em prisões superlotadas: vivem – perdoem-me – como animais! Hoje existe esta crueldade. Nós dizemos: “Sim, ali, vimos a crueldade de 70 anos atrás. Como morriam fuzilados ou enforcados ou com gás”. Mas hoje, em tantos lugares do mundo, onde existe guerra, acontece a mesma coisa!

Nesta realidade Jesus veio para carregá-la nas próprias costas. E nos pede para rezar. Rezemos por todos “os Jesus” que hoje estão no mundo: os famintos, os sedentos, os doentes, os solitários; aqueles que sentem o peso de tantas dúvidas e culpas. Sofrem tanto… Rezemos pelos tantos doentes, crianças inocentes, as quais levam a Cruz como crianças. E rezemos por tantos homens e mulheres que hoje são torturados em tantos países do mundo; para os encarcerados que estão todos empilhados ali como se fossem animais. É um pouco triste aquilo que vos digo, mas é a realidade! Mas é também a realidade que Jesus carregou sobre si, todas estas coisas. Também o nosso pecado.

Todos aqui somos pecadores, todos temos o peso dos nossos pecados. Não sei… se alguém aqui não se sente pecador levante a mão! Todos somos pecadores. Mas Ele nos ama, nos ama! E façamos como os pecadores, mas filhos de Deus, filhos do Pai. Façamos todos juntos uma oração por estas pessoas que sofrem no mundo hoje, por tantas coisas erradas, tanta maldade. E quando existem as lágrimas, a criança procura a mãe. Também nós pecadores somos crianças, busquemos a mãe a rezemos a Nossa Senhora todos juntos, cada um na própria língua.

Ave Maria…Desejos a vocês uma boa noite, bom descanso. Rezem por mim e amanhã continuaremos esta bela Jornada da Juventude. Muito obrigado!”.

(Fonte: Radio Vaticano)

Título Original: Papa aos jovens: “Façamos todos juntos uma oração por estas pessoas que sofrem no mundo hoje”


Site: Zenit
Editado por Henrique Guilhon

terça-feira, 26 de julho de 2016

A Sola Scriptura(Somente a Escritura) não tem fundamento bíblico

Web

A carta a Timóteo ( 2º Tim 3, 16-17) diz que "toda" a Bíblia é útil para doutrinar, repreender, corrigir... mas não "somente a Bíblia" é útil para doutrinar, repreender, corrigir... eis a interpretação errônea do protestantismo.
Henrique Guilhon

 Equipe Christo Nihil Praeponere

O sentido das Escrituras só pode ser esclarecido pela interpretação autorizada do Magistério da Igreja.

É preciso pôr um fim nesta polêmica — muito mal fundamentada, aliás — de que a Igreja Católica não possui base bíblica. Essa conversa sem pé nem cabeça, forjada por Martinho Lutero e repisada ainda hoje pelos seus seguidores, já vai longe demais. O cristianismo, dissemos aqui várias vezes, não é a religião do livro, mas de toda a Palavra de Deus. A insistência dos protestantes no dogma da Sola Scriptura, esse, sim, sem qualquer respaldo dos autores sagrados (cf. 2 Ts 2, 15), só consegue produzir ainda mais desconfiança sobre a fé cristã, seja em relação ao catolicismo, seja ao protestantismo. Que tipo de pessoa, hoje em dia, acreditará numa Igreja que prega uma enormidade de conceitos desarticulados, sem a devida consideração pelo contexto cultural e pelos gêneros literários? Que tipo de pessoa se deixará convencer pelos ensinamentos cristãos, quando os próprios cristãos, fazendo mau uso das Escrituras, dividem-se em não se sabe quantas denominações?

A memorização de alguns versículos bíblicos nunca deu, nem dará, o direito a um cidadão qualquer de fundar uma igreja. Não faz muito tempo surgiu na internet um vídeo de um pastor que incentivava o adultério por não saber distinguir entre o adjetivo "adúltera" e o verbo "adultera". Isso se deve não somente a uma dificuldade de interpretação de texto. O problema é mais grave. Chesterton estava certo ao afirmar que "a Bíblia por si mesma não pode ser a base do acordo quando ela é a causa do desacordo" [1]. Lógico. Quando as Sagradas Escrituras são retiradas de seu contexto eclesial, um texto alegórico passa-se facilmente por histórico e vice-versa. Perde-se o referencial. Que garante a autenticidade dos quatro evangelhos senão o testemunho da Igreja? Como se prova que o Evangelho segundo São Lucas é verdadeiro e o Evangelho segundo Maria Madalena não? Os protestantes — assim como muitos católicos que se deixam levar por aquela famosa pergunta: "Onde está na Bíblia?" — precisam aprender que a Bíblia não caiu do céu. 300 anos antes da definição do Cânon, já existia uma única Igreja — católica apostólica romana, para deixar claro — governada por bispos, sob a autoridade do Romano Pontífice. Já existia um Magistério antes mesmo que Constantino soubesse soletrar Roma. E é precisamente desse Magistério, cuja autoridade os protestantes adoram tomar para si, que podemos haurir a veracidade do Antigo e do Novo Testamento (cf. 1 Tm 3,15). Negá-lo equivale a negar as próprias Escrituras.

A Solenidade de Pentecostes é também a festa da manifestação da Igreja. Os apóstolos, reunidos com Maria, a Mãe de Jesus — como faz notar São Lucas —, rezam no Cenáculo, pedindo a Deus a vinda do Espírito Santo. O Texto Sagrado autoriza-nos a fazer um paralelo muito pertinente com a visita da Virgem Maria à sua prima Isabel. O hagiógrafo diz: "Apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo" (Lc 1, 41). É uma espécie de pentecostes antecipado. O cumprimento de Maria suscita, por assim dizer, a descida do Espírito Santo, que diz pela boca de Isabel: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor?" (Lc 1, 43). Desde o começo, Deus mostra-se, de certo modo, dócil à Virgem Maria. Esta cena vai se repetir nas bodas de Caná, quando o Filho antecipa o início de seu ministério conforme o pedido da mãe (cf. Jo 2, 1-11), e, finalmente, em Pentecostes, quando os apóstolos, unidos à intercessão d'Ela, são inflamados pelas línguas de fogo que caem do céu (cf. At 1, 13-14). A Igreja já nasce mariana. Nasce pela intercessão da Virgem Santíssima. Como se pode constatar, a acusação de que o culto à Nossa Senhora não faz parte do cristianismo é simplesmente ridícula. Na verdade, trata-se de uma blasfêmia — e das mais grosseiras —, porque é o próprio Espírito Santo quem o aprova. Ele diz por Isabel: "Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas!" (Lc 1, 45).

Uma porção de outros textos bíblicos poderiam ser elencados aqui para respaldar o uso de imagens, a intercessão dos santos, o primado petrino, o celibato clerical etc. Não é nosso objetivo, porém, iniciar um debate deste gênero. Mesmo porque esses temas já foram tratados exaustivamente em outras oportunidades, e de maneira muito mais articulada. Além disso, os protestantes poderiam facilmente apresentar uma outra porção de versículos que, aparentemente, refutariam nossa posição, como sói acontecer quando nos arriscamos a seguir pela falsa premissa da Sola Scriptura. Ora, é exatamente este equívoco que pretendemos desfazer. A Bíblia não é a premissa fundamental porque ela mesma possui argumentos aparentemente contraditórios. É a interpretação autorizada da Igreja que a ilumina e revela a intenção de cada autor sagrado. Como uma criança diante de dois brinquedos a escolher — a comparação é do padre Lima Vaz —, o cristão escolhe não apenas um dos artigos da fé, mas ambos; vê universalmente, pois católico, aceita o todo [2].

Entendam uma coisa: Não existe Bíblia sem Igreja. Sacra Scriptura principalius est in corde Ecclesiae quam in materialibus instrumentis scripta, dizem os Santos Padres. Ou seja, a Sagrada Escritura está escrita no coração da Igreja, mais do que em instrumentos materiais. E isso por uma razão muito simples: Jesus se encarnou, não se encadernou. A Igreja, por sua vez, guiada pelo Espírito Santo, perpetua-se na história e dá continuidade a essa encarnação. Não nos esqueçamos: Ela é o Corpo de Cristo. Quem a nega, destarte, nega o próprio Cristo, pois não é possível aceitar a cabeça sem o corpo (cf. Mt 10, 40). Alguns contestam: "Ah, mas os bispos cometem muitos pecados". E daí? Cristo assegurou a infalibilidade da Igreja. Nada disse sobre a impecabilidade de seus pastores. Uma coisa nada tem que ver com a outra. Se aceitamos que a Igreja erra nos juízos de fé, a própria veracidade das Escrituras é posta em xeque. Dan Brown ganha muitas razões para apontar o dedo em nossas caras. As coisas mudam de rumo somente se acolhemos a Tradição, na certeza de que a promessa de Cristo sobre a incorruptibilidade da Igreja é verdadeira — non praevalebunt (cf. Mt 16, 18).

Que fique claro: não pretendemos com isso ofender nossos irmãos protestantes. A Igreja, vale lembrar, admite, em várias circunstâncias — mas sobretudo na defesa da dignidade do homem —, a colaboração "com outras Igrejas cristãs, comunidades e grupos religiosos, a fim de ensinar e promover" o conteúdo moral e social do Evangelho [3]. Apenas desejamos esclarecer alguns pontos de discordâncias que, as mais das vezes, só contribuem para aumentar as divisões e, pior, para a difusão do indiferentismo religioso.

Um pouco de bom senso e humildade nunca fez mal a ninguém. Cristo deixou-nos a Igreja e seus sacramentos para a santificação de nossas almas. Não podemos, a pretexto de uma interpretação particular da Bíblia, relativizar tudo isso (cf. 2 Pd 1, 40). É pecado. É temerário. Sem a Igreja, a Bíblia vira letra morta. Ou aceitamos o Magistério, ou perdemos as Sagradas Escrituras. Tertium non datur.

Por Equipe Christo Nihil Praeponere


Referências


Capítulo Why I am a catholic publicado no livro The Thing (1929), sem tradução no Brasil. Fonte: Sociedade Chesterton Brasil.
VAZ, Henrique C. de Lima. Ontologia e história: escritos de filosofia VI. 2 ed. São Paulo: Edições Loyola, 2012, pág. 31.

Título Original: Uma resposta católica a uma polêmica protestante



Site: Padre Paulo Ricardo
Editado por Henrique Guilhon

domingo, 24 de julho de 2016

Para que a Providência atue em sua vida você precisa confiar e obedecer a voz do Senhor



Acampamento Fé e Milagres



Roberto Tannus
Foto: Arquivo/cancaonova


Eventos Canção Nova



Creia que o milagre da providência divina acontecerá na sua vida


Querido irmão, gostaria que nós tomássemos o capítulo da palavra de Deus que fala sobre a providência divina. Um capítulo onde Deus convida o profeta Elias a acreditar na providência divina. Quando você crê no Senhor e Nele espera, a providência do Senhor age em sua vida.

Vamos abrir a bíblia agora em I Reis 17. É o momento que Elias está diante de uma nação em idolatria. Vamos ver na palavra como é a atuação do profeta Elias que vai sofrer as consequências de sua fidelidade por não adorar um Deus pagão.

Deus manda o profeta para o Ribeirão fora do país de Israel. E Deus mandou que o profeta fosse para o ribeirãozinho de Querite que no hebraico que significa do tamanho certo.

O Senhor providenciou para Elias o tamanho certo. Deus na sua divina providência é capaz de ordenar as coisas ao seu favor.

Na sã consciência um homem que não tem fé não obedeceria a voz de Deus; para que a Providência atue em sua vida você precisa confiar e obedecer a voz do Senhor. Como o Senhor pode sustentar uma vida no pecado que não obedece a Deus? Como pode agir a favor de quem não ouve a sua voz?

Porém a torrente secou. Aquele ribeirãozinho que era o tamanho certo seca. Então Deus vai mandar ele andar mais de 150km, sair de Querite e ir para Sarepta. O profeta vai ouvir do Senhor outro absurdo e precisar confiar naquilo que o Senhor o propõe.

“Então veio a ele a palavra do Senhor, dizendo: Levanta-te, e vai para Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente.” I Rs 17,8.

Deus bola um plano de amor. Deus tem um plano de amor para quem busca a sua face. Um plano de amor para você. Um plano de amor que não vai falhar se você obedecer a sua voz. No tempo de crise as primeiras que sofriam eram as viúvas. Ser sustentado por uma viúva era um absurdo. O profeta acredita no absurdo da palavra de Deus. Querido irmão por mais que seja absurdo coloque sua confiança na palavra. Deus só pode agir na vida daquele que tem fé. E Elias vai para ser acolhido por uma viúva.

Quem espera no Senhor não se decepciona

A esperança dessa mulher era nenhuma. Ela ia fazer a ultima refeição da vida dela. Ela diz para Elias que só tem um pouco de farinha e azeite. Estava certa em negar, não tinha como atender o pedido do profeta. Ela não tinha mais vida, não tinha mais esperança. Talvez você esteja deste jeito agora: Senhor estou desempregado, recebi o ultimo seguro desemprego. Meu negocio não está dando mais certo para sustentar a casa, só tenho um pouco de farinha.

Ai vem a palavra de Deus. Ela estava olhando a situação com os olhos humanos, Deus vai fazer ela enxergar com os olhos do Senhor. Pare de olhar com olhos humanos, olhe para o Senhor.Ele não quer que você perca a esperança. Pode parecer que na sua vida as coisas não vão dar mais certo. Pare de olhar para sua vida com olhos de quem não tem fé. Pare! Olhe para o Senhor.

Ela não tinha nada o que perder em confiar na palavra. Se ela guardasse só para ti não repartisse ela morreria de fome. Diga comigo: Se eu guardar só para mim e não repartir eu vou morrer. Reparta e primeiro dê ao Senhor. E o que vai fazer esta mulher, ela vai repartir. Com todo cuidado ela fez aqueles pãezinhos. E a tentação de comê-los. E a tentação do egoísmo de dizer “ não vamos dar nada não, vamos guardar para nós.” Queridos irmãos há 14 anos vivo da providência divina, eu nunca cobrei nada para pregar. Sou consagrado a missão de pregar evangelho. Eu quero ficar rico de Deus porque de tudo que tem no mundo Deus é a maior riqueza.

Por que o milagre aconteceu na vida da viúva? Porque ela teve fé. Ela deu o passo ela acreditou. A palavra Sarepta quer dizer fundição. Na fundição onde pegavam metal e fundiam para fazer armas. Muitas vezes a nossa fé é testada como ouro. Você coloca no cadinho e coloca fogo. O ouro derrete: na parte de baixo fica o que é nobre e em cima ficam as impurezas, então o ourives vem e retira todas as impurezas e fica o ouro puro. Meu irmão você é ouro ouro escolhido pelo Senhor. Muitas vezes a tribulação e os sofrimentos servem para nos purificar. Aqui a fé da viúva e de Elias são testadas até o fim. Deus não corrige para perder, Deus corrige para salvar.

Abandonar-se em Deus

Meu irmão minha irmã entrega aquilo você pensa que está morto, aquilo que você acha que não tem mais jeito. Entrega seu filho, seu marido, seus negócios. Deixa Deus ressuscitar o que você pensa que está morto. Abre mão das suas soluções humanas. Dê ao Senhor aquilo que você pensa que esta morto. Insista persista e não desista.

Deus não nos dá no imediatismo e na maioria das vezes não vai dar o que eu quero mas o que eu preciso.

O salmo 137 diz assim o Senhor completará o que em meu auxílio começou. Talvez a farinha esteja no final, o óleo esteja acabando. Coloca sua esperança no Senhor, confie em sua palavra. É para você que a palavra de Deus chegou. Deixa Deus ressuscitar a sua esperança que esteja morta. O maior milagre de Deus neste acampamento é fazer você voltar para ELE. Tenha a coragem de dar o seu melhor para Deus. Entregue tudo a Ele.


Transcrição e adaptação: Marcela Martins

Adquira essa pregação pelo telefone (12) 3186-2600


Roberto Tannus

Pregador oficial da Renovação Carismática Católica (RCC)

Título Original: O milagre da providência divina


Site: Eventos Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Boatos perpetuados propositalmente, com base em versões falseadas de episódios reais, para servir a objetivos ideológicos contra a Igreja

Editora Planeta

Aleteia
Inquisição, Galileu, nazismo e outras calúnias com pitadas de verdade

Quando se trata de história, as lendas contribuem apenas com referências que, em certos casos, podem ajudar a montar alguns quebra-cabeças culturais. É crucial reconhecer, porém, a existência de lendas que não nasceram da imaginação popular e que não foram nutridas de fatos verídicos antes de ser ampliadas ou simplificadas por relatos espontâneos de geração para geração. É o caso das “lendas negras”, boatos perpetuados propositalmente, com base em versões falseadas de episódios reais, para servir a objetivos ideológicos.

A Igreja é um dos alvos preferenciais desse tipo de desonestidade intelectual e moral. E não poderia ser diferente, numa sociedade laica que se autoproclama tolerante e defensora da liberdade de pensamento e de expressão – desde que o pensamento e a expressão estejam de acordo com a sociedade laica.

Mesmo entre os autodeclarados católicos e até entre parte significativa dos próprios clérigos, a ignorância sobre a história da Igreja é vasta. Não bastasse a influência da educação anticatólica, a maioria das paróquias e dioceses oferece minguada ou nula formação em doutrina e em conhecimentos históricos, o que ajuda a explicar a falta de reação dos católicos diante das acusações disparadas contra a sua Igreja em nome de uma suposta “verdade histórica”.

Não se trata de negar o fato de que a Igreja institucional cometeu, sim, erros graves e injustiças patentes ao longo da sua história. No entanto, a “história” ensinada aos alunos de todos os países passa bem longe da imparcialidade. No caso específico da “história da Igreja”, a “educação” laica perpetua as muitas distorções que levaram Fulton Sheen a cunhar uma frase célebre: “Não existem cem pessoas que odeiam a Igreja católica, mas existem milhões que odeiam aquilo que elas pensam que a Igreja católica é”.

(De passagem, diga-se que muitos nomes laicos são espirituosamente enfáticos em alertar para as mentiras que sujam o ensino da história: Will Durant, autor de uma História da Civilização em 11 volumes, declara que “a maior parte da história é adivinhação e o resto é preconceito”. Mark Twain afirma que “a própria tinta com que toda a história é escrita é puro preconceito líquido”. Voltaire proclama que os historiadores são “fofoqueiros que provocam os mortos”. E até Mel Gibson, no início do filme “Coração Valente”, avisa que “a história é escrita por aqueles que enforcaram os heróis”. Não é de admirar, portanto, que “uma mentira repetida mil vezes se torna verdade”, como ensinou, com grande sucesso, Joseph Goebbels).

Feita toda essa introdução, talvez o leitor se preste a conhecer outro lado das “lendas negras” sobre a Igreja: o lado estudado pelo jornalista italiano Vittorio Messori, 74, um dos escritores mais traduzidos do mundo em assuntos ligados à pesquisa histórica sobre o catolicismo.

Embora tenha sido batizado quando criança, o jovem Vittorio foi criado em uma família anticlerical e nunca manteve qualquer relação com a Igreja até os estudos universitários. A universidade, onde estudava ciências políticas, seria o contexto perfeito para a ruptura definitiva entre Messori e as possibilidades de algum dia se tornar crente. No entanto, foi exatamente nesse contexto e nessa época da juventude que, a exemplo do amigo francês André Frossard, Messori se converteu ao catolicismo.

Doutor em Ciências Políticas, ele trabalhou no mundo editorial italiano e foi cronista e redator do jornal La Stampa e do semanárioTuttolibri. Passou a destacar-se como profundo investigador do cristianismo, em especial do catolicismo. Lançou obras de repercussão internacional, como “Hipótese sobre Jesus” (de 1977, na qual pesquisou as origens históricas do cristianismo), “Informe sobre a Fé“, (de 1987, a partir de uma detalhada entrevista com o então cardeal Joseph Ratzinger, recém-nomeado prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé) e “Opus Dei, uma Investigação” (de 1996, analisando minuciosamente as “lendas negras” contra a prelatura). Messori foi ainda o primeiro jornalista a fazer uma longa entrevista com o papa João Paulo II, que se transformou no livro “Cruzando o Limiar da Esperança” (1994).

Um livro particularmente representativo das pesquisas históricas de Vittorio Messori sobre o catolicismo foi lançado na Espanha em 1997: “Leyendas Negras de la Iglesia” [“Lendas Negras sobre a Igreja“, sem tradução ao português até o momento].

Trata-se de uma antologia de textos originalmente publicados na Itália em três extensos volumes: “Pensare la Storia” (1992), “La Sfida della Fede” (1993) e “Le Cose della Vita” (1995); respectivamente, “Pensar a História“, “O Desafio da Fé” e “As Coisas da Vida“. A antologia em espanhol selecionou, do vasto material investigativo recopilado por Messori, as partes que mais especificamente abordavam as acusações comuns contra a Igreja no mundo hispânico, tais como a suposta imposição da fé cristã pela força durante a colonização da América, mas sem deixar de lado as versões mutiladas que as fontes laicas disseminaram pelo mundo sobre outros temas quentes, como a relação da Igreja com as Cruzadas, a Inquisição, o nazismo e a escravidão, por exemplo.

Os títulos dos capítulos do livro identificam as polêmicas abordadas por Messori:

Espanha, a Inquisição e a Lenda Negra
Espanha e América: mais Lenda Negra
A Revolução Francesa e a Igreja
Galileu e a Igreja
Os Nazistas e a Igreja
Os Irmãos Separados e a Igreja
A Pena de Morte e a Igreja
A Lenda do Santo Sudário
Outras Histórias

Nas “outras histórias”, o autor investiga as lendas negras em torno da escravidão, do cinto da castidade, do “ius primae noctis“, das riquezas vaticanas, do islã, de Torquemada, dos papas doentes, de Montecassino, de Gandhi e de Francisco Franco, entre outras.

Para os leitores interessados e que entendem espanhol, é possível encontrar o livro “Leyendas Negras de la Iglesia” em diversos sites de vendas online.

Quanto a bons livros similares em português, convidamos os leitores de Aleteia a compartilhar sugestões nos comentários, tanto em nosso portal quanto em nosso Facebook!

Título Original: Lendas negras que pairam sobre a Igreja


Site: Aleteia
Editado por Henrique Guilhon

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Foram terríveis os prejuízos causados pelos tradutores não católicos em todas as suas tentativas de traduzir as Sagradas Escrituras



Caiafarsa

Foram terríveis os prejuízos causados pelos tradutores protestantes em todas as suas tentativas de traduzir as Sagradas Escrituras. A incompetência, aliada muitas vezes a má fé, causou danos irreparáveis aos ensinamentos de Jesus Cristo na terra contribuindo decisivamente para a dispersão de seu rebanho. Acompanhe abaixo cada tradutor protestante e seu atentado às Escrituras:Lutero

Na Alemanha, já havia 30 diferentes edições católicas alemãs da Bíblia*, mas, Lutero, fundando o protestantismo, resolveu fazer sua tradução e adulterou Romanos 1,17, onde diz que “o justo viverá pela fé”. Ele acrescentou a palavra alemã “allein” que significa “somente”, e passou a pregar que o justo “viverá SOMENTE pela fé”. Foi o modo desonesto que ele achou para justificar sua nova religião do “Sola fide”. Ele mesmo confirmou esta adulteração, quando cheio de ódio disse: ”Se um papista lhe questionar sobre a palavra ‘somente’, diga-lhe isto: papistas e excrementos são a mesma coisa. Quem não aceitar a minha tradução, que se vá. O demônio agradecerá por esta censura sem minha permissão.”(Amic. Discussion, 1, 127,’The Facts About Luther,’ O’Hare, TAN Books, 1987, p. 201). – * (Imperial Encyclopedia and Dictionary © 1904 Vol. 4, Hanry G. Allen & Company), (Holman Bible Dictionary © 1991).

A carta de Tiago que condena o “Somente a fé” em (2,20), (2,14-16) e (2,21-22), foi assim tratada pelo dito “reformador”: ”A carta de Tiago é uma carta de palha, pois não contém nada de evangélico.”(‘Preface to the New Testament,’ ed. Dillenberger, p. 19.).

Hoje, discretamente retiraram o “somente” das traduções protestantes posteriores, mas a doutrina de Lutero (sola fide) é a essência do protestantismo. Continua o jeito fácil de salvar-se, “somente” tendo fé, como determinou Lutero: “Seja um pecador e peque fortemente, mas creia e se alegre em Cristo mais fortemente ainda…Se estamos aqui (neste mundo) devemos pecar…Pecado algum nos separará do Cordeiro, mesmo praticando fornicação e assassinatos milhares de vezes ao dia”. (Carta a Melanchthon, 1 de agosto de 1521 – American Edition, Luther’s Works, vol. 48, pp. 281-82, editado por H. Lehmann, Fortress, 1963).

Zwinglio

Zwínglio foi além, na sua tradução alemã, ousou adulterar as mais importantes palavras de Jesus Cristo, com visível intenção de eliminar sua presença na Eucaristia. Colocou a palavra “significa”, onde Jesus diz que o pão “É” seu Corpo e o vinho “É” seu Sangue. Veja o repúdio de um autor protestante da época: “Não é possível de modo algum excusar este crime de Zwínglio; a cousa é por demais manifesta; (…) Não o podeis negar nem ocultar porque andam pelas mãos de muitos os exemplares dedicados por Zwinglio a Francisco, rei de França, e impressos em Zurique no mês de março de 1525. Na aldeia de Munder, na Saxônia, no ano 60 eu vi na casa do reitor do colégio, Humberto, não sem grande maravilha e perturbação, exemplares da Bíblia alemã, impressas em Zurique, onde verifiquei que as palavras do Filho de Deus haviam sido adulteradas no sentido dos sonhos de Zwinglio. Em todos os quatro lugares (Mt., 26; Mc., 14; Lc., 22; I cor., 11) em que se referem as palavras da instituição do Filho de Deus, o texto achava-se assim falseado: Das bedeutet meinen Leib, das bedeutet meinen Blut, isto significa o meu corpo, isto significa o meu sangue.” (Conr. Schluesselburg, op. cit. f. 44 a.) (citações em padre Leonel Franca, op. cit., pág. 211).

Lutero levantou-se contra Zwinglio, e disse que ”“é “ não pode ser traduzido por “significa””. (Uma Confissão a respeito da Ceia de Cristo – Von Abendmahl Christi, Bekenntnis WA 26, 261-509, LW 37. 151-372, PEC 287-296. – SASSE, H. Isto é o meu Corpo, p. 107). Citado em:http://www.seminarioconcordia.com.br/Artigos_Prunzel/A_Santa_Ceia%20_em_Lutero.mht

Eles corrigiram isso nas versões protestantes seguintes. Mas, até hoje os pastores pregam que “significa”.

Tyndale

Tyndale foi outro falsário protestante, por isso, morto por um decreto do imperador em Augsburg. O rei Henrique VIII já havia condenado em 1531 a “bíblia” de Tyndale como uma corrupção da Escritura. Nas palavras dos conselheiros do rei: “a tradução da Escritura corrompida por Tyndale deveria ser totalmente expelida, rejeitada e deveria ficar fora das mãos das pessoas…”. Para se pensar, que as “bíblias” protestantes de Tyndale ou Lutero fossem tão boas, por que os protestantes europeus hoje não as usam como fazem com a King James? São Thomas More, que viveu naquele tempo comentou que, procurar erros na “bíblia” de Tyndale era semelhante a procurar água no mar. (Henry G. Graham, Where We Got The Bible (TAN Books, 1977) pp. 128,130).

Miguel Servet

Miguel Servet foi outro protestante que morreu por corromper ao traduzir as Escrituras. João Calvino, o principal “reformador” protestante em 1522, obteve tantas cópias quanto pôde ter achado da Bíblia protestante de Miguel Servet para serem queimadas, já que Calvino não a aprovou. Depois Calvino queimou o próprio Miguel Servet na estaca. (Henry G. Graham, Where We Got The Bible (TAN Books, 1977) p. 129).

William Shakespear

William Shakespear, aquele da caveirinha, nasceu em 1564, e quando tinha 46 anos, em 1610, participou da tradução da Bíblia protestante do Rei Tiago (King James Version – KJV, publicada em 1611), e maliciosamente forçando a tradução, ele deixou autografado seu sobrenome no Salmo 46. Usando uma Bíblia KJV, localize o Salmo 46 e conte 46 palavras a partir do início: você encontrará a palavra “shake”. Vá agora para o final do mesmo Salmo e conte 46 palavras a partir da última voltando: você encontrará agora a palavra “spear”. Junte-as, e você obterá “Shakespear” (veja abaixo).

SALM 46 (King James Version):

“God is our refuge and strength, a very present help in trouble. Therefore will not we fear, though the earth be removed, and though the mountains be carried into the midst of the sea; Though the waters thereof roar and be troubled, though the mountains shake with the swelling thereof. Selah. There is a river, the streams whereof shall make glad the city of God, the holy place of the tabernacles of the most High. God is in the midst of her; she shall not be moved: God shall help her, and that right early. The heathen raged, the kingdoms were moved: he uttered his voice, the earth melted. The Lord of hosts is with us; the God of Jacob is our refuge. Selah. Come, behold the works of the Lord, what desolations he hath made in the earth. He maketh wars to cease unto the end of the earth; he breaketh the bow, and cutteth the spear in sunder; he burneth the chariot in the fire. Be still, and know that I am God: I will be exalted among the heathen, I will be exalted in the earth. The Lord of hosts is with us; the God of Jacob is our refuge”. (Charles The Hammer – Fonte: Catholic Apologetics .Net ).

E assim o malandro Shakespear fez sua travessura, nos Salmos da bíblia inglesa protestante. Apesar do descalabro acima, esta é tida pelos protestantes como sua melhor tradução. Isso porque foi literalmente traduzida da Vulgata Católica de São Jerônimo. O crítico bíblico protestante, George Campbell, disse: “A vulgata é, no geral, uma versão boa e fiel”. ( Fonte: Lista Apologética Aplicada).

João Ferreira de Almeida

João Ferreira de Almeida, um protestante adolescente de 16 anos de idade, de origem portuguesa (que não era padre coisa nenhuma, mas usava esse título para ganhar credibilidade), afirmava ter feito a primeira tradução em língua portuguesa da Bíblia, diretamente dos originais em hebraico e grego. O que não é verdade.

Este, nunca teve a mão os originais da bíblia, mas, escritos do séc. XVI de Erasmo de Roterdam. Também valeu-se de traduções católicas em vários idiomas, como atesta a Enciclopédia Wikipédia: “João Ferreira de Almeida lançou-se num enorme projecto: a tradução do Novo Testamento para o português usando como base parte dos Evangelhos e das Cartas do Novo Testamento em espanhol da tradução de Reyna Valera, 1569. Almeida usou também como fontes nessa tradução, as versões: Latina (de Beza), Francesa [Genebra, 1588] e Italiana [Diodati 1641] – todas elas traduzidas do grego e do hebraico. O trabalho foi concluído em menos de um ano quando Almeida tinha apenas 16 anos de idade.”http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Ferreira_de_Almeida

A tradução do NT do adolescente João Ferreira tinha tantos erros, que os revisores passaram quatro anos tentando corrigir o que ele fez em menos de um. Ele morreu em 1691, sem completar o VT, e outro continuou a desastrada missão. Antes de morrer, João Ferreira publicou uma lista de mais de mil erros em seu Novo Testamento, e Ribeiro dos Santos afirma serem mais. (Ribeiro dos Santos foi um importante historiador do protestantismo brasileiro. Ele era pastor presbiteriano).

Hoje, os erros aumentaram, incluindo os de gramática, com frases inteiras erradas, tanto pela fraseologia quanto pela ortografia e sintaxe. Em (Êxodo 9,24), (I Samuel 18,22) e (I Cor 4,3) a palavra espanhola “mui” aparece com grande freqüência do VT ao NT, provando que a tradução não foi dos originais, mas, surrupiada de versões latinas.

As novas edições do adolescente João Ferreira, trazem muitos velhos erros, apesar de aparecer escrito na página inicial de cada volume, as frases: “EDIÇÃO REVISTA E CORRIGIDA”, ALMEIDA CORRIGIDA E FIEL. Tais expressões significam, em bom português, que o que foi impresso trouxe sempre erros e mais erros, a ponto de a própria legítima Palavra de Deus ter tido a necessidade de ser examinada de novo (revista) e “corrigida” por seres humanos incapazes, dando a entender que essa Palavra revelada pela Escritura Sagrada, no Antigo e no Novo Testamento, continha erros e precisou ser CORRIGIDA!

Em 1819, a Bíblia iniciada e não terminada por João Ferreira de Almeida foi publicada em um só volume pela primeira vez, com o título:

<>

Note que 128 anos depois da morte de João Ferreira, que usava o título de “padre” para ganhar credibilidade, os protestantes, continuaram usando esse mesmo falso título, para dar credibilidade a sua bíblia ainda hoje infestada de erros. Alguns dizem que ele usava o título de “padre” ingenuamente, porque eram assim também chamados os missionários protestantes. Mas ingênuo mesmo, é quem crê numa marmelada destas.

Como se não bastasse as distorções das Sagradas Escritura, eles também a mutilaram arrancando-lhe sete livros.
Até o início do séc. XVII, os deuterocanônicos estavam lá nas Bíblias protestantes. Dá uma conferida na edição protestante KJV de 1611, e veja que nela estavam TODOS OS DEUTEROCANÔNICOS. Somente após a morte do Rei Tiago é que os protestantes resolveram “reformar” sua bíblia, ARRANCANDO-LHE definitivamente os deuterocanônicos, e os tachando erroneamente de “apócrifos”, por contrariarem suas doutrinas humanas. E ainda espalharam a mentira de que a Igreja os teria inserido no Concílio de Trento. Para desmascará-los, basta ver tais livros no índice de bíblia de Gutemberg, impressa quase um século antes deste Concílio. 

Veja:http://www.hrc.utexas.edu/exhibitions/permanent/gutenberg/web/pgstns/13.html

Corrigindo os protrestantes: <> sempre significou: [escritos de assunto sagrado não incluídos pela Igreja no Cânon das Escrituras autênticas e divinamente inspiradas,] (Dicionário Enciclopédia. Encarta 99). Ou seja, são os livros que ficaram fora do Cânon da Igreja. Esses é que são os espúrios, ocultos etc, etc..

Já os deuterocanônicos, estão sim no Cânon cristão. Confira: já escrevia Santo Agostinho, no ano 397: “… O cânon inteiro da Bíblia é o seguinte: os cinco livros de Moisés, ou seja, Gênese, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio,… Tobias, Éster e Judite, e os dois livros de Macabeus,… Para dois livros, Sabedoria e Eclesiástico, é designado Salomão como autor, mas nossa provável opinião é que foram escritos por Jesus, o filho de Sirac,… Baruque,…” (Santo Agostinho, Sobre a Doutrina Cristã, livro 2, cap. 8, 13 ano 397).

Virginia Mollenkott


Durante os anos em que a bíblia protestante NIV (Nova Versão Internacional), esteve sendo preparada (1968-1978), trabalhou na comissão Virginia Mollenkott. Ela declarou sem a menor cerimônia: “Meu lesbianismo sempre tem sido parte de mim…” (New International Version – What today’s Christian needs to know about the NIV, G.W. & D.E. Anderson, article no. 74 TBS).
Declarou ainda a tradutora protestante: “Até onde eu sei, ninguém incluindo o Dr. Palmer suspeitava que eu era lésbica enquanto eu estava trabalhando na NIV; era informação que eu mantinha privada naquela época”. (Carta de Virginia Mollenkott a Michael J. Penfold datada em 18 Dez. 1996).

Como resultado natural de seu homossexualismo, Virginia Mollenkott certamente influenciou o texto da NIV, que suprimiu palavras contundentes sobre a condenação que o Senhor faz à prática homossexual. A mais escancarada foi em 1Cor 6,10 onde as palavras “efeminados” e “sodomitas” [em grego literalmente"arsenokoites" - homem que pratica coito com outro homem], foram retiradas e substituídas por “male prostitutes” (homens prostitutos) e “homosexual offenders” (ofensores de homossexuais!). Veja, agora, que se você prega para um homossexual que ele está em pecado quando pratica o homossexualismo, você o está ofendendo e você é que está cometendo o pecado imperdoável!!!

A corrupção foi tanta, que 64.576 palavras estão faltando na corrupta NVI e DEZESSETE VERSOS INTEIROS! Veja a lista:

Em Mateus: 3 versos: 17:21, 18:11 e 23:14.
Em Marcos: 5 versos: 7:16, 9:44, 9:46, 11:26 e 15:28.
Em Lucas: 2 versos: 17:36, 23:17.
Em João: 1 verso: 5:4.
Em Atos: 4 versos: 8:37, 15:34, 24:7, 28:28,
Em Romanos: 1 verso: 16:24 e
Em 1João: 1 verso: 5:7.
Total: 17 versos subtraídos!

A NVI foi lançada no Brasil, e certamente é a preferida das igrejas evangélicas gays: ‘Sinos de Belém’ e ‘Acalanto’. Ótima, para as corriqueiras cerimônias “matrimoniais” gays da igreja presbiteriana.

E assim vai o povo errante do “Somente a fé”, do “significa”, dos falsários mortos, do errático tradutor de dezesseis anos que dizia-se “padre”, do “revista e corrigida”, do “ corrigida e fiel”, do Shakspear, do arranca livros e da lésbica tradutora, chamando o Todo Poderoso Deus, de “El Shadai”(???), de “Jeová” (???), ou qualquer outra coisa que os corruptores determinarem. O problema como vimos, é que seus ludibriados leitores viciam na palavra errada.

O Reverendo. Dr. Aked, ministro batista, declarou à “Appleton’s Magazine,” em setembro de 1908:
“Nas páginas da versão protestante da Bíblia será achado erros históricos, enganos aritméticos, inconsistências e contradições múltiplas, e, o que é longe pior, a pessoa acha que os crimes mais horríveis são cometidos por homens que falam: ‘Deus disse,’ em justificação de seus terríveis atos. Além disso, a Bíblia inglesa é uma versão de uma versão que é uma tradução de uma tradução. Veio do hebraico, grego e latim em inglês. Em todas suas fases antigas foi copiada à mão de um manuscrito a outro por escritores diferentes, um processo que resultou em muitos enganos”.

Corrompendo e mutilando a Bíblia, Lutero e seus seguidores caem sob a maldição da própria Bíblia, que diz:

” Eu declaro a todos aqueles que ouvirem as palavras da profecia deste livro: se alguém lhes ajuntar alguma coisa, Deus ajuntará sobre ele as pragas descritas neste livro; E se alguém dele tirar qualquer coisa, Deus lhe tirará a sua parte da árvore da vida e da Cidade Santa, descritas neste livro.” (Apoc. 22,18-19).

“É que de fato, não somos, como tantos outros, falsificadores da palavra de Deus. Mas é na sua integridade, tal como procede de Deus, que nós a pregamos em Cristo, sob os olhares de Deus.” (2 Cor. 2,17).

Autor: Fernando Nascimento

Bibliografias ao longo do texto

Site: Caiafarsa
Editado por Henrique Guilhon

domingo, 17 de julho de 2016

Hoje, a minha missão, de coração, é fazer com que você seja quente, pois a Palavra diz “ou você é quente ou frio, pois o morno eu vomitarei”



PHN


Padre Marcelo Rossi. Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Padre Marcelo Rossi

Menos, mas muito menos falar, e mais experimentar. O Evangelho de hoje, coincidência da liturgia, mostra-nos as tribulações próprias dos jovens: O que fazer? O que estudar? Onde trabalhar?

Marta estava preocupada com o que comer e com os afazeres de casa; e quando foi reclamar para Jesus, ela disse: “Mestre, o Senhor não se importa com Maria, que fica aí sentada, enquanto eu faço muitas coisas?”. Jesus disse a ela: “Marta, Marta, tu te preocupas com muita coisa, mas Maria escolheu a melhor parte, e essa não lhe será tirada.

Hoje, fui conhecer o Santuário do Pai das Misericórdias. Que lugar maravilhoso! Estou aqui, hoje, para dizer que a juventude vai até os 35 anos de vida, ou seja, a maioria de vocês é jovem. Eu rezava tanto para chegar aos 18 anos, mas, depois que chegou, os anos voaram! Você, que tem mais de 35 anos, seja jovem de alma.

Eu nasci em maio, quando a Renovação Carismática Católica nascia. Quem trouxe a RCC para o Brasil foi o Frei Haroldo Hans. Meus pais eram um desses casais que ajudaram a trazer a RCC para cá. Aos sete anos de idade, eu já orava em línguas; depois, na juventude, eu me perdi, mas essa é outra história. Agora, eu quero reforçar a força do Espírito Santo.

Acredite, você que é mãe, que a sua oração pode tirar o seu filho das drogas. Você pode perder a moral, a autoridade, mas você nunca perderá a autoridade espiritual. O que mais me preocupa, hoje, são os jovens de 13 anos, que estão bebendo e caindo pelas ruas.

Hoje, a minha missão, de coração, é fazer com que você seja quente, pois a Palavra diz “ou você é quente ou frio, pois morno eu vomitarei”. Eu digo profeticamente que Deus vai colocar fogo nesse lugar.
Dinâmica de oração pelos participantes

Menos é mais. Vamos colocar em prática a Palavra de Deus. Convido todos os padres para, comigo, rezarmos pelas pessoas que nasceram nos meses de janeiro e fevereiro. Vamos orar no Espírito, clamando a graça de Deus. Você não será mais morno. Agora, rezemos pelos que nasceram nos meses de março e abril. Oremos no Espírito. Obrigado, Senhor, é um reavivamento! Agora, rezemos pelos aniversariantes de maio e junho.

Monsenhor Jonas Abib reza em especial pelo padre Marcelo: “Senhor, dê uma porção dobrada do Seu Espírito para o padre Marcelo. Dai, a cada filho e filha, o Espírito Santo, para enfrentar a mentalidade do mundo, o proceder do mundo, e é só pelo Teu Espírito, que eles vencerão as tentações”.

“Eu digo profeticamente que Deus vai colocar fogo nesse lugar.” Padre Marcelo Rossi. Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com
Rezemos pelos aniversariantes dos meses de julho e agosto. Batiza-os, Senhor! Diz a Palavra: “Quem crê em mim do seu interior jorrão rios de água viva”. Para você que tem vergonha de orar no Espírito, o Senhor está dizendo: “Ore em línguas sem medo nem vergonha”.

Monsenhor Jonas Abib diz: “O Senhor me mostra uma pessoa portadora de Aids. Muito mais que medicamentos, é o Espírito Santo que está curando você. Você sairá dessa, acredite, tudo pode ser mudado pela fé”.

Rezemos pelos aniversariantes de setembro e outubro. Oremos no Espírito Santo.

Luzia Santiago reza pedindo a graça do Espírito: “Nós estamos, agora, abertos à cura e libertação; peçamos ao Senhor a cura do corpo, da alma e do espírito. Deus está curando jovens que não foram queridos pelas mães. O Senhor quis vocês! Deem glórias a Deus!

Você, que cometeu um homícidio, que matou alguém, e nunca teve a coragem de se confessar, o Deus das misericórdias está abraçando e curando você agora. Ele o conduzirá à confissão dos seus pecados. O Senhor nos diz: ‘Não temas, porque eu te amo, eu saro o seu coração e liberto você’”.

Rezemos, por fim, pelos aniversariantes de novembro e dezembro. Senhor, nós rezamos por todos, mas, em especial, pelo Monsenhor Jonas Abib, pedindo o Espírito Santo sobre ele, a fim de lhe dar o destemor. Senhor, dê a ele a idade de Matusalém, que ele viva muitos anos! Assim clamamos o batismo no Espírito.

Deus não quer ninguém fanático; ele quer apaixonados por Ele. A imagem é do processo de fazer pipoca: na temperatura certa, o milho estoura, e é preciso mexer para que ele exploda. O piruá é o milho que não estoura, não vira pipoca. Deus está tocando em “piruás”
e explodindo essa “pipoca” que é você, pois, agora, você é uma nova criatura.

Chega de ser morno! O Senhor quer que você esteja pegando fogo. Declare o seu amor pelo Senhor, diga: “Jesus, eu O amo”. Pare, pense na Virgem Maria e reze: Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendito sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores agora e na hora de nossa morte. Amém.

Transcrição e adaptação: Fernanda Soares

Adquira essa pregação pelo telefone (12) 3186-2600



Padre Marcelo Rossi

Sacerdote católico da Diocese de Santo Amaro, cantor e escritor

Título Original: A oração e o poder do Espírito Santo de Deus


Site: Eventos Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

terça-feira, 12 de julho de 2016

A verdade sobre a "proibição bíblica" por parte da Igreja



Dicionário da Fé

Em síntese:

Ouve-se, por vezes, dizer que a Igreja Católica proibiu a leitura da Bíblia. A resposta há de ser deduzida de um percurso da história. Ora, está averiguado que, nos primeiros séculos, muito se recomendava a leitura do texto sagrado.

Na Idade Média e em épocas posteriores (especialmente no século XVI) surgiram heresias que traduziam a Bíblia do latim para o vernáculo instilando no livro sagrado idéias contrárias à reta fé.
Daí proibições, formuladas por Concílios, de se utilizar a Bíblia em língua vernácula, a não ser que o leitor recebesse especial autorização para fazê-lo.

Ainda no século XIX a Igreja via nas traduções vernáculas da Biblia o canal de concepções heréticas. Todavia a partir do Papa S. Pio X (+1903) deu-se uma volta às fontes, que incluiu a recomendação da leitura da Biblia, por parte de todos os fiéis, em língua vernácula. No momento presente, dado que existem boas edições da Escritura nas línguas vivas, a Igreja fomenta o recurso assíduo à Palavra de Deus escrita e lida no concerto da Tradição da Igreja.

Diz-se por vezes que a Igreja Católica proibiu aos fiéis a leitura da Bíblia. A afirmação, porém, costuma ser vaga ou destituída de documentação de modo que não se sabe até que ponto possa ser verídica. Eis por que se impõe o estudo deste assunto.

Por toda a Antigüidade o Livro Sagrado era recomendado à leitura dos cristãos. S. Jerônimo (+420) é um dos mestres que melhor representam esta atitude pastoral, escrevendo a Eustóquio, filha de Santa Paula:

Lê com freqüência e aprende o melhor que possas. Que o sono te encontre com o livro nas mãos e que a página sagrada acolha o teu rosto vencido pelo sono (PL 22,404).

Na Idade Média apareceram correntes dualistas e heréticas que se valiam da Bíblia para apoiar suas concepções errôneas. Tal foi, por exemplo, o caso dos cátaros, avessos à matéria como se esta fosse, por si mesma, má. Em conseqüência, o Concílio de Tolosa (França) em 1229 proibiu o uso de traduções vernáculas da Bíblia. Esta disposição foi retirada pelo Concílio da Tarragona (Espanha) em 1233. A mesma proibição aparece num decreto do rei Jaime I da Espanha em 1235: Ninguém possua em vernáculo os livros do Antigo e do Novo Testamento.

No século anterior, os Valdenses (de Pedro Valdo, Pierre de Vaux) apoiavam-se na Bíblia traduzida para o provençal a fim de negar o purgatório, o culto dos Santos, o serviço militar, o juramento...; só admitiam os sacramentos do Batismo, da Penitência e da Eucaristia.

No século XIV, John Wiclef (1320-84) em Oxford estabeleceu como única norma de fé a Escritura traduzida para o inglês; interpretando subjetivamente a Bíblia, negava a autoridade do Papa, a confissão auricular, a transubstanciação eucarística, o culto dos Santos...; provocava assim grande agitação entre os fiéis. Por isso o Sínodo de Oxford (1408) proibiu a publicação e a leitura de textos vernáculos da Bíblia não autorizados. O mesmo se deu no Sínodo dos Bispos alemães em Mogúncia (1485).

2. Do século XVI ao século XIX

As novas idéias que surgiram no decorrer da Idade Média, chegaram ao seu auge na Reforma protestante do século XVI. Esta proclamou a Bíblia como única autoridade decisiva em matéria de fé e de costumes; cada crente é livre para interpretá-la segundo o livre exame ou a sua intuição subjetiva. Tais princípios haviam de esfacelar o Cristianismo; logo três reformadores (Lutero, Zvínglio e Calvino) fundaram três novas modalidades de Cristianismo no século XVI; por sua vez, as comunidades reformadas foram reformadas e reformadas sucessivamente, derivando-se deste processo centenas de denominações protestantes independentes umas das outras, porque dependentes da inspiração subjetiva do respectivo fundador.

Ademais os princípios da Reforma protestante fazem violência à própria Escritura, porque a desligam da Tradição oral, que lhe é anterior e sem a qual a Bíblia não pode ser devidamente entendida; cf. 2Ts 2, 5s.15; 3,6...

Eis por que o Concílio de Trento (1543-65) tomou medidas que preservassem os fiéis católicos dos males acarretados pelas proposições dos reformadores; assim:

a) declarou autêntica (isenta de erros teológicos) a Vulgata latina, tradução devida a S. Jerônimo (+420) e muito difundida entre os cristãos. Assim se dissiparia a confusão existente entre clérigos e leigos, que, em meio a múltiplas traduções, já não sabiam encontrar a pura mensagem bíblica. - O Concilio não quis afirmar que a tradução da Vulgata é lingüisticamente perfeita, mas tomou uma providência necessária no século XVI;

b) rejeitou o princípio do livre exame da Bíblia. Esta só pode ser entendida se iluminada por instâncias objetivas, especialmente pela Tradição, que o magistério da Igreja formula com a assistência do Espírito Santo;

c) proibiu edições da Bíblia sem o nome do autor responsável pela edição. Proibiu também a difusão do texto bíblico sem a autorização do Bispo diocesano;

d) estimulou o reflorescimento dos estudos bíblicos nos colégios, conventos e mosteiros.

O Concilio de Trento definiu mais uma vez o Cânon Bíblico incluindo os deuterocanônicos (Tb, Jt, Sab, Br, Eclo, 1/2 Mc), como já o tinham feito os Concílios do século IV. A prova de que o Concílio nada inovou é que o próprio Lutero traduziu os deuterocanônicos para o alemão; com efeito, na sua edição da Bíblia datada de 1534 encontra-se o texto dos sete deuterocanônicos, assim como os fragmentos de Ester 10,4-16,24, de Daniel 3,24-90; 13,1-14,42 e ainda a Oração de Manassés (Oração que a Tradição cristã não inclui no seu cânon). A persistência desses livros nas edições protestantes bem mostra que não foi o Concílio de Trento que os introduziu no catálogo bíblico, mas Lutero e a Tradição protestante os receberam da Tradição cristã medieval e antiga ou mesmo dos judeus de Alexandria. Foi somente no século XIX que as Sociedades Bíblicas protestantes deixaram de incluir nos seus exemplares da Bíblia os livros deuterocanônicos[1].

No tocante às traduções da Bíblia, o Papa Paulo V em 1564 aprovou as seguintes normas:
Regra III: ...(o uso) das traduções dos livros do Antigo Testamento poderá ser concedido, a juízo do Bispo, unicamente a homens doutos e piedosos sob a condição de que tais traduções sejam usadas apenas para esclarecer a Vulgata e melhor entender a S. Escritura... O uso das traduções do Novo Testamento realizadas por autores da primeira classe[2] a ninguém seja concedido, porque sua leitura costuma acarretar para os leitores pouca utilidade e grande perigo.

Regra IV: Tendo-se evidenciado pela experiência que, se se permite a leitura da Sagrada Escritura em língua vernácula de maneira ordinária e indiscriminada, costuma originar-se, em virtude da temeridade dos homens, mais detrimento do que utilidade; é necessário neste particular seguir o juízo do Bispo ou do Inquisidor, a fim de que, ouvido o pároco ou confessor, se conceda a leitura da Bíblia em língua vernácula àqueles que se possa prever retirarão de tal leitura aumento de fé e de piedade sem prejuízo algum espiritual (D.S., Enquirídio 1853s).

Estas disposições hão de ser entendidas dentro das circunstâncias históricas em que foram promulgadas; visavam à preservação da fé ameaçada pelo uso capcioso da Bíblia no século XVI. Tiveram por conseqüência a pouca difusão do texto sagrado entre os católicos e a falta de contato da piedade posterior com as suas fontes bíblicas; tornaram-se, por isto, ponto nevrálgico na disciplina da Igreja, de tal modo que os jansenistas dos séculos XVII/XVIII as impugnaram.

No século XIX multiplicaram-se as Sociedades Bíblicas protestantes, cuja finalidade era difundir a Bíblia em traduções vernáculas. Compreende-se que, na base dos princípios adotados no século XVI, a Igreja se opusesse a tais iniciativas, consideradas como perigosas para a reta fé.

A primeira advertência deu-se em 1816. Ao arcebispo católico que recomendava aos seus fiéis a Sociedade Bíblica fundada em São Petersburgo na Rússia, escrevia o Papa Pio VII:

A Igreja Romana, segundo as prescrições do Concílio de Trento reconhece a edição Vulgata da Biblia e rejeita traduções feitas para outros idiomas, se não estiverem acompanhadas de notas provenientes dos escritos dos Padres e dos doutores católicos, a fim de que tão grande tesouro não seja exposto às corruptelas das novidades...

Se não poucas vezes lamentamos que tenham falhado na interpretação das Escrituras homens piedosos e sábios, como não deveremos recear grandes riscos se se entregarem as Escrituras traduzidas em vernáculo ao povo ignorante, que, na maioria dos casos, carece de discernimento e julga com temeridade? (D.S., Enquirídio nº 2710s).

Em 1844 o Papa Gregório XVI escrevia:

Não ignorais quanta diligência e sabedoria são necessárias para se traduzir fielmente a Palavra de Deus; em conseqüência, nada há de mais fácil do que nas traduções vernáculas, multiplicadas pelas Sociedades Bíblicas, se introduzirem erros gravíssimos, seja por imprudência, seja por fraude de tantos tradutores; tais erros, aliás, permanecem ocultos, para a perdição de muitos, dada a multidão e a variedade de tais Sociedades. Às Sociedades Bíblicas pouco ou nada interessa o fato de que os homens que lêem a Biblia em vernáculo, caiam em um ou outro erro; mais lhes importa que acostumem aos poucos a exercer o livre exame a respeito do sentido das Escrituras e a menosprezar as tradições divinas contidas na doutrina dos Padres e guardadas na Igreja Católica, repudiando assim o próprio magistério da Igreja (D. S. Enquirídio nº 2771).

Declaração semelhante foi proferida pelo Papa Pio IX em 1846.

Tal posição da Igreja manteve-se até o começo do século XX. Era motivada por circunstâncias contingentes e se revestia de caráter disciplinar, não dogmático. Era, pois, reformável desde que desaparecessem as razões que inspiraram as apreensões decorrentes da difusão do texto sagrado em língua vernácula. Ora, realmente no século XX foi-se alterando o contexto histórico. O Papa S. Pio X (1903-14) deu início a uma renovação da piedade da Igreja, que fora profundamente marcada pela réplica ao protestantismo, ao jansenismo e às heresias dos últimos séculos; a atitude defensiva ou preservadora não podia deixar de empobrecer a piedade católica; fora necessária, mas não se podia manter por mais tempo; nem havia no século XX razões para mantê-la. A volta às fontes, que deve sua inspiração remota a São Pio X, compreenderia a restauração do espírito litúrgico, o recurso freqüente à S. Escritura e a renovação da catequese. Conscientes disto, entramos na história do século XX.

3. No século XX

Em 1920, o Papa Bento XV quis comemorar o 15º centenário da morte de S. Jerônimo publicando a encíclica Spiritus Paraclitus, na qual escreveu:

Pelo que Nos toca, Veneráveis Irmãos, à imitação de São Jerônimo jamais deixaremos de exortar todos os fiéis cristãos a que leiam todos os dias principalmente os Santos Evangelhos de Nosso Senhor, os Atos e as epístolas dos Apóstolos, tratando de convertê-los em seiva do seu espírito e em sangue de suas veias (Enquirídio Bíblico nº 477).

Quanto às disposições para bem aproveitar a leitura bíblica, o Pontífice as resumia nestes termos:
Todo aquele que se aproxima da Biblia com espírito piedoso, fé firme, ânimo humilde e sincero desejo de aproveitar, nela encontrará e poderá degustar o pão que desce dos céus (E. B. nº 489).
A atitude de Bento XV representava algo de novo na Igreja posterior ao Concílio de Trento, mas estava na linha de conduta pastoral do Papa anterior, São Pio X.

Pouco mais de dois decênios decorridos, o Papa Pio XII, na sua encíclica Divino Afflante Spiritu, recomendava por sua vez a difusão da Biblia entre os fiéis:

Os prelados favoreçam e prestem ajuda às piedosas associações cuja finalidade é difundir entre os fiéis os exemplares das Sagradas Letras, principalmente dos Evangelhos, e procurem que nas famílias cristãs se faça ordenada e santamente a leitura diária das mesmas; recomendem eficazmente a S. Escritura traduzida para as línguas vernáculas com a aprovação da Igreja (E. B. nº 566).

A orientação dos Pontífices foi assumida pelo Concílio do Vaticano II (1962-65), especialmente em sua Constituição Dei Verbum, c. 6, que trata da S. Escritura na vida da Igreja: um forte estímulo aí é dado à freqüentação cotidiana da Escritura por parte dos fiéis, como também à difusão do texto sagrado em línguas vernáculas:

Este Sagrado Concílio exorta com ardor e insistência todos os fiéis, mormente os Religiosos, a que aprendam a eminente ciência de Jesus Cristo (Fl 3, 8) mediante a leitura freqüente das Divinas Escrituras, porque a ignorância das Escrituras é ignorância de Cristo. Debrucem-se, pois, gostosamente sobre o texto sagrado, quer através da Sagrada Liturgia, rica de palavras divinas, quer pela leitura espiritual, quer por outros meios que se vão espalhando..., com a aprovação e o estímulo dos pastores da Igreja. Lembrem-se, porém, de que a leitura da S. Escritura deve ser acompanhada da oração, para que seja possível o colóquio entre Deus e o homem; com Ele falamos quando rezamos; a Ele ouvimos quando lemos os divinos oráculos.

Compete aos sagrados pastores, depositários da doutrina apostólica, instruir oportunamente os fiéis que lhes foram confiados, no reto uso dos livros divinos, de modo particular do Novo Testamento, e sobretudo nos Evangelhos. E isto por meio de traduções dos textos sagrados, que devem ser acompanhados de notas necessárias e verdadeiramente suficientes para que os filhos da Igreja se familiarizem de modo seguro e útil com a Sagrada Escritura e se embebam do seu Espírito (nº 25).
Como se vê, não poderia ser mais favorável ao uso da S. Escritura a atitude da Igreja contemporânea. As palavras de S. Jerônimo (t 420) tornaram-se norma da autoridade eclesiástica. As restrições foram impostas não ao texto latino, mas às traduções vernáculas, em virtude de fatores contingentes; a Igreja, como Mãe e Mestra, sente o dever de zelar pela conservação incólume da fé a Ela entregue por Cristo e ameaçada pelas interpretações pessoais de inovadores da pregação; eis por que lhe pareceu oportuno reservar o uso da Bíblia a pessoas de sólida formação cristã nos séculos em que as heresias pretendiam apoiar no texto sagrado as suas proposições perturbadoras. É, pois, para desejar que os estudiosos entendam os porquês da atitude da Igreja dos século XVI-XIX e hoje se sintam convidados a difundir a S. Escritura em comunhão com a Igreja e a sua Tradição.

Notas: 

[1] A Sociedade Bíblica de Londres, combatida na Inglaterra por estar publicando os livros deuterocanônicos, insistiu em seu procedimento e, para assegurá-lo, fundou a Sociedade Bíblica Francesa e Estrangeira, que continuou a editar os sete livros impugnados pelos protestantes, mas que finalmente cedeu às pressões contrárias. 
[2] Trata-se de autores mencionados nominalmente em outro documento. 
Fonte: Revista Pergunte e Responderemos

Título Original: Igreja Proibiu a Bíblia ?


Site: Dicionário da Fé
Editado por Henrique Guilhon