A Igreja é a coluna (mestra) e sustentáculo (preservadora) da verdade – 1º Tim 3,15

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É importante falar de Deus, das coisas de Deus, sem tirar os pés do mundo, pois estamos nele, embora que não sejamos dele. O Viver em Deus, fala de Deus, dos fatos da Igreja, do meio cristão católico. O Viver em Deus não é fechado em si mesmo, portanto faz também a apresentação de obras de outros sites católicos, o que, aqui, mais se evidencia, no intuito da divulgação e conhecimento dos mesmos. UM BLOG A SERVIÇO DA IGREJA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Sejam todos bem - vindos!

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Quando neste blog é falado, apresentado algo em defesa da Igreja, contra o protestantismo, é feito com um fundo de tristeza ao ver que existem "cristãos" que se levantam contra a única Igreja edificada pelo Senhor Jesus no mundo. Bom seria se isto não existisse, a grande divisão cristã. Mas os filhos da Igreja têm que defendê-la.

Saibam, irmãos(ãs), que o protestantismo, tendo que se sustentar, se manter, se justificar, terá que ser sempre contra a Igreja católica (do contrário não teria mais razão de sê-lo) ainda que seja pela farsa, forjar documentos, aumentar e destorcer fatos (os que são os mais difíceis para se comprovar o contrário pelos cientistas católicos, pois trata-se de algo real, mas modificado, alterado para proveito próprio.) E tentarão sempre atingir a Igreja na sua base: mentiras contra o primado de São Pedro, contra o Papa e sua autoridade, contra o Vaticano, contra a sua legitimidade, e outros tantos absurdos. São, graças a Deus, muitos sites católicos que derrubam (refutam) estas mentiras, provando o seu contrário, bastando portanto se fazer uma pesquisa séria, por exemplo, com o tema: cai a farsa protestante, refutando o protestantismo, etc. O Espírito Santo jamais abandona sua Igreja. Que saibamos, por este Espírito, amar aos protestantes que não participam destas ações malignas, e aos que se incumbem destas ações, os inimigos da Igreja, que saibamos, ainda que não consigamos amá-los o bastante, ao menos respeitá-los em sua situação crítica perante Jesus e desejar a eles a conversão e a Salvação de Nosso Senhor Jesus. "Se soubéssemos verdadeiramente o que é o inferno, não o desejaríamos ao pior inimigo".

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Notas Importantes

*O marcador “IDOLATRIA”, na seção TEMAS, abaixo, à esquerda, assim está exposto com a função de desmentir as acusações de idólatras aos católicos, outras vezes também denunciando que estes próprios acusadores cometem a idolatria ao dinheiro, entre outras.

*Os anúncios que aparecem neste blog podem porventura não serem compatíveis com a doutrina católica, por escaparem da filtragem do sistema. Aconselha-se a quem se incomodar com estes anúncios, atualizar a página do blog até que eles sejam modificados.

*Ao usar o telemóvel escolha a opção “visualizar versão para a web”, localizada abaixo da opção “página inicial” , para que sejam utilizados todos os recursos apresentados na página como vista no computador.

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Tradutor

domingo, 28 de maio de 2017

Como Maria ouve as preces de seus filhos?





MAIO, MÊS DE MARIA


Prof. Felipe Aquino

Algumas pessoas perguntam como a Virgem Maria, e também os santos, podem ouvir as nossas orações, de tantas pessoas ao mesmo tempo, no mundo todo, e atender a todos simultaneamente. Será que ela é como Deus, onipotente ou onisciente?

Não. Nada disso. Nossa Senhora não tem esses atributos divinos, mas acontece que ela e os santos estão em comunhão com Deus, então, participam desses dons divinos, mesmo sem tê-los naturalmente. Participam deles pela graça. Como assim? É através de Deus, com quem estão em comunhão plena, que eles ficam sabendo de nossos pedidos. Para Deus nada é impossível (para o aprofundamento no tema , pesquise sobre a intercessão dos santos, neste blog ou em outros sites de formação católicos - Henrique Guilhon)



Outra coisa que é preciso entender é que na eternidade não há mais o tempo como aqui nesta vida terrena. Aqui tudo depende do tempo. Na eternidade não existe o tempo. É por isso que um teólogo – Karl Ranner – disse que “Deus é um instante que não passa”. Para Deus não há passado, presente e futuro, como para nós; para Ele tudo é só presente. O tempo faz existir o passado e o futuro; mas quando ele não existe, há só presente.

Isto significa que, em Deus, Nossa Senhora e os santos, não precisam de tempo para atender muitas pessoas que lhes pedem ajuda ao mesmo tempo. Aqui na terra, se você quiser atender, por exemplo, dez pessoas, com dez minutos para cada uma, vai precisar de cem minutos; mas na eternidade isso não é necessário porque não existe o tempo. Todos são atendidos no mesmo instante, algo que equivale a gastar na terra os cem minutos.


Mesmo aqui na terra o tempo é relativo. O Dr. Albert Einstein, Prêmio Nobel de Física, mostrou com a “Teoria da Relatividade” que o tempo de duração de um fenômeno, e também o espaço que ocupa, dependem da velocidade do objeto observado. Por exemplo, uma régua de 20 cm, parada, se for medida com uma velocidade próxima da luz (0,99 da velocidade da luz) terá seu tamanho apenas de 18,9 cm, ocupa menos espaço. Einstein mostrou também, no “paradoxo dos gêmeos” que se dois irmão gêmeos partirem para uma viagem ao redor da terra, um com velocidade normal, e outro com velocidade próxima da luz (0.99 c), quando ambos voltarem, o gêmeo que viajou com velocidade próxima da luz, chegará com menos idade que seu irmão; isto é, mais novo.

Ora, se o tempo é algo relativo já nesta vida; na outra é completamente diferente da nossa realidade. Isto explica um pouco como os Santos e a Virgem Maria podem atender os pedidos de todos, sem a dificuldade do tempo e do espaço, e sem precisarem ter os atributos de Deus. Quem lá chegar verá.


Título Original: Como Maria pode ouvir as nossas preces?


Site: Cléofas
Editado por Henrique Guilhon

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Mãe acredita que seu filho fotografou seu anjo da guarda pela janela do avião

Kerri Liles - Facebook


Aleteia

Comovente experiência foi compartilhada pela mãe no Facebook

Você acredita em anjo da guarda? Kerri Liles, uma mãe do Texas, Estados Unidos, já acreditava, mas certamente sua crença se fortaleceu após uma foto tirada por seu filho Aasher, de apenas 7 anos.


Brincando com o celular da mãe dentro de um avião, o garotinho portador da síndrome de Down fotograva as nuvens enquanto elas viajavam de volta para sua cidade, Houston. No entanto, uma das imagens capturadas pelo menino chamou muito a atenção.

Uma das nuvens tinha um formato diferente das outras. E não era uma forma qualquer. Parecia uma pessoa: cabeça; mãos; torso; pernas. A mãe ficou admirada.

“Estávamos voando de Washington para Houston e meu filho começou a tirar fotos com meu celular. E depois que eu peguei o celular de volta, vi todas as fotos que ele tirou da janela e enquanto excluía algumas, encontrei uma foto diferente de todas as outras“, escreveu a mãe no Facebook.

Kerri prosseguiu contando que acredita o filho fotografou o seu anjo da guarda e disse que o menino tem uma espécie de “sexto sentido” sobre o sentimento das pessoas. “Ele sabe quando alguém precisa de um sorriso ou de um abraço“.

“Creio que ele capturou seu anjo da guarda pela janela naquele dia. E ele o trouxe conforto e paz diante de uma viagem bastante agitada [por causa das turbulências do avião]“, contou a mãe.

Título Original: Menino com Síndrome de Down fotografa “anjo da guarda” pela janela do avião?


Site: Aleteia
Editado por Henrique Guilhon

terça-feira, 23 de maio de 2017

Maria e o milagre das Bodas de Caná

Web

MAIO, MÊS DE MARIA

Dom Henrique Soares

Vou apresentar alguns comentários, salientando os vários pontos que merecem mais atenção. É importante compreender que o comentário será mais teológico que exegético. Ei-los: 

(1) “No terceiro dia, houve núpcias em Caná da Galiléia”. São João inicia seu evangelho narrando, dia após dia, a primeira semana do ministério público de Jesus (cf. 1,29.35.43; 2,1). Com isso ele já quer transmitir uma idéia importante: Jesus vem para recriar todas as coisas. A sua ação recapitula a ação do Pai ao criar tudo. Neste sentido, vale a pena recordar a primeira leitura da Vigília da Páscoa - a criação - e a oração que a Igreja faz logo após a leitura: “Ó Deus, admirável na criação do ser humano, e mais admirável ainda na sua redenção...” Depois, o Evangelista monta a narração de tal modo a terminar esta semana inaugural com a expressão “terceiro dia”. Oral, para os cristãos, “terceiro dia” tem um sentido claro: é o Dia da Ressurreição! Pois bem, “no Terceiro dia houve núpcias”... que núpcias? As de Cristo com a Igreja: “Estão para realizarem-se as núpcias do Cordeiro, e sua esposa (a Igreja) já está pronta: concederam-lhe vestir-se com linho puro, resplandecente” (Ap 19,7s). Então, narrando as bodas de Caná o Evangelista está pensando na ressurreição, quando Cristo desposou sua Igreja. 

(2) É interessante também observar que o texto inicia com a ordem natural: a Mãe de Jesus (v. 1), Jesus (v. 2) e seus discípulos (v. 2). Ao final, veremos que esta ordem será invertida: Jesus, sua Mãe, seus irmãos e seus discípulos (v. 12). Depois que Jesus “manifestou a sua glória” (v. 11), a ordem é invertida e ele é nomeado em primeiro lugar. 

(3) O vinho que faltou no casamento tem um significado importante. O casamento é símbolo da aliança de Deus com Israel: “Como um jovem desposa uma virgem, assim te desposará o teu Edificador. Como a alegria do noivo pela noiva, tal será a alegria que o teu Deus sentirá em ti” (Is 62,5); “Meu Amado é meu e eu sou dele” (Ct 2,16; cf. Os 2; Is 1,21-26; 5,1-7; 49; 54; 62,1-9; Ez 16; Br 4-5). O vinho é símbolo da alegria messiânica, símbolo também do Espírito Santo, que embriaga e alegra o coração (cf. At 2,15s; Ef 5,18). Considerando tudo isso, é como se a Mãe de Jesus olhasse toda a antiga aliança, todo o povo de Israel, a quem o Senhor desposou pela aliança do Sinal, e dissesse: “Eles não têm mais vinho” (v. 3). Isto é, falta-lhes o Espírito; a antiga aliança esgotou-se pelas infidelidades de Israel: “Onde está Aquele que os fez subir do mar, o Pastor do seu rebanho? Onde está Aquele que pôs o seu Espírito santo no seio do povo? Há muito que somos um povo sobre o qual não exerces o teu domínio, sobre o qual não se invoca o teu nome” (Is 63,11b.19; cf. Ez 37,1-14). Deus tinha prometido que, com a vinda do Messias (= Ungido pelo Espírito), seria selada uma nova aliança com Israel e o povo de Deus teria uma nova efusão do Espírito (cf. Jl 3,1-5). Pois bem, em sentido profundo, é este vinho que falta a Israel, o vinho bom e novo do Espírito, que somente o Messias pode trazer. 


(4) A resposta de Jesus à Mãe deve ser bem compreendida:


(a) Primeiramente, olhando do ponto de vista da cena, simplesmente, é necessário observar que Jesus se coloca num plano diverso do de Maria: ela fala de algo prático, imediato, concreto; ele responde pensando num sentido figurado, teológico: a “hora”, a qual se refere é a hora da morte e ressurreição, hora da glória, que somente aparecerá de modo claro ao final, na Páscoa, “hora de passar deste mundo para o Pai” (Jo 13,1s), quando, então, ele mesmo dirá: “Pai, chegou a hora. Glorifica teu Filho...” (Jo 17,1s). Nesta hora, a Mãe de Jesus estará novamente presente (cf. Jo 19,25ss). 

(b) A resposta de Jesus não é um desacato. “Que queres de mim. Mulher?” quer simplesmente marcar a distância de Jesus em relação à cena familiar: aqui não entram os direitos “naturais” de mãe. A hora dele somente pode ser determinada pelo Pai! O apelativo Mulher é importante. Trata-se da Mulher do Gênesis (cf. 3,15s), da cruz (cf. Jo 19,25ss) e do Apocalipse (cf. 12,1ss). Este Mulher simboliza a Filha de Sião (cf. Is 12,6; 54,1; Sf 5,14; Zc 2,14), imagem da Igreja, que será desposada na ressurreição (cf. Ap 19,7s), quando Jesus, o noivo, revelar sua glória e desposar sua Igreja (cf. Ef 5,32s.25; Mt 22,1-14; 25,1-13; 2Cor 11,1-4; Ap 12, 21,2). A Virgem Maria, na nova aliança, tem um lugar determinado por Deus. Ela é a Mulher, Nova Eva, imagem da Igreja, Mãe do Senhor a quem Jesus entregará seu discípulo amado e a quem o discípulo amado deverá sempre levar para sua casa. Nesta cena de Caná, ela é a Igreja-Noiva, a Mulher, esposa do Cordeiro, do Noivo que vem desposar a noiva, Israel-Igreja (cf. Jo 3,29)! É por isso que o Evangelista não diz o nome dos noivos. As núpcias são as núpcias pascais, o Esposo é o Cristo, a Esposa é a Mulher-Igreja, representada por Maria. 

(5) Tanto a resposta de Jesus não é grosseira nem uma recriminação, que a Mãe vai adiante: “Fazei tudo o que ele vos disser” (v. 5). É uma palavra de profundo sentido espiritual, que ainda hoje ecoa aos ouvidos e no coração da Igreja. É tudo quanto a Virgem tem para dizer aos discípulos do seu Filho! 


(6) Importante também é a referência às talhas de pedra:


(a) elas serviam para os ritos de purificação da religião judaica. Vão perder a utilidade pois, com a ressurreição, a nova aliança chegará e os velhos ritos do Antigo Testamento estarão superados. Elas transbordarão não mais a água da Lei de Moisés, mas o vinho novo do Espírito Santo, dom pascal do Ressuscitado à sua Igreja. 

(b) as talhas contêm “duas a três medidas”. São cerca de quarenta litros para cada uma. É um exagero. João aqui quer aludir ao dom do Espírito, derramado em abundância: “ele dá o Espírito sem medida” (Jo 3,34). É este o “bom vinho” (v. 10) , vinho do Espírito, que Deus guardou para o final da festa, para a nova aliança! Esta idéia da abundância do Espírito, que é sem medida, aparece também no fato de encherem as talhas “até à borda” (v. 7). 

(7) Assim, a água da antiga Lei dá lugar ao Espírito da nova aliança. O Espírito é a nova lei, lei do Amor, derramado no nosso coração (cf. Rm 5,5). Tudo como fruto das núpcias do Cordeiro, quando sua esposa, a Igreja, enfeitou-se de puro linho (cf. Ap 19,7s). 

(8) E a conclusão, que poderíamos exprimir deste modo: “Ao terceiro dia, houve núpcias... Jesus manifestou a sua glória e os seus discípulos creram nele”. Note-se que a alusão à ressurreição é claríssima. 

São estes alguns dos pontos a serem salientados nesta belíssima passagem, que João descreve de modo tão teologicamente rico.

Foto: Web


Site: Dom Henrique
Editado por Henrique Guilhon

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Deus tem planos específicos para cada um de nós e nos conduz à realização de cada uma deles de acordo com a permissão que Lhe damos

Web

Dijanira Silva

Muitas vezes, fazemos escolhas erradas e estas nos afastam dos planos de Deus

Eu acredito que Deus tem planos específicos para cada um de nós e nos conduz à realização de cada uma deles de acordo com a permissão que Lhe damos. No entanto, justamente porque somos livres, muitas vezes guiados por nossas emoções e desejos, fazemos escolhas erradas e nos desvíamos desses planos que nos levaria à felicidade. É por isso que, às vezes, sentimo-nos abatidos e, em alguns casos, perdemos até mesmo o sentido para viver. Constata-se, em nossos dias, que grande parte das doenças da alma, como a depressão por exemplo, estão ligadas à frustração e ao remorso, frutos de escolhas erradas feitas no passado, ou seja, o mau uso da liberdade.

A cultura do liberalismo insiste em continuar afirmando que não precisamos de Deus, nem mesmo da ajuda das pessoas que nos amam para vivermos plenamente. Ao contrário, faz-nos acreditar que podemos fazer o que queremos nesta vida, sem disciplina nem compromisso. Mas isso é injusto, pois, uma vez que fomos criados por Deus, de fato Ele é o único que sabe o que realmente vai nos fazer bem. Ignorar seus ensinamentos, neste caso, é como quem está em alto mar, orientado por uma bússola e usando mal a liberdade; então, resolve jogá-la fora para guiar-se sozinho. No início, pode até parecer divertido e libertador, mas, depois de um tempo, começa a perceber os perigos à sua volta e o medo da solidão lhe faz procurar, a todo custo, reencontrar o caminho para o porto seguro.

Compreendendo nas entrelinhas

Infelizmente, muitos estão vivendo essa busca. Eles jogaram a bússola fora em um momento de euforia; agora, afligidos pela solidão, acabam agarrando-se aos destroços de coisas e conceitos vazios que os fazem afundar ainda mais. Porém, a boa notícia é que a misericórdia de Deus entra nesse espaço de busca e oferece uma saída, pois Deus jamais desiste de nos estender a mão e nos orientar para seu plano de amor e felicidade. Ou seja, para a sua vontade a nosso respeito! Creio que essa intervenção de Deus se revela sutilmente nas entrelinhas dos acontecimentos, por isso é preciso saber interpretá-la com humildade e docilidade. Não podemos insistir em dizer para Deus o que queremos, sem antes percebermos o que Ele realmente quer para nós. O problema é que lidamos o tempo inteiro com o nosso querer e o querer de Deus; às vezes, estamos de comum acordo e isso é maravilhoso, mas nem sempre é assim. Quando percebemos que nosso querer não traz paz e tudo indica que Deus nos reserva o contrário do que desejávamos, precisamos ter a firme decisão de viver o abandono e optarmos pela vontade d’Ele, pois aí mora nossa felicidade. Isso é fácil? Claro que não! Aliás, é muito difícil. Nossa natureza parece até ranger por dentro sem querer se dobrar, mas a vida prova que é a melhor opção. Em todo caso, é importante também lembrar que submissão à vontade de Deus é diferente de comodismo e falta de ideal. Estar aberto à vontade d’Ele é ter a coragem de sonhar, fazer planos e lutar por eles, mas dando a Deus a liberdade para mudá-los caso seja esse o Seu querer.

Quer mesmo descobrir onde está a vontade de Deus? Procure ser dócil aos seus ensinamentos, faça somente o bem e confie no infinito amor d’Ele por você. Se você for fiel, certamente Deus não vai desampará-lo, pois à medida que você se aproxima d’Ele, numa vida comprometida com a oração e a prática da caridade, mais confiança adquire e mais cresce no amor. Sendo assim, já não terá medo do que vier a acontecer no próximo instante, porque, seja o que for, será de acordo com o querer de Deus e o melhor meio que Ele escolheu para sua felicidade!



Dijanira Silva

Missionária da Comunidade Canção Nova, desde 1997, Djanira reside na missão de São Paulo, onde atua nos meios de comunicação. Diariamente, apresenta programas na Rádio América CN. Às terças-feiras, está à frente do programa “De mãos unidas”, que apresenta às 21h30 na TV Canção Nova. É colunista desde 2000. Recentemente, a missionária lançou o livro “Por onde andam seus sonhos? Descubra e volte a sonhar” pela Editora Canção Nova.


sábado, 20 de maio de 2017

Em mais uma de suas alienações, Malafaia diz que "católico não lê a Bíblia"


em-entrevista-polemica-pastor-silas-malafaia-declara-que-catolico-nao-le-biblia-catholicus (Foto:Divulgação)

Dizem, que, quem vê cara, não vê coração". Este dito, porém, não é de todo verdade, pois muitas vezes a cara diz sim, sobre o seu dono. É o caso do dito "pastor" Silas Malafaia, que mostra livremente em sua expressão facial a nítida arrogância, ignorância, prepotência, e muitas outras coisas de nível inferior. É impossível alguém que seja guiado pelo Espírito de Deus verdadeiramente não expressar e deixar correr em "seu sangue" aquilo que é um dos principais sinais da ação de Deus em sua vida: a mansidão ( Mt. 11,29 ). Evidentemente, estaria usando de hipocrisia se não dissesse o quanto isto é difícil e custoso, e muitas vezes caímos, sim, em momentos de rompimento desta mansidão. Porém este sujeito, visivelmente ultrapassa a normalidade desta dificuldade de mansidão. Para aparentar uma sabedoria e coragem, ele precisa falar aos gritos, mostrando sua braveza certamente para assustar quem ousa opor-se às suas alienações. Chegando ao absurdo de dizer que católicos não leem a Bíblia, este sujeito demonstra sua completa falta de conhecimento sobre o verdadeiro católico, desconhecendo ou se fazendo desconhecer que no mês de setembro é o mês que a Igreja mais se dedica a Bíblia, incentivando sua leitura, doando Bíblias aos mais carentes, fazendo campanhas de leitura, etc. O alienado ainda afirma que, se o católico lesse a Bíblia largaria sua Igreja. Como católico que sou, pela graça de Deus, afirmo diante de Deus que não só leio como estudo a Bíblia, e quanto mais a estudo, mais amo minha Igreja, pelo simples fato de não receber neste estudo, as alienações e as mentiras do protestantismo, amplamente derrubadas pelos sites de estudos católicos. É comum um adepto do protestantismo ao ver um católico lendo a Bíblia, pensar: "este é mais um que sairá de sua Igreja". Vendo porém o contrário, a reação comum é o espanto, ou no mínimo pensar que o católico não a entendeu direito. Mal sabendo tal protestante que ele não somente a entendeu como a ENXERGOU com os legítimos olhos da fé, da fé daquela Igreja que é coluna e sustentáculo da verdade deixada por Cristo Jesus ( 1Tim, 3, 15 ) e que compilou toda a Bíblia para que tal "pastor" suspeito de apoiar lavagem de dinheiro diga apontando seu dedo que o católico não lê a Bíblia. No mais, todas as asneiras ditas por este sujeito, sobre bancos corruptos do Vaticano, etc, já foram vastamente respondidas e explicadas em diversos sites católicos. É evidente que, quem usando sua enorme "riqueza", declarada até por outros pastores de visão contrária ao Malafaia, Edir Macedo, etc, como o deus Mamom, terá que construir aqui mesmo no Brasil "templos" para poder se firmar e depois partir com a alienação para fora do país. Qualquer leigo no assunto enxerga tal esperteza disfarçada de "missão divina". Uma lástima!

Henrique Guilhon

Catholicus

O pastor Silas Malafaia em entrevista à Revista Veja fez críticas ao padre Reginaldo Manzotti e disparou contra os católicos em geral.

O líder da Igreja Vitória em Cristo, uma das centenas de dissenções da Assembleia de Deus, não gostou da avaliação do padre Curitibano sobre o crescimento das denominações evangélicas. “A filosofia do ‘me dê um Fusca que eu te devolvo uma Mercedes’ soa bem, embora seja uma balela”, disse o padre Manzotti à Veja.

Malafaia discordou e classificou a visão como preconceituosa: “Uma pessoa pode até dar um Fusca esperando uma Mercedes, mas se ele não receber o prometido, pula fora”.

O tele-pastor disse que os evangélicos também cresceram em bairros de classe média e alta. “Esse padre está precisando andar mais pelo Brasil para ver se nós evangélicos só pregamos para pobre mesmo”.

Não satisfeito em atacar o padre, o pastor Malafaia vocifera contra os católicos em geral dizendo que estes não leem a Bíblia.

“Sabe por que a Igreja Católica não incentiva seus membros a lerem a bíblia? Porque o dia que eles lerem, eles largam. A bíblia não é dos evangélicos nem dos católicos, é a palavra de Deus. E ela condena a idolatria de ponta a ponta”.


Malafaia já foi alvo de operação da Polícia Federal.

“O povo evangélico vê que o dinheiro que eles dão para a igreja fica aqui no Brasil, sendo investido na abertura de novos templos. Nós não mandamos bilhões todo ano para cobrir déficit de corrupto no banco do Vaticano”, disse o pastor.

Em dezembro de 2016, Malafaia foi alvo de mandado de condução coercitiva. “Malafaia é suspeito de apoiar na lavagem do dinheiro do esquema, que recebeu valores do principal escritório de advocacia investigado”, informou o Jornal Estadão. O pastor considerou a condução vergonhosa.

Padre Reginaldo Manzotti é conhecido como o sacerdote que arrasta multidões, um dos maiores vendedores de livros e CDs, além de irradiar um programa radiofônico diário para 1500 emissoras, além de administrar uma Televisão de inspiração católica.

Fundador da Obra Evangelizar é Preciso o sacerdote financia diversos projetos de promoção da dignidade humana, como assistência a dependentes químicos, crianças e idosos.

Título Original: Em entrevista polêmica, Pastor Silas Malafaia declara que católico não lê a Bíblia


Site: Catholicus
Editado por Henrique Guilhon

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Governantes e Poderosos, tenhais temor de Deus

Papa São Pio X

O Combate

"Temos o dever de levantar Nossa voz, de relembrar as grandes verdades da Fé, não somente aos humildes, mas também aos poderosos, aos felizes deste mundo, aos chefes dos povos, aos que são admitidos aos conselhos de governo dos Estados. E de propor a todos as certíssimas sentenças, cuja verdade a história confirmou com caracteres de sangue, como estas: 'O pecado faz a infelicidade dos povos (Prov. 14, 34). 'Os poderosos serão poderosamente atormentados’ (Sap. 6, 7). E também a que está no Salmo 2: 'E agora, ó Reis, compreendei; cientificai-vos, juízes da terra. .... Submetei-vos à lei do Senhor, temerosos de que Ele Se ire, e venhais a perecer fora do caminho da justiça`.

"Essas ameaças fazem esperar as mais duras conseqüências visto que campeia a iniqüidade pública e que a falta principal dos governantes e dos povos consiste na exclusão de Deus e na rejeição da Igreja de Cristo. Desta dupla apostasia decorre a subversão de todas as coisas e a multidão quase infinita de misérias para os indivíduos e as sociedades" (Encíclica Communium Rerum, de 21 de abril de 1909).

Papa Pio X


Site: O Combate
Editado por Henrique Guilhon

segunda-feira, 15 de maio de 2017

A Jornada Mundial da Juventude 2019 já tem seu logo oficial: O Panamá, a Cruz Peregrina, Nossa Senhora, os cinco continentes



CNBB

Cidade do Panamá (RV) – A Jornada Mundial da Juventude 2019 já tem seu logo oficial. A imagem foi apresentada neste domingo (14/05) pelos organizadores da JMJ, que se realizará no país de 22 a 27 de janeiro de 2019.

Na imagem, estão representados o istmo do país, o Canal do Panamá, a Cruz Peregrina e a imagem de Nossa Senhora com um coroa de cinco pontos, indicando os cinco continentes. As figuras aparecem formando um coração.

A criação é de uma jovem de 20 anos, que participou de várias Jornadas desde muito pequena: Ambar Calvo é uma estudante de arquitetura na Universidade do Panamá.

Ela explica que o Canal simboliza o caminho do peregrino que descobre em Maria o meio para se encontrar com Jesus; a silhueta do Istmo panamenho representa o local de acolhida; e os pontos na coroa de Maria os peregrinos de cada continente.

Seleção

O logo foi escolhido entre 103 propostas que foram avaliadas por um júri integrado por especialistas em desenho gráfico, marketing e outras profissões do ramo, que selecionaram as melhores três ideias. Mas a escolha definitiva ficou a cargo do Comitê Executivo da JMJ, com o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida.

Pequeno país, grande coração

O Arcebispo de Cidade do Panamá, Dom José Domingo Ulloa Mendieta, declarou-se emocionado com o talento da juventude panamenha, porque este desenho “conseguiu captar a mensagem que desejamos enviar aos jovens do mundo, a pequenez do nosso país, mas a grandeza do nosso coração, aberto a todos sem exclusão”.

“Os jovens são a reserva moral e humana de nossas sociedades e da própria Igreja, eles são capazes de transformá-las por inteiro, positivamente, se formos capazes de ensinar-lhes a amar como Jesus fez conosco”, destacou ainda o Arcebispo panamenho.

Fonte:

Rádio Vaticano

Título Original: JMJ 2019 já tem logo: o Panamá, a Cruz Peregrina, Nossa Senhora, os cinco continentes


Site: CNBB
Editado por Henrique Guilhon

domingo, 14 de maio de 2017

O oferecimento a Deus se identifica com a reparação e a consagração ao Imaculado Coração de Maria

Nossa Senhora do Rosário de Fátima

MAIO, MÊS DE MARIA

Blog Canção Nova

Saiba por que o oferecimento a Deus se identifica com a reparação e a consagração ao Imaculado Coração de Maria.


Há 100 anos, Nossa Senhora do Rosário perguntou aos três Pastorinhos de Fátima e continua a perguntar a cada um de nós: “Quereis oferecer-vos a Deus?”[1].

Segundo as palavras da Virgem Maria, em Fátima, a reparação das blasfêmias contra o Seu Coração Imaculado é idêntica à entrega do homem a Deus em sacrifício para a salvação dos homens. Por isso, o homem não pode prestar ao Coração Imaculado de Maria outra reparação que não seja a entrega total de si próprio a Deus, em sacrifício de adoração; nisto consiste exatamente a reparação das injúrias dos homens contra o Coração Imaculado de Maria, porque estas atingem diretamente o próprio Deus através de Maria.

Consagração, reparação e santificação são a mesma realidade; realizam-se na adoração pelo oferecimento do próprio eu ao Deus-Amor. Consagrar-se a Deus é obrigatoriamente reparar e deixar-se santificar interior e exteriormente, em todas as dimensões da personalidade.

A consagração a Deus e a Maria pela purificação dos corações

O homem só poderá realizar esta consagração a Deus, em atenção à consagração especial ao Coração Imaculado de Maria, pela purificação do coração, partindo de dentro, consentindo na ação do Espírito Santo, pela purificação de todo o seu ser. Esta consagração requer a purificação de qualquer mancha interior e a intenção de procurar, na sua vida, a docilidade à ação de Deus.

A consagração ao Coração Imaculado de Maria deve partir de dentro, do íntimo do coração, para que a pessoa humana seja purificada de toda a mancha. De outro modo, a consagração não passaria de mera fórmula vazia e hipócrita. Uma consagração especial a Deus e ao Coração Imaculado de Maria será também, ao mesmo tempo, reparação ao Coração Imaculado de Maria, principalmente pelas blasfêmias cometidas contra este Coração.

Portanto, nunca poderá haver reparação e consagração ao Coração Imaculado de Maria, se não houver reparação e consagração ao próprio Deus. Ela consiste na entrega total e sem reservas a Deus no sacrifício redentor de Jesus Cristo e será, ao mesmo tempo, reparação e santificação. A reparação e consagração ao Coração Imaculado de Maria trará, ao mesmo tempo, a purificação do próprio coração e a transformação interior de todo o ser.

Tendo presente o lugar de Maria no desígnio divino da salvação, a reparação e consagração do homem a Deus, a sua entrega no sacrifício de adoração, é também reparação e consagração ao Imaculado Coração de Maria. É necessário e urgente insistir junto dos homens, principalmente dos cristãos, que a consagração a Deus, na adoração, deve penetrar toda a vida e transformá-la num culto divino do mistério de Cristo como espelho imaculado que brilha no Coração Imaculado de Maria; e que Deus, por Maria, quer mostrar o Seu Amor aos homens e aproximá-los d’Ele. Nisto consiste a Mensagem de Fátima: em primeiro lugar, na purificação do coração e na aceitação do perdão de Deus para todas as faltas no mais íntimo de si próprio.

O coração do homem como habitação de Deus

É necessário dar atenção ao significado desta referência ao Coração de Maria e aprofundar o conteúdo deste Coração. Nossa Senhora quer chamar a atenção dos homens para a revelação de Deus, conduzi-los ao significado e conteúdo da palavra “coração” que a Sagrada Escritura nos indica.

O coração é o centro da pessoa, o mais íntimo de todo o seu ser; por isso, Maria insiste na espontaneidade da relação de toda a pessoa humana com Deus. Aqui, nesta intimidade, que não se encontre nada nem ninguém; aqui não pode haver outra criatura entre Deus e o homem. A partir deste centro, porém, será tudo límpido, transparente, iluminado por Deus que brilha no coração do homem. É Ele o juiz dos seus pensamentos, sentimentos, intenções; a Deus nada está oculto. É Ele a agir livremente em toda a vida do homem, em todo o seu ser e agir. O coração do homem é a sede (“Sitz“), o domicílio da Aliança Divina, o lugar onde Deus habita[2].

A Lei de Deus escrita nas tábuas de pedra com o Seu próprio dedo é o sinal daquela Lei que, pelo Espírito, foi escrita na tábua viva do coração humano[3]. Por isso, a raiz da fé está no coração, porque o homem crê com o coração[4] e a partir deste centro realiza a sua relação com Deus, põe em Deus toda a sua confiança, realiza com coração sincero e fiel a sua adoração na fé ao Deus zeloso que junto de Si não tolera ídolos; um coração que junto de Deus não tem olhos para ídolos criados; um coração que não mistura a adoração do Deus vivo com os deuses mortos, nem os põe à frente ou entre si e Deus, com o pretexto de mediação para o seu culto; um coração sincero que, acima de qualquer criatura, se entrega direta e totalmente a Deus.

“Coração” significa, na Sagrada Escritura, em primeiro lugar, necessidade absoluta de veracidade, de íntima sinceridade diante de Deus até as últimas profundezas. Antes de tudo, fica sublinhada a libertação de qualquer hipocrisia: o coração puro, livre de qualquer mistura de pensamentos, desejos, intenções impuras que se dirijam às criaturas ou a Deus. É a liberdade no seu ser e na sua vida, a liberdade da virgindade, a liberdade do Espírito de Cristo. Ele lê o que há de mais íntimo nos corações, nos pensamentos escondidos, e leva o olhar dos homens para o interior, para o próprio coração; julga e pronuncia-se segundo o interior do homem[5].

O coração humano e a necessidade de interioridade

Portanto, se Maria revela e faz compreender ao homem do nosso tempo o seu próprio Coração Imaculado, também pode exigir o recolhimento do homem na interioridade do seu coração, no sentido em que este se oriente primeiramente para o seu interior e não para o exterior. Maria indica-lhe que o grande perigo consiste, hoje, na alienação, porque o olhar humano geralmente procura a direção invertida[6]. O recolhimento deve ser feito voluntária e amorosamente, porque o homem não pode orientar-se, ao mesmo tempo, para Deus por direções opostas.

O trabalho apostólico, como atividade exterior, deve brotar da interioridade. Se o homem tomar outro caminho, separa-se de Deus. Por isso, Cristo diz, com tanta insistência, que em primeiro lugar se deve aspirar e procurar o Reino de Deus e que tudo o mais será dado por acréscimo. Este Reino de Deus encontra-se no interior de cada homem[7], no seu coração onde Deus habita pelo seu Espírito. Quanto mais se voltar para as coisas terrenas, tanto mais se afastará de Deus, mais enfraquece a consciência da proximidade de Deus, mais se afasta da luz, do olhar de Deus; a consciência do pecado atenua-se e Deus torna-se cada vez mais ausente. Consequentemente, já não saberá nem sentirá o que é, na realidade, o pecado. Já terá mais dificuldade em encontrar-se com Deus, unir-se a Ele, porque d’Ele se distanciará cada vez mais. Por isso, o mandamento da adoração é o primeiro e não o segundo ou o último.

O recolhimento do coração, a delicadeza da relação interior com Deus e a união com Ele indicam necessariamente a exclusividade do coração indiviso, sincero, verdadeiro, franco, fiel. Se faltar o fundamento da interioridade e a delicadeza da adoração, aumentarão as falsificações. O serviço do culto divino reduzir-se-á ao exterior das cerimônias. Muitas vezes os meios profanos da atividade apostólica são pretextos para se tornar escravo dos seus desejos mundanos, como a ambição de honra e poder – o pecado de Adão – ou outros desejos e cobiças que se lhe seguirão…

A adoração como reparação das ofensas contra Deus e Maria

Em Fátima, o Anjo da Paz e a Santíssima Virgem, por meio de três crianças, convidam toda a humanidade a adorar a Deus, a reparar as ofensas cometidas contra Ele e contra o Coração Imaculado de Maria e a colaborar na salvação dos pecadores que não O adoram, n’Ele não esperam e não O amam, pedindo perdão para todos.

Só poderemos colaborar neste pedido da Mensagem de Fátima se vivermos unidos a Jesus, nosso Salvador; e a medida da nossa colaboração depende da medida da nossa entrega a Ele. Separados de Jesus não conseguiremos fazer nada, mesmo nada.

Nossa Senhora espera a nossa colaboração para salvar as almas que se encontram em perigo de se afundarem no pecado e de se perderem eternamente. Para isso, pede a ajuda de almas que se ofereçam a Deus, de almas em cujo coração vive o próprio Jesus. Para colaborar na salvação das almas, nada é tão importante como a união íntima com Jesus, que veio ao nosso mundo com a mesma ordem do Pai: salvar as almas do mundo inteiro e reparar as ofensas cometidas contra Deus.

O caminho para a união com Jesus é o caminho do recolhimento e da oração; é sempre um dom da graça e, ao mesmo tempo, uma resposta decidida da parte de quem reza, supondo sempre um esforço. Os grandes orantes da Antiga Aliança antes de Cristo, bem como a Mãe de Deus e os Santos, com Ele, ensinam-nos que a oração exige um “combate espiritual” na vida do cristão. Pela oração, une-se a alma com Jesus e o progresso na oração marca o progresso da reparação.

Jesus Cristo é a videira e chama sarmentos aos que estão de certo modo enxertados n’Ele pelo amor, já participantes da Sua mesma natureza pela comunicação do Espírito Santo. É um fato que o Espírito de Cristo nos une a Ele. Por isso, diz Jesus: “Sem Mim nada podeis fazer”[8]. As palavras do Anjo e de Maria, em Fátima, advertem os homens, com insistência, para a conversão, para a reparação dos muitos pecados deste mundo ateu, mais precisamente para a reparação em lugar dos outros, para obter a salvação dos pecadores e para reparar não unicamente a Deus e Jesus Cristo, mas também o Coração Imaculado de Maria.

A reparação e a súplica pela conversão dos Pecadores

Na primeira aparição do Anjo, em 1916, os Pastorinhos aprenderam, com Ele, a rezar esta oração de reparação. E Lúcia explica: “E ajoelhando em terra, curvou a fronte até ao chão e fez-nos repetir três vezes estas palavras: – Meu Deus! Eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não Vos amam. Depois, erguendo-se, disse: Orai assim. Os Corações de Jesus e Maria estão atentos à voz das vossas súplicas. As suas palavras gravaram-se de tal forma na nossa mente, que jamais nos esquecemos. E, desde aí, passávamos largo tempo assim prostrados repetindo-as, às vezes, até cair cansados”[9].

E Nossa Senhora, logo na Primeira Aparição fez-lhes este convite: “Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos Pecadores?”[10] Em Julho: “Sacrificai vos pelos pecadores e dizei muitas vezes […]: Ó Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria”[11]. Em Agosto: “Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas”[12].

Fonte: LUÍS KONDOR, SVD. Quereis oferecer-vos a Deus? – O apelo à reparação na Mensagem de Fátima, p. 226-235.

Título Original: Quereis oferecer-vos a Deus?


Site: Blog Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 13 de maio de 2017

A Senhora de Fátima abriu suas mãos e lhes comunicou uma luz que os invadiu


MAIO, MÊS DE MARIA
AciDigital


No dia 13 de maio se celebra em todo mundo a Festa da Virgem da Fátima, em memória de sua primeira aparição aos pastorinhos nas colinas da Cova da Iria (Portugal) em 1917.

“Não tenham medo. Não lhes faço mal”, disse a Virgem Maria naquela ocasião aos três pastorinhos, Lúcia, Jacinta e Francisco, que contemplavam uma senhora vestida de branco, mais brilhante que o sol.

Depois de dizer-lhes, entre outras coisas, que vinha do céu e de pedir que voltassem àquele lugar seis meses seguidos, nos dias 13 à mesma hora, a Mãe de Deus lhes perguntou:

“Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido, e de súplica, pela conversão dos pecadores?”.

Os pequenos responderam que sim, queriam, e a Virgem advertiu que teriam que sofrer muito, mas que a graça de Deus os fortaleceria.

A Senhora abriu suas mãos e lhes comunicou uma luz que os invadiu. Caíram de joelhos e repetiram humildemente: “Santíssima Trindade, eu vos adoro. Meu Deus, Meu Deus, eu te amo no Santíssimo Sacramento”.

A Virgem da Fátima finalmente lhes disse: “Rezem o terço todos os dias para alcançar a paz do mundo e o fim da guerra”. Logo elevou-se ao céu.

Nos seguintes meses, as crianças foram ao lugar onde a Virgem os chamava e em sua última aparição ocorreu o chamado milagre do sol, visto por centenas de pessoas. Não muito tempo depois, Francisco e Jacinta faleceram com dolorosas enfermidades. Lúcia, a última vidente, se fez carmelita de clausura e faleceu em 2005.

Com o tempo a Igreja reconheceu as aparições milagrosas e a devoção à Virgem da Fátima se expandiu por todo mundo.

São João Paulo II, conforme o pedido da Virgem consagrou a Rússia e o mundo inteiro ao Imaculado Coração de Maria e beatificou Jacinto e Francisca no ano 2000 com a presença de Irmã Lúcia, que faleceu em 2005 e agora segue o seu processo de beatificação.

O Papa Francisco também consagrou o mundo inteiro ao Imaculado Coração da Virgem Maria, em outubro de 2013, na presença de mais de cem mil fiéis na Praça de São Pedro, reunidos em torno da imagem original da Virgem de Fátima.

“Nossa Senhora de Fátima, com renovada gratidão pela tua presença materna, unimos a nossa voz àquela de todas as gerações que te chamam beata”, disse o Santo Padre, pedindo em seguida: “Protege a nossa vida entre os teus braços”.

Em 13 de maio 2015, ao final da Audiência Geral de quarta-feira, Francisco também recordou o dia de Nossa Senhora de Fátima e, na saudação aos fiéis de língua portuguesa, convidou-os “a multiplicar os gestos diários de veneração e imitação da Mãe de Deus”.

“Confiem-lhe tudo aquilo que são, tudo aquilo de têm; e assim serão capazes de ser um instrumento da misericórdia e da ternura de Deus para seus familiares, vizinhos e amigos”, completou.

Mais informação no nosso especial sobre a Virgem da Fátima:


Título Original: 13 de maio: Igreja celebra Nossa Senhora de Fátima


Site: AciDigital
Editado por Henrique Guilhon

domingo, 7 de maio de 2017

CNBB lançou subsídios com orientações pastorais para exorcismos



GaudiumPress

Na última quarta-feira, 03 de maio, a Conferência Nacional dos Bispos dos Brasil lançou um subsídio intitulado "Exorcismos: reflexões teológicas e orientações pastorais". Elaborado pela Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, o documento apresenta reflexões e diretrizes da Igreja no Brasil sobre o exorcismo, reforçando a indicação de que cada Diocese possua um exorcista nomeado pelo Bispo.

O subsídio doutrinal traz sete capítulos que vão tratar, entre eles, dos demônios na Sagrada Escritura, Jesus exorcista, o maligno segundo a tradição cristã e ensinamentos do Magistério recente. No último capítulo, o material mostrará uma reflexão e sugestões práticas diante dessa realidade.

Dom Pedro Carlos Cippolini, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, explicou que o subsídio foi um pedido dos Bispos. O documento é focado na reflexão sobre o problema do mal. "Niguém pode negar que o mal está aí", disse o prelado ressaltando que é sobre este tema que o documento trata, além de oferecer orientações práticas sobre o tema.

Também nesta semana foi lançado um subsídio sobre o ensino da filosofia na formação dos futuros sacerdotes. O documento discute a minimização do ensino da filosofia e fornece algumas orientações básicas sobre o assunto. Antes de serem ordenados padres, os seminaristas estudam quatro anos de filosofia e quatro de teologia. (EPC)

Da redação Gaudium Press, com informações da CNBB

Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte.

Título Original: Subsídio com orientações pastorais para exorcismos é lançado pela CNBB


Site: GaudiumPress
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 6 de maio de 2017

O que devo fazer se não consigo concordar com o que a Igreja ensina?

Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Formação Canção Nova

Como a Igreja poderia ensinar algo errado ou inconveniente se o Espírito Santo lhe ensina sempre toda a verdade?

Em primeiro lugar, é preciso esclarecer que quem não concorda com o que a Igreja ensina não conhece bem o que Jesus ensinou, fez e mandou que fizéssemos. Jesus fundou a Igreja sobre São Pedro e os apóstolos, para que ela fosse a “porta voz” d’Ele na Terra. Disse o Senhor a eles: “Quem vos ouve, a Mim ouve; quem vos rejeita, a Mim rejeita, e quem Me rejeita, rejeita Aquele que me enviou” (cf. Lc 10,16). Quer dizer, quem não a ouve não ouve Jesus! Quem não a obedece não O obedece.

Sacramento universal da salvação

Jesus ainda lhes disse: “Não temais, pequeno rebanho, porque foi do agrado de vosso Pai dar-vos o Reino”. (São Lucas 12,32). E foi à Igreja que Jesus mandou: “Ide pelo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Marcos 16,15). Como, então, não concordar com a palavra da Igreja? E mais: “A quem vocês perdoarem os pecados, os pecados estarão perdoados” (João 20,22). O Pai mandou o Filho para salvar o mundo; o Filho enviou a Igreja. Ela é o “sacramento universal da salvação” (LG, 4), a Arca de Noé que nos salva do dilúvio do pecado.

Na Santa Ceia, na despedida dos apóstolos, Jesus fez várias promessas à Igreja, ali formada por Seus discípulos. Entre muitas coisas que São João narrou, em cinco capítulos do seu Evangelho (13 a 17), Jesus prometeu:

“Eu rogarei ao Pai e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da Verdade que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós”. “Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito” (João 14,15.25). Ora, como a Igreja poderia ensinar algo de errado se o Espírito Santo permanece sempre com ela e lhe ensina todas as coisas?

Jesus ainda lhes disse: “Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade…” (João 16,12-13). Como a Igreja poderia ensinar algo errado ou inconveniente se o Espírito Santo lhe ensina sempre “toda a verdade”?

Coluna e fundamento da verdade

Além disso, o próprio Jesus está na Igreja, pois Ele prometeu, antes de subir ao céu: “Eis que Eu estou convosco todos os dias até o fim do mundo” (Mateus 28,20). Foi a última palavra d’Ele aos discípulos. Ora, como poderia errar se Jesus está com ela todo tempo? É impossível! É por isso que São Paulo disse a São Timóteo: “A Igreja é a coluna e o fundamento da verdade” (1Tm 3,15). Então, ela detém a verdade que Jesus disse que nos liberta.

É por causa de tudo isso que o nosso Credo tem 2 mil anos e nunca mudou nem vai mudar; porque é a expressão da verdade que salva. A mesma coisa acontece com os sacramentos, os mandamentos e a liturgia. A Igreja já teve 266 Papas e nunca um deles cancelou um ensinamento doutrinário que um antecessor tenha ensinado. Já realizou 21 Concílios universais, e nunca nenhum deles cancelou um ensinamento de um anterior. A verdade não muda, o Espírito Santo não se contradiz.

Logo, como não concordar com o que Igreja ensina? Isso seria por causa da ignorância de tudo o que foi relatado acima; ou, então, seria um ato de orgulho espiritual da pessoa, que pensa saber mais do que a ela, assistida por Jesus Cristo e pelo Espírito Santo. Longe de nós isso!

Podemos até não conseguir viver o que ela nos ensina e manda viver – isso é compreensível por causa de nossa fraqueza –, mas jamais poderemos dizer que ela está errada ou que não concordamos com o que ela ensina. A Igreja não ensina o que quer, mas o que o Seu Senhor lhe confiou.



Felipe Aquino

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino

Título Original: Não concordo com o que a Igreja ensina. O que faço?


Site: Formação Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Quis o Pai que a Encarnação fosse precedida pela livre aceitação daquela que era predestinada a ser Mãe de seu Filho, para que, assim como uma mulher contribuiu para a morte, uma mulher também contribuísse para a vida


MAIO, MÊS DE MARIA

Prof. Felipe Aquino

A Virgem Maria tem uma ligação estreita com o Divino Espírito Santo. Ela concebeu Jesus por obra Dele; é santa e Imaculada por Sua obra; esteve com os Apóstolos no dia de Pentecostes; e se tornou Mãe da Igreja e Mãe de cada homem e mulher que Jesus resgatou com Seu sangue.

Portanto, é muito importante que aquele que é batizado no Espírito Santo, tenha um conhecimento profundo sobre o que a Igreja ensina sobre a Mãe de Deus, e tenha intimidade com Ela. Por isso, vamos apresentar aqui um resumo do que a Igreja ensina.

A predestinação de Maria

A Igreja ensina que a Virgem Maria foi predestinada por Deus, desde sempre, para ser a Mãe do Redentor dos homens.

Diz o Catecismo:

“Deus enviou Seu Filho” (Gl 4,4), mas, para “formar-lhe um corpo” quis a livre cooperação de uma criatura. Por isso, desde toda a eternidade, Deus escolheu, para ser a Mãe de Seu Filho, uma filha de Israel, uma jovem judia de Nazaré na Galileia,“uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de Davi, e o nome da virgem era Maria” (Lc 1,26-27):

Quis o Pai das misericórdias que a Encarnação fosse precedida pela aceitação daquela que era predestinada a ser Mãe de seu Filho, para que, assim como uma mulher contribuiu para a morte, uma mulher também contribuísse para a vida” (§488).

A Imaculada Conceição


“Para ser a Mãe do Salvador, Maria foi enriquecida por Deus com dons dignos para tamanha função.” No momento da Anunciação, o anjo Gabriel a saúda como “cheia de graça”.

Efetivamente, para poder dar o assentimento livre de sua fé ao anúncio de sua vocação era preciso que ela estivesse totalmente sob a moção da graça de Deus (CIC, §490).

A Igreja tomou consciência de que Maria, “cumulada de graça” por Deus, foi redimida desde a concepção. É isso que confessa o dogma da Imaculada Conceição, proclamado em 1854 pelo Papa Pio IX:

“A beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano foi preservada imune de toda mancha do pecado original.”

Os Padres da Igreja chamam a Mãe de Deus de “a toda santa” (Pan-hagia), celebram-na como “imune de toda mancha de pecado, tendo sido plasmada pelo Espírito Santo, e formada como uma nova criatura”. Pela graça de Deus, Maria permaneceu pura de todo pecado pessoal ao longo de toda a sua vida.

A maternidade divina de Maria

Maria é verdadeiramente “Mãe de Deus”, pois é a Mãe do Filho Eterno de Deus feito homem, que é ele mesmo Deus.

Ela “permaneceu Virgem concebendo seu Filho, Virgem ao dá-lo à luz, Virgem ao carregá-lo, Virgem ao alimentá-lo de seu seio, Virgem sempre” (Santo Agostinho, Sermão, 186,1).

Os Evangelhos a chamam de “a Mãe de Jesus” (Jo 2,1;19,25); sob o impulso do Espírito Santa Isabel, já antes do nascimento de seu Filho, a chama de “a Mãe de meu Senhor”: “Donde me vem que a mãe de meu Senhor me visite?” (Lc 1,43). Os judeus só chamavam a Deus de Senhor. A Igreja confessa que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus (Theotókos).

Por causa da heresia nestoriana, de Nestório, patriarca de Constantinopla, que negava ser Maria Mãe de Deus, São Cirilo de Alexandria e o III Concílio Ecumênico, reunido em Éfeso em 431, confessaram que “o Verbo, unindo a si em sua pessoa uma carne animada por uma alma racional, se tornou homem”. O Concílio de Éfeso proclamou que Maria se tornou de verdade Mãe de Deus pela concepção humana do Filho de Deus em seu seio: “Mãe de Deus não porque o Verbo de Deus tirou dela sua natureza divina, mas porque é dela que ele tem o corpo sagrado, dotado de uma alma racional, unido ao qual, na sua pessoa, se diz que o Verbo nasceu segundo a carne”.

Maria é Mãe de Deus e nossa Mãe; podemos, então, lhe confiar todos os nossos cuidados e pedidos: ela reza por nós como rezou por si mesma: “Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38). Confiando-nos à sua oração, abandonamo-nos com ela à vontade de Deus: “Seja feita a vossa vontade”.

A virgindade de Maria

A Igreja ensina que a Virgem Maria, é virgem perpétua; como disse Santo Agostinho: “Virgem antes, durante e depois do parto”. Santo Inácio de Antioquia, mártir (†107), escreveu: “Estais firmemente convencidos acerca de Nosso Senhor, que é verdadeiramente da raça de Davi segundo a carne, Filho de Deus segundo a vontade e o poder de Deus, verdadeiramente nascido de uma virgem…”. “O príncipe deste mundo ignorou a virgindade de Maria e o seu parto, da mesma forma que a Morte do Senhor: três mistérios proeminentes que se realizaram no silêncio de Deus”.

O Catecismo da Igreja diz, sem medo de errar, que: “O aprofundamento de sua fé na maternidade virginal levou a Igreja a confessar a virgindade real e perpétua de Maria, mesmo no parto do Filho de Deus feito homem. Com efeito, o nascimento de Cristo “não lhe diminuiu, mas sagrou a integridade virginal” de sua mãe. A Liturgia da Igreja celebra Maria como a Aeiparthenos (pronuncie áeiparthénos), “sempre virgem” (§499).

O Papa Paulo IV, em 7 de agosto de 1555, apresentou a perpétua virgindade de Maria entre os temas fundamentais da fé.

Assim se expressou: “A Bem-aventurada Virgem Maria foi verdadeira Mãe de Deus, e guardou sempre íntegra a virgindade, antes do parto, no parto e constantemente depois do parto”.

Santo Agostinho afirma: “Cristo nasceu com efeito da Mãe que embora sem contato com varão concebeu intacta, e sempre intacta permaneceu, concebeu virgem, dando à luz virgem, virgem morrendo, embora fosse desposada com o carpinteiro, extinguiu todo orgulho da nobreza carnal”. E ainda: “Uma virgem concebe, virgem leva o fruto, uma virgem dá à luz e permanece perpetuamente virgem”.

São Cirilo de Alexandria (†442), deixou-nos uma bela comparação: Se a luz atravessa a vidraça de um lado para outro sem quebrá-la, não podia o Verbo entrar e sair do ventre de Sua Mãe sem rasgar as paredes?

Assunção ao céu


É dogma de fé que Nossa Senhora, após a sua vida terrena, foi elevada ao Céu de corpo e alma. É a única criatura que já está no céu com o seu corpo, além de Jesus. Todos os demais santos estão no céu só com a alma, aguardando a ressurreição do corpo na Parusia, quando Cristo voltar. O Papa Pio XII, em 1 de novembro de 1950, pronunciou o dogma:

“Finalmente, a Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste. E para que mais plenamente estivesse conforme a seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte, foi exaltada pelo Senhor como Rainha do universo.”

A Assunção da Virgem Maria é uma participação singular na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos: “Em vosso parto, guardastes a virgindade; em vossa dormição, não deixastes o mundo, ó mãe de Deus: fostes juntar-vos à fonte da vida, vós que concebestes o Deus vivo e, por vossas orações, livrareis nossas almas da morte […]”. (Liturgia bizantina, festa da dormição de Maria).

Maria – Mãe de Cristo, Mãe da Igreja

Nossa Senhora é verdadeiramente “Mãe dos membros [de Cristo] (…), porque cooperou pela caridade para que na Igreja nascessem os fiéis que são os membros desta Cabeça” (Santo Agostinho).

O próprio Jesus moribundo na cruz, com lábios de sangue, nos deu sua Mãe para ser nossa Mãe espiritual: “Mulher, eis aí teu filho” (Jo 19,26-27). E o evangelista São João a levou para a sua casa; foram morar em Éfeso numa casinha que existe ainda hoje nas montanhas da cidade.

Após a Ascensão de Jesus Filho, Maria “assistiu com suas orações a Igreja nascente”. Reunida com os apóstolos e algumas mulheres, “vemos Maria pedindo, também ela, com suas orações, o dom do Espírito, o qual, na Anunciação, a tinha coberto com sua sombra”.

O Concílio Vaticano II disse: “De modo inteiramente singular, pela obediência, fé, esperança e ardente caridade, ela cooperou na obra do Salvador para a restauração da vida sobrenatural das almas. Por este motivo ela se tornou para nós mãe na ordem da graça” (LG, 61).

“Assunta aos céus, não abandonou este múnus salvífico, mas, por sua múltipla intercessão, continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna. […] Por isso, a bem-aventurada Virgem Maria é invocada na Igreja sob os títulos de advogada, auxiliadora, protetora, medianeira” (LG, 62).


A mediação da Virgem Maria

É preciso entender que a mediação de Maria junto a Deus não substitui a única e indispensável Mediação de Jesus; é uma mediação subordinada, “por dentro” da de Cristo. Sem a Mediação única de Cristo (1Tm 2,4), nenhuma outra tem valor e eficácia. Veja o que disse o Concílio Vaticano II:

“A missão materna de Maria em favor dos homens de modo algum obscurece nem diminui a mediação única de Cristo; pelo contrário, até ostenta sua potência, pois todo o salutar influxo da bem-aventurada Virgem (…) deriva dos superabundantes méritos de Cristo, estriba-se em sua mediação, dela depende inteiramente e dela aufere toda a sua força. Com efeito, nenhuma criatura jamais pode ser equiparada ao Verbo encarnado e Redentor. Mas, da mesma forma que o sacerdócio de Cristo é participado de vários modos, seja pelos ministros, seja pelo povo fiel, e da mesma forma que a indivisa bondade de Deus é realmente difundida nas criaturas de modos diversos, assim também a única mediação do Redentor não exclui, antes suscita nas criaturas uma variegada cooperação que participa de uma única fonte” (LG, 62).

“A Igreja não hesita em proclamar esse múnus subordinado de Maria. Pois sempre de novo o experimenta e recomenda-o aos fiéis para que, encorajados por essa maternal proteção, mais intimamente adiram ao Mediador e Salvador” (LG, 62).

Os santos doutores garantem que a Virgem Maria é “medianeira de todas as graças”. Coloco aqui algumas citações de nosso livro A mulher do Apocalipse:

São Bernardo, doutor da Igreja, assim diz: “Tal é a vontade de Deus que quis que tenhamos tudo por Maria. Se, portanto, temos alguma esperança, alguma graça, algum dom salutar, saibamos que isto nos vem por suas mãos”.

São Bernardino de Sena: “Todos os dons, virtudes e graças do Espírito Santo são distribuídos pelas mãos de Maria, a quem ela quer, quando quer, como quer, e quanto quer”. “Eras indigno de receber as graças divinas: por isso foram dadas a Maria a fim de que por ela recebesses tudo o que terias”.

Santo Efrém, doutor da Igreja (†373): “Minha Santíssima Senhora, Santa Mãe de Deus, cheia de graças e favores divinos, Distribuidora de todos os bens! Vós sois, depois da Santíssima Trindade, a Soberana de todos; depois do Medianeiro, a Medianeira do Universo, Ponte do mundo inteiro para o céu. Olhai benigna para minha fé e meu desejo que me foram inspirados por Deus”.

São Boaventura (1218-1274), bispo e doutor da Igreja: “Deus depositou a plenitude de todo o bem em Maria, para que nisto conhecêssemos que tudo que temos de esperança, graça e salvação, dela deriva até nós”.

Santo Alberto Magno, doutor da Igreja (†1280): “É anunciada à Santíssima Virgem tal plenitude de graça, que se tornou por isso a fonte e o canal de transmissão de toda a graça a todo o gênero humano”.


São Pedro Canísio (1521-1597), doutor da Igreja: “O Filho atenderá Sua Mãe e o eterno Pai ouvirá Seu próprio Filho: eis o fundamento de toda nossa esperança”.

São Roberto Belarmino (1542-1621), bispo e doutor da Igreja: “Todos os dons, todas as graças espirituais que por Cristo, como cabeça, descem para o corpo, passam por Maria que é como o colo desse corpo místico”.

A piedade da Igreja para com a Santíssima Virgem é intrínseca ao culto cristão. A Igreja presta a ela um culto chamado de “hiperdulia”, “superveneração”, por ser a Mãe gloriosa e bendita de Deus. Ela mesma anunciou que isso se daria:

“Todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lc 1,48).

Retirado do livro: “Descerá sobre Vós o Espírito Santo!”. Prof. Felipe Aquino. Ed. Cléofas.

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Sobre Prof. Felipe AquinoO Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.

Título Original: Virgem Maria, Esposa do Espírito Santo


Site: Cléofas
Editado por Henrique Guilhon